Diário de Petróleo

Petróleo volta a registrar queda semanal em meio riscos macroeconômicos
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 2,21%, negociadas a USD 82,12 bbl na última sexta-feira (24), enquanto o WTI registrou um recuo semanal de 2,92%, negociado em USD 77,72 bbl.

Os futuros do petróleo reverteram os ganhos da semana anterior, com o contrato do Brent chegando a atingir os menores níveis desde fevereiro. Tratou-se de uma semana com poucos novos fundamentos, o que levou fatores macroeconômicos, especialmente relacionados à política monetária do Fed, influenciarem as cotações. Assim, as perspectivas de um Banco Central americano mais cauteloso e um possível adiamento do início do ciclo de corte de juros da taxa básica dos EUA, além do aumento dos estoques de petróleo no país, contribuíram para a queda dos preços na semana passada.

Nessa segunda-feira (27), o petróleo opera em leve alta, com o contrato do Brent para vencimento em julho/24 é negociado em torno de USD 82,6 bbl (+0,6%) até as 08h30. O movimento de recuperação dos preços pode estar associado à divulgação de dados positivos sobre a indústria chinesa em abril, além de refletir as perspectivas de extensão dos cortes produtivos da OPEP+ para o próximo trimestre. No entanto, a ausência de novos fundamentos relevantes para o mercado contribui para as menores variações dessa manhã. 


Dados da indústria chinesa positivos em abril De acordo com o Escritório de Estatísticas da China, o setor industrial registrou um aumento de 4% a.a nos lucros em abril, recuperando o resultado mais fraco registrado em março (-3,5% a.a). O resultado reflete o crescimento das exportações no período, além do aumento da produção e da atividade industrial no país, principalmente de setores intensivos em tecnologia e de maior valor agregado. Apesar do sinal positivo da indústria, o setor imobiliário segue apresentando dificuldades em se recuperar, com o volume de vendas de residências desacelerando no mês de abril. Os sinais mistos da economia chinesa, portanto, ainda impactam as perspectivas de crescimento econômico no país, além disso, apesar do setor industrial se recuperar, os segmentos mais intensivos em energia seguem menos positivos, o que pode limitar o crescimento da demanda chinesa por petróleo e derivados.    

Irã planeja expandir capacidade produtiva O governo iraniano apoiou a medida de aumentar a capacidade produtiva de petróleo do país em 400 kbpd nos próximos dez meses. Isso elevaria a oferta potencial do país de 3,6 mbpd para 4 mbpd – sendo o maior valor desde 2008. O país havia diminuído fortemente a sua produção nos últimos anos após o início das sanções americanas em 2018, as quais atingiram particularmente o setor petrolífero. No entanto, nos últimos meses, o Irã passou a recuperar os níveis produtivos e investir novamente no setor, o que levou a produção de abril atingir 3,25 mbpd, o maior volume desde outubro de 2018. Essa nova decisão mostra como Teerã conseguiu encontrar novos players para escoar a sua produção de petróleo, especialmente na Ásia, o que favorece incrementos na capacidade produtiva iraniana e pode contribuir para um balanço global menos apertado nos próximos anos – especialmente considerando que o país não assume cotas produtivas apesar de ser um país-membro da OPEP+. 

Gás Natural
  • Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,657/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,66% na sessão passado, alcançando USD 9,68184/MMBTU.
  • Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,60%, alcançando USD 2,505 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,54%, próximos a USD 9,825 MMBTU.
TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

Tags relacionadas: Energia

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