Na última quinta-feira (30), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo negociado a USD 81,86 bbl (-1,74%). Os contratos do WTI também acompanharam esse movimento, negociados a USD 77,91 bbl (-1,32%).
Os futuros do petróleo estendem a queda da sessão anterior, revertendo os ganhos obtidos no início da semana. Em geral, os futuros seguiram afetados pelo sentimento baixista dos investidores, com as perspectivas de um Fed mais cauteloso e um aumento não antecipado das reservas de gasolina e diesel nos Estados Unidos apoiando a queda da quinta-feira (30). Com isso, o petróleo se encaminha para mais uma queda mensal, recuando quase 7% em maio, ao refletir principalmente um cenário macroeconômico mais adverso.
Hoje pela manhã (31), o contrato do Brent para vencimento em julho/24 é negociado em torno de USD 81,73 bbl (-0,11%) até as 08h50. Mercado aguarda a divulgação de dados sobre a inflação e outros dados econômicos nos Estados Unidos, além da decisão sobre os cortes produtivos da OPEP+ nesse final de semana para mairores direcionamentos dos preços, o que contribui para a lateralidade das cotações observada no início da sessão.
DOE surpreende ao apontar alta dos estoques de derivados Na semana passada, o DOE reportou uma queda dos estoques de petróleo em 4,1 milhões de barris, refletindo o forte crescimento da demanda doméstica e manutenção do nível de exportações. De acordo com o departamento, o consumo de petróleo atingiu 17 mbpd na semana, o maior valor registrado no ano até o momento, o que explica a expansão da FUT das refinarias no período, a qual atingiu 94%. Vale destacar que o processamento das refinarias aumentou fortemente no último mês, saindo da estagnação observada em abril e avançando 6 p.p em apenas três semanas. No entanto, apesar da forte queda dos estoques de petróleo, o mercado reagiu principalmente à movimentação dos derivados.
Dessa maneira, o DOE surpreendeu ao indicar uma expansão dos estoques de gasolina na última semana em 2 milhões de barris, valor muito acima daquele antecipado pelo mercado (+300 mil barris). O resultado foi influenciado pela leve diminuição do consumo na semana, mas também pelo aumenta expressiva das importações, que passaram de 0,7 mbpd para 1,1 mbpd no perído, além da manutenção da oferta de gasolina. Em geral, entende-se que o resultado da semana indica um esforço do setor em garantir a oferta do combustível leve no início da driving season no país, o que promoveu essa expansão nos estoques, e, por sua vez, contribuiu para a queda dos preços do petróleo. Para o diesel, foi registrado um aumento de 2,5 milhões de barris, valor também acima das expectativas iniciais, conforme se teve um crescimento da produção frente o consumo.
Ucrânia volta a atingir complexo energético russo Mísseis ucranianos atingiram um terminal de petróleo russo de Kavkaz, na região de Krasnodar, após realizarem ataques contra outro ponto de estocagem do óleo bruto na mesma região. Dessa forma, observa-se que a Ucrânia retomou a estratégia de atacar pontos da infraestrutura energética russa, medida que acirra as tensões no Leste Europeu. Vale destacar, entretanto, que mesmo a forte sequência de ataques ucranianos no primeiro trimestre tiveram efeitos mais limitados sobre o parque de refino russo, com Moscou conseguindo reparar os danos.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,572/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -2,08% na sessão passado, alcançando USD 9,74134/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,70%, alcançando USD 2,554 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,54%, próximos a USD 9,689 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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