Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 0,61%, negociadas a USD 81,62 bbl na última sexta-feira (31), enquanto o WTI seguiu lateralizado, avançando leves 0,16% e negociado em USD 76,99 bbl.
Os futuros do Brent encerraram maio com queda de 7%, refletindo o sentimento baixista do mercado em meio as perspectivas de um Fed mais cauteloso, além das mudanças da precificação dos riscos envolvendo os conflitos geopolíticos no Leste Europeu e Oriente Médio. Na última semana, especificamente, a leve queda dos preços foi influenciada pela recuperação dos estoques de combustíveis nos EUA, mas agentes aguardam novos fundamentos para maiores direcionamentos dos preços, o que explica as lateralidade dos contratos no período.
Nessa segunda-feira (03), o petróleo opera em leve alta, com o contrato do Brent para vencimento em agosto/24 negociado em torno de USD 81,30 bbl (+0,21%) até as 09h30. Mercado ainda precifica os anúncios de extensão dos cortes voluntários para o 3T2024 e das cotas dos países membros para 2025, além de interpretar a atualização do PMI industrial de maio da China, com as diferentes leituras sobre esses fundamentos apoiando uma menor variação dos preços nessa manhã.
Extensão dos cortes produtivos da OPEP+ Na última decisão da OPEP+, no domingo (02), o grupo decidiu estender os cortes voluntários até setembro – medida antecipada pelo mercado e que reforça a busca dos países membros em garantir preços mais elevados do petróleo no segundo semestre. Na reunião, ficou acordado que a diminuição de 3,66 mbpd das cotas oficiais dos países membros seria prolongada até o final de 2025 (antes, vigente apenas em 2024), com as reduções voluntárias (que somam até 2,2 mbpd) sendo gradualmente restauradas entre out/24 e set/25. A atualização das medidas deve promover um déficit global no terceiro trimestre de 2024 – período em que a demanda por petróleo costuma sazonalmente se recuperar – o que oferece um ponto de suporte para os preços.
A maior surpresa para o mercado foi a extensão das cotas obrigatórias para 2025, com o grupo evitando discutir as mudanças para cada país membro nesse ano. Ademais, outro destaque foi a considerada vitória do Emirados Árabes em conseguir ampliar suas cotas produtivas em 300 kbpd, com o país defendendo a sua necessidade de ampliar a produção frente a grande capacidade ociosa após os cortes exigidos pelo grupo. Assim, em geral, a OPEP+ acompanhou a expectativa do mercado ao estender os cortes voluntários até o 3T24, mas também surpreende ao prolongar as cotas vigentes em 2024 e conceder o aumento da produção do EAU, o que contribui para impactos mistos sobre os preços.
China registra recuperação do PMI industrial A publicação do PMI industrial pelo Caixin sinaliza um setor em expansão, com o indicador atingindo 51,5 pontos em maio. O valor superou as expectativas iniciais do mercado (51,5 pontos), além de ser a maior expansão mensal em quase 23 meses. O bom resultado é atribuído a uma recuperação das exportações e da demanda interna, apresentando sinais de maiores estímulos no setor industrial. Além do PMI, melhoras em indicadores do setor imobiliário, como o volume de vendas de domicílios, sinalizam uma melhor liquidez do setor, mas ainda é necessária uma sequência de bons resultados para garantir uma recuperação desse segmento. Em geral, os dados positivos em maio oferecem uma melhor perspectiva sobre a economia chinesa, mas ainda se tem incertezas sobre a recuperação do país frente os resultados mistos entre os meses, com mercado aguardando a evolução desses indicadores nos próximos períodos.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,587/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,29% na sessão passado, alcançando USD 9,71278/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 3,98%, alcançando USD 2,69 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,45%, próximos a USD 9,669 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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