Diário de Petróleo

Decisão da OPEP+ pressiona petróleo
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última segunda-feira (03), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo cotado a USD 78,36 bbl (-3,99%). Os contratos do WTI também acompanharam a baixa, negociados a USD 74,22 bbl (-3,60%).

O petróleo passa a operar nos menores valores desde fevereiro, conforme o mercado não antecipava o início da redução dos cortes voluntário da OPEP+ a partir de outubro, trazendo perspectivas de um balanço global menos apertado em meio a desaceleração da demanda pela commodity em economias avançadas.

Hoje pela manhã (04), o contrato do Brent para vencimento em julho/24 é negociado em torno de USD 77,09 bbl (-1,61%) até as 09h10. A decisão da OPEP+ segue pressionando as cotações do óleo bruto, com as perspectivas de um mercado apresentando uma oferta maior no quarto trimestre de 2024 contribuindo para as quedas no início da sessão de hoje.


Mercado sente com decisão da OPEP+ Conforme divulgado no Diário de Petróleo de ontem, a OPEP+ decidiu pela extensão da política de limites produtivos até o final de 2025 e dos cortes voluntários até setembro/25. O que não era esperado, no entanto, foi o compromisso de iniciar a diminuição dos cortes voluntários – que somam 2,2 mbpd – a partir de outubro, em meio a determinação do grupo de que a redução unilateral promovida por importantes membros do bloco ocorreria de maneira gradual até o terceiro trimestre do próximo ano. Tal fator alimentou as perspectivas de que essa recuperação da oferta por importantes países, como Arábia Saudita, Rússia, Iraque e Emirados Árabes Unidos, acarretaria um relaxamento no balanço global de O&D, somado ao fato de que a demanda por petróleo em algumas regiões começa a mostrar sinais de desaceleração, contribuindo para as fortes quedas observadas na sessão de ontem.

Indicadores macroeconômicos nos EUA em queda Outro fator que gerou pressão aos preços do óleo bruto se deu na divulgação de dados negativos para o setor manufatureiro americano, com o PMI industrial feito pelo ISM evidenciando, pelo segundo mês consecutivo, uma desaceleração do setor. Além disso, os gastos com construção também caíram, mostrando um desaquecimento do setor imobiliário e inflando os receios em relação aos riscos macroeconômicos. É importante frisar, também, que ambos os setores se mostram intensivos em diesel, com a demanda pelo derivado sentindo os efeitos desse cenário negativo ao longo do mês de abril e maio, alcançando valores historicamente baixos e afetando, por consequência, as perspectivas em relação à demanda por petróleo nos EUA.

DOE retoma compra de barris para SPR De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, o governo aprovou a compra de três milhões de barris para recomposição das reservas estratégicas americanas (SPR, sigla em inglês). A movimentação ocorre em meio ao objetivo do DOE de recuperar uma parte significativa das SPR até o final do ano, perdida ao longo de 2022 e 2023 em meio a venda de 180 milhões de barris para a contenção das altas dos preços geradas pelo início do conflito no Leste Europeu. Vale destacar que a compra foi feita a um preço médio de USD 77,69 bbl, valor menor do que o teto delimitado, com o departamento se beneficiando com a deterioração das cotações observadas ao longo das últimas semanas.

Gás Natural
  • Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,756/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -3,99% na sessão passado, alcançando USD 9,32484/MMBTU.
  • Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 1,23%, alcançando USD 2,79 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -1,56%, próximos a USD 9,180 MMBTU.
TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

Tags relacionadas: Energia

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