Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 2,45%, negociadas a USD 79,62 bbl na última sexta-feira (07), enquanto o WTI registrou um recuo semanal de 1,92%, negociado em USD 75,53 bbl.
O petróleo estendeu a tendência de queda da semana anterior, conforme investidores precificaram a decisão da OPEP+ em retomar gradualmente a produção do grupo a partir de out/24, revertendo os cortes voluntários assumidos desde o início do ano. Além desse fator, o aumento das reservas de petróleo nos EUA também influenciou a queda na semana, bem como a divulgação de indicadores de emprego do país. Ademais, em uma semana com divulgação de importantes indicadores econômicos, os futuros do petróleo devem ficar mais sensíveis a esses fatores macroeconômicos.
Hoje pela manhã (10), o contrato do Brent para vencimento em agosto/24 é negociado em torno de USD 80,14 bbl (+0,7%) até as 09h0. Para além de indicadores importantes que devem ser divulgados, como o CPI nos Estados Unidos, investidores também aguardam a publicação dos relatórios mensais da OPEP+ e da IEA nessa semana, que podem trazer mais clareza sobre as perspectivas desses dois agentes sobre o balanço global em 2024.
Mercado de trabalho americano resiliente Na ultima sexta-feira (07), a divulgação do payroll dos Estados Unidos em maio indicou que o mercado de trabalho no país segue aquecido, impactando as perspectivas sobre a política monetária do Fed. De acordo com o Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS), o saldo de empregos gerados nos EUA foi de 272 mil, acima do saldo de abril, de 165 mil, e acima da estimativa mediana de 182 mil. Conforme exposto na Abertura de Câmbio do dia, o relatório “sugere que o desempenho econômico continua vigoroso e que a renda dos americanos deve se manter em elevação. Isto, por sua vez, eleva temores de investidores de que o país está excessivamente aquecido para permitir uma estabilização dos preços, diminuindo as apostas para cortes de juros pelo Federal Reserve e reforçando a percepção de que os juros se manterão mais altos por mais tempo”. Dessa forma, os futuros de petróleo reverteram os ganhos que acumulavam na sexta-feira, encerrando o dia em queda em meio a maior aversão ao risco dos investidores.
Medida para reabastecer SPR O Departamento de Energia (DOE) dos Estados Unidos deve adquirir quase 6 milhões de barris para recompor as reservas estratégicas do país após a recente queda dos preços da commodity. Entre as solicitações, cerca de 1,5 milhão de barris devem ser entregues até setembro e os 4,5 milhões restantes entre outubro e dezembro. Com isso, o DOE deve adquirir mais de 15 milhões de barris ao longo do segundo semestre de 2024 - aproveitando os momentos em que os contratos estão abaixo de USD 79 bbl -, um esforço para reabastecer as reservas estratégicas após a queda em 2022, quando o governo vendeu cerca de 180 milhões de barris a fim de limitar a escalada de preços no período. De acordo com o último reporte do DOE, a SPR contava com 320 milhões de barris, valor bem abaixo dos 593 milhões registrados no início de 2022.
Resolução para exportações iraquianas Após mais de um ano com operações interrompidas, o ministro de petróleo do Iraque afirmou que um acordo com a Turquia deve permitir a retomada das exportações pelo porto de Ceyhan, no Curdistão nos próximos dias. Com os impasses, a exportação de quase 450 kbpd foi interrompida pela região, devendo ser redirecionados por outras rotas desde março/23.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,918/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,31% na sessão passado, alcançando USD 9,47478/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 2,88%, alcançando USD 3,002 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,18%, próximos a USD 9,491 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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