Na última terça-feira (11), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 81,92 bbl (+0,36%). Os contratos do WTI também acompanharam a alta, negociados a USD 77,9 bbl (+0,21%).
Os futuros do petróleo conseguiram sustentar mais um dia em alta na última sessão, influenciados pelo relatório de projeções da OPEP e do EIA, os quais reforçaram expectativas mais positivas sobre a demanda global em 2024. No entanto, a menor variação dos preços reflete o posicionamento dos investidores em aguardar a divulgação do CPI de maio dos Estados Unidos e a decisão do Fed nessa quarta-feira (12), com fatores macroeconômicos podendo alterar a tendência dos últimos dias.
Hoje pela manhã (12), o contrato do Brent para vencimento em agosto/24 é negociado em torno de USD 82,78 bbl (+1,05%) até as 09h10. Os futuros encontram suporte nas perspectivas de um balanço global mais apertado em 2024, e pela queda de estoques de petróleo e derivados nos EUA. Ademais, o mercado aguarda a divulgação de indicadores econômicos importantes a fim de entender o posicionamento do Fed e a política monetária nos Estados Unidos.
API registra queda dos estoques Um fator de suporte também foi a atualização do API sobre os estoques norte-americanos, apontando uma contração das reservas em 2,4 milhões de barris na semana. O número acompanha a tendência estimada pelo mercado, e ocorreu a despeito de um forte aumento das importações no período, de acordo com o instituto. Para os derivados, ocorreu uma queda dos estoques de gasolina em 2,5 milhões de barris – contrariando as expectativas de um aumento de 1,5 milhão pelo mercado -, com diesel registrando alta de 972 mil barris. Dessa forma, investidores aguardam a divulgação do relatório do DOE nessa quarta-feira (12) para avaliar a possível queda mais elevada dos estoques de petróleo e gasolina nos EUA.
Diferentes visões de mercado entre OPEP e IEA Os últimos dias foram marcados pela divulgação de projeções sobre o balanço global de petróleo pela IEA e OPEP, os quais reforçaram as visões distintas entre os dois grupos sobre o mercado da commodity. Em seu relatório, a OPEP manteve sua projeção de crescimento do consumo global em 2024 em 2,25 mbpd, apoiado especialmente pela demanda asiática e pelo impacto do turismo durante o segundo semestre sobre a demanda de petróleo. A IEA, entretanto, revisou negativamente sua projeção de consumo em 100 kbpd em relação ao relatório de maio, estimando um crescimento anual de 960 kbpd, citando uma demanda menor em países desenvolvidos em meio a desaceleração econômica da OCDE. No entanto, mesmo com a revisão negativa sobre a demanda, a Agência Internacional segue projetando um déficit em 2024, especialmente no segundo e terceiro trimestre, influenciado especialmente pela menor oferta da OPEP+ que deve ser reestabelecida gradualmente a partir do quarto trimestre.
Para 2025, o grupo também manteve as projeções de aumento em 1,85 mbpd, número que vem se sustentando nos últimos relatórios mensais da OPEP. Além das projeções para esse ano, a IEA reforça que, em 2025, a demanda global deverá crescer 1 mbpd, limitada tanto pelo pior desempenho econômicos das regiões supracitadas, como também pelo avanço de energias renováveis. Dessa forma, o gap entre as projeções das entidades se aprofundou para os maiores valores desde 2008, evidenciando as diferentes leituras sobre o mercado global da commodity, especialmente sobre a tendência de longo prazo sobre a demanda global: enquanto a IEA passou a estimar um pico de consumo em 2024, a OPEP segue projetando uma demanda crescente até 2045, sem estabelecer um pico ainda.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 3,129/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 0,36% na sessão passado, alcançando USD 9,74848/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -1,98%, alcançando USD 3,067 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 1,04%, próximos a USD 9,850 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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