Na última segunda-feira (17), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 84,25 bbl (+1,97%). Os contratos do WTI também acompanharam a alta, negociados a USD 80,33 bbl (+2,40%).
O mercado seguiu observando uma recuperação dos preços do petróleo, que alcançaram o maior valor desde o final de abril. No geral, as perspectivas do mercado em relação a um balanço mais apertado da commodity para os próximos meses e os receios em relação a uma escalada da guerra no Oriente Médio em meio as movimentações do grupo libanês Hezbollah na fronteira com Israel acabaram suportando as cotações do óleo bruto.
Hoje pela manhã (18), o contrato do Brent para vencimento em agosto/24 é negociado em torno de USD 84,20 bbl (-0,06%) até as 09h10. O mercado se mantém estável conforme os agentes financeiros aguardam a divulgação de novos dados relacionados à demanda por petróleo e derivados nos EUA, que nesta semana serão divulgados na quinta-feira (20).
Mercado mostra maior confiança com demanda Na última sexta-feira, o relatório COT da ICE mostrou que, após cinco semanas em queda, o net long das posições do Brent registrou um crescimento de 26 mil unidades, influenciado principalmente por uma redução das posições vendidas. No geral, o mercado se mostrou mais otimista em relação à demanda por petróleo ao longo do segundo e terceiro trimestre do ano, ampliando a percepção de que o início da diminuição dos cortes voluntários da OPEP+ a partir de outubro só traria efeitos mais significativos para o balanço global no início de 2025. O net long do RBOB seguiu caminho parecido, mas mostrando uma recuperação mais lenta, conforme os agentes financeiros esperam estoques mais bem abastecidos do combustível ao longo da driving season. O NY Harbor ULSD, no entanto, estendeu as perdas observadas em semanas anteriores em meio as expectativas de um setor industrial menos aquecido em economias avançadas, afetando negativamente o consumo por diesel.
Arábia Saudita reduz as exportações de petróleo De acordo com os dados divulgados pelo JODI, após atingir o maior valor dos últimos nove meses em março, as exportações de petróleo pela Arábia Saudita registraram queda de 6,9% em abril, totalizando 5,97 mbpd. A redução reflete, provavelmente, uma perda de parte do marketshare saudita no continente asiático, com a Rússia ampliando as vendas de maneira significativa para a Índia e a China ao trabalhar com preços mais competitivos frente as demais referências globais. Em meio a esse contexto, a Saudi Aramco anunciou na semana passada uma redução dos preços oficiais de venda de petróleo aos compradores da Ásia, evidenciando a tentativa do país de ampliar o seu mercado no continente, que é responsável por mais de 80% das compras da commdotiy ofertada pela Arábia Saudita.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,788/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 1,97% na sessão passado, alcançando USD 10,02575/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 0,65%, alcançando USD 2,806 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,02%, próximos a USD 10,028 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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