Na última quinta-feira (20), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 85,71 bbl (+0,75%). Os contratos do WTI acompanharam esse movimento, negociados a USD 82,17 bbl (+0,74%).
Na última sessão, os futuros do Brent atingiram os maiores valores desde o final de abril, devendo também encerrar a semana em alta. Entre os fatores de suporte, é possível destacar a escalada de tensões nos conflitos do Oriente Médio e Europa em meio ações ucranianas contra refinarias russas e ataques trocados entre Israel e o grupo Hezbollah. Além desses fatores, a queda dos estoques de petróleo e derivados nos EUA também apoiou os preços em meio as percepções de um mercado americano aquecido.
Hoje pela manhã (20), o contrato do Brent para vencimento em agosto/24 é negociado em torno de USD 85,7 bbl (-0,02%) até as 09h20. Preços seguem em estabilidade após a sequência de alta dos últimos dias, com investidores aguardando a divulgação de alguns indicadores econômicos em meio uma sessão menos agitada.
DOE registra queda dos estoques De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, os estoques de petróleo recuaram 2,5 milhões de barris na última semana, contrariando o volume registrado pelo API (+2,2 milhões). Essa queda refletiu a diminuição das importações, mesmo diante de uma leve contração do consumo na semana. Ademais, os estoques da commodity no maior consumidor global seguem abaixo da média sazonal, acompanhando o ritmo verificado em 2023, o que adicionou suporte para os preços na última sessão. Em relação aos combustíveis, o DOE registrou queda tanto para diesel e gasolina na ordem de 1,7 e 2,2 milhões de barris, respectivamente.
Esse movimento contrariou as expectativas do mercado, que projetava um aumento dos estoques de ambos os derivados. A contração das reservas de gasolina é explicada especialmente pelo aumento da demanda interna, apesar de essa ainda não superar os valores de 2023. Para o diesel, também se verificou uma recuperação do consumo, mas este segue abaixo da média sazonal para o período. Em geral, tratou-se de um relatório altista para o mercado, indicando um mercado americano aquecido, apesar de ainda ter dificuldades de alcançar os níveis verificados em 2023.
Importações de petróleo expandem na Índia Dados oficiais apontam um aumento das importações de petróleo na Índia em maio em 5,7% no comparativo com o ano passado, atingindo 21,75 milhões de toneladas. O resultado do mês reforça a tendência observada nos últimos períodos, com o consumo expressivo indiano devendo apoiar o crescimento da demanda global ao longo de 2024 e dos próximos anos, dado que o país é o terceiro maior consumidor de petróleo atualmente. Esse consumo também é impulsionado pelos preços mais competitivos da commodity, com a Índia se tornando a principal importadora de petróleo russo desde 2023.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 0/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,30% na sessão passado, alcançando USD 10,12333/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -2,08%, alcançando USD 2,684 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,14%, próximos a USD 10,185 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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