Na última quinta-feira (27), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 86,39 bbl (+1,34%). Os contratos do WTI também acompanharam essa tendência, negociados a USD 81,74 bbl (+1,04%).
Os futuros do Brent seguiram em alta, atingindo os mairoes valores desde o final de abril, o que deve levar os contratos a acumularem a terceira semana em alta. Os conflitos geopolíticos no Oriente Médio ainda serviram de suporte para os preços, conforme agentes precificam os riscos envolvendo a entrada do grupo Hezbollah na guerra. Ademais, mercado também aguarda a divulgação de indicadores de inflção nos Estados Unidos e de dados econômicos na China.
Hoje pela manhã (28), o contrato do Brent para vencimento em agosto/24 é negociado em torno de USD 86,74 bbl (+0,4%) até as 09h20. As tensões geopolíticas no Oriente Médio seguiram apoiando a recuperação dos preços, mesmo em meio a expansão dos estoques globais de petróleo, especialmente nos Estados Unidos.
Produção de derivados Brasil No Brasil, a ANP atualizou os dados de produção de combustíveis do mês de maio, indicando uma recuperação da oferta doméstica de gasolina, enquanto disel apresentou queda no comparativo anual. No mês, a produção nacional de gasolina A ficou em 2,4 milhões de m³, valor 5,2% maior do que no mesmo período em 2023, sendo também o segundo melhor mês nesse ano, levando o acumulado de 2024 a avançar 6,2% no comparativo anual. O diesel, por sua vez, apresentou queda no comparativo com 2023 pela primeira vez esse ano, conforme a produção em maio ficou em 3,9 milhões de m³ contra os 4 milhões m³ registrados em mai/23. Apesar dessa redução, a oferta acumulada do combustível entre jan-mai ainda se mantém acima em relação 2023, em 19,3 milhões de m³ (+4,6%).
Processamento na China deve seguir menor Fontes apontam que demanda enfraquecida por derivados na China impacta taxa de utilização das refinarias estatais do país, o que deve influenciar o volume processado de petróleo em junho. A taxa de processamento chinesa já havia recuado nos últimos dois meses, influenciada especialmente pelo período de manutenção planejada das refinarias, com algumas unidades ainda offline ao longo de junho. No entanto, a causa maior de queda pode estar associada a uma menor demanda por derivados no país. Analistas apontam que o consumo está menos aquecido que esperado, com a demanda por diesel e óleo combustível também menos expressivo - especialmente em meio a desaceleração dos setores manufatureiros e imobiliário. Isso reforça as perspectivas menos otimistas em relação ao consumo chinês para 2024, que pode registrar um crescimento da demanda menor do que esperado inicialmente.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,685/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 1,34% na sessão passado, alcançando USD 10,28041/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 1,90%, alcançando USD 2,736 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,73%, próximos a USD 10,355 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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