Na última segunda-feira (01), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 86,60 bbl (+1,9%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados a USD 83,38 bbl (+2,3%).
Além da elevação das tensões no Oriente Médio – em meio a intensificação das ofensivas entre o Hezbollah e Israel –, a perspectiva de que o Furacão Beryl se direcione para o Golfo do México contribuiu para a escalada dos preços do petróleo, em meio aos receios de possíveis disrupções produtivas no México e EUA.
Hoje pela manhã (02), o contrato do Brent para vencimento em agosto/24 é negociado em torno de USD 87,17 bbl (+0,66%) até as 09h00. As atenções seguem voltadas para as novas atualizações acerca do Furacão Heryl, conforme as projeções de uma temporada de furacões acima do normal no Oceano Atlântico traz preocupações em relação a possibilidade de impactos na produção de petróleo e derivados em importantes regiões produtoras de commodities energéticas.
Mercado volta as atenções a temporada de furacão nos EUA De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, sigla em inglês), um furacão de categoria 5 – denominado Furacão Beryl – deve atingir o Golfo do México ao longo dos próximos dias. A tempestade se iniciou próxima a Venezuela, devendo passar pela Jamaica e, posteriormente, adentrar no golfo mexicano, próximo as regiões em que se encontram alguns campos de petróleo do país. A notícia acendeu alertas no mercado sobre a possibilidade de uma temporada de furacões acima do normal no Atlântico afetar de maneira severa a produção de petróleo em importantes regiões produtoras dos EUA e do México. Vale destacar que a oferta de petróleo no golfo americano representa 15% – 20% da produção total dos EUA, de modo que disrupções produtivas da região podem causar problemas de fornecimento da commodity para as refinarias localizadas em Luisiana e Texas, como também reduzir as exportações da commodity para outros países.
Demanda de diesel se mantém estável no Brasil De acordo com os dados divulgados pela ANP, a demanda por diesel B no Brasil totalizou 5,46 milhões de m³, mantendo-se inalterada frente ao mês anterior e ao volume de maio/23. Como antecipado pela StoneX em suas projeções de consumo de diesel B para 2024, apesar dos bons resultados nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, o mercado observou uma forte redução mensal das vendas do Sul, de 4,7%. A causa por trás dessa queda se dá nas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no início de maio, com o estado registrando uma diminuição de 30,7% no consumo de diesel B em meio a expressiva diminuição dos fluxos de veículos rodoviários e ferroviários em algumas localidades do RS. Vale destacar que, apesar da forte redução da demanda pelo combustível, foi observado no Rio Grande do Sul uma normalização do abastecimento do derivado em meados de maio, havendo uma tendência de retomada acelerada da demanda pelo estado ao longo dos próximos meses.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,478/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 1,88% na sessão passado, alcançando USD 10,3054/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,77%, alcançando USD 2,459 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,75%, próximos a USD 10,383 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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