Na última terça-feira (09), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo cotado a USD 84,66 bbl (-1,27%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados a USD 81,41 bbl (-1,12%).
Os futuros estenderam a tendência de queda dos últimos dias, conforme investidores seguiram influenciados pela passagem do furacão Beryl nos Estados Unidos – a qual causou menos danos que antecipado, não devendo afetar fortemente a produção e processamento de petróleo no país. Além disso, indicadores mais fracos da economia chinesa também contribuem para a queda dos preços, apesar do API registrar mais uma semana de recuo dos estoques de petróleo nos EUA.
Hoje pela manhã (10), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 84,61 bbl (-0,06%) até as 09h20. Após a desvalorização do início da semana, preços estão mais estáveis no início da sessão após o API apontar uma queda das reservas de petróleo e gasolina nos EUA, com investidores também aguardando a divulgação de relatórios de projeções da OPEP e IEA.
API registra queda dos estoques de petróleo Um fator que limita maiores quedas do petróleo é o registro de mais uma semana de queda dos estoques de petróleo nos Estados Unidos. De acordo com o API, as reservas da commodity recuaram 1,9 milhão de barris na última semana, movimento em linha com aquele apontado por agentes. Trata-se de mais uma semana de recuo dos estoques, o que pode indicar uma demanda interna aquecida em meio a drinving season, com o fator de utilização das refinarias se recuperando novamente, e um aumento das exportações de óleo bruto. Considerando os derivados, o API registrou um resultado misto, com a gasolina recuando quase 3 milhões de barris enquanto os estoques diesel recuperaram 2,3 milhões. Para a gasolina, já se esperava essa queda conforme a semana do feriado da independência costuma registrar maior consumo em meio o aumento de viagens de curta e longa distância, enquanto o diesel pode ter sido influenciado pela menor demanda durante esse feriado refletindo também a maior produção das refinarias.
STEO projeta queda dos estoques globais Ontem (09), o EIA (US Energy Information Administration) revisou suas projeções sobre o mercado global de petróleo e derivados em seu relatório mensal, indicando um balanço global deficitário em 2024. De acordo com a administração, os primeiros meses do ano foram marcados por uma queda dos estoques globais de petróleo, especialmente no segundo trimestre, conforme as restrições de oferta da OPEP+ durante um período de recuperação da demanda entre abril e junho levou a um déficit do balanço global. Em geral, a expectativa da agência é de que essa situação se aprofunde nos próximos meses, estimando uma queda de 0,8 mbpd dos estoques globais até o primeiro trimestre de 2025. Ademais, houve poucas revisões das projeções entre o relatório de junho e agora, com a demanda global estando em 102,9 mbpd em 2024 e a oferta de 102,4 mbpd em média para o período. Ademais, mercado aguarda as visões da IEA e OPEP, cujos relatórios de projeções devem ser divulgados nos próximos dias.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,366/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,91% na sessão passado, alcançando USD 10,20425/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,68%, alcançando USD 2,35 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,35%, próximos a USD 10,169 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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