Na última quinta-feira (11), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 85,40 bbl (+0,38%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados a USD 82,62 bbl (+0,63%).
Os preços seguiram em alta, refletindo especialmente a leitura do CPI norte-americano em junho que favoreceu as perspectivas de um corte de juros pelo Fed em setembro. Assim, esse fator, as quedas dos estoques nos EUA e perspectivas de um balanço deficitário no segundo semestre - apresentado pelos relatórios de perspectivas de agentes do mercado – contribuíram para a leve recuperação dos preços nas últimas sessões. Entretanto, os futuros da commodity ainda devem acumular queda na semana, rompendo com a tendência verificada desde o início de junho.
Hoje pela manhã (12), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 86,0 bbl (+0,70%) até as 09h10. O maior apetite por risco dos investidores ainda apoia a recuperação dos preços da commodity, com o resultado das importações chinesas tendo menor influencia sobre a precificação no início da sessão.
China diminui importações de petróleo no primeiro semestre De acordo com dados oficiais, as importações de petróleo pela China no primeiro semestre recuaram 2,9% no comparativo com 2023, influenciado especialmente pelo pior desempenho em junho. A média das importações no mês ficou em 11,3 mbpd, uma queda de quase 11% em relação a jun/23, com esse recuo associado a maior base de comparação no ano passado. A queda no primeiro semestre está associada a uma demanda interna menos aquecida por derivados, especialmente com setores mais intensivos em combustíveis sofrendo com desaceleração das atividades e pelo avanço de frotas elétricas. Além disso, também destacam as menores margens para o refino que vem impactando a demanda das refinarias independentes, cuja FUT se manteve menor ao longo de junho. Alguns analistas do mercado entendem que as importações devem se recuperar no terceiro trimestre em meio ao aumento sazonal da demanda por derivados, mas que o resultado de 2024 pode representar uma queda das importações de óleo bruto.
Quando se considera a balança comercial como um todo, observa-se um aumento das exportações da China no mês, especialmente para os Estados Unidos e Europa, com alguns analistas atribuindo essa alta a um possível movimento de antecipação das exportações em meio a imposição de tarifas sobre produtos chineses nos próximos períodos. Ademais, o que chama atenção é a queda geral das importações em 2,3% no comparativo anual contra expectativa de aumento de 1,8% para o mês. O movimento está associado a uma menor demanda interna, em meio uma menor confiança da classe empresarial e consumidora, o que pode exigir maiores estímulos econômicos pelo governo.
CPI americano enfraquecido A leitura favorável do CPI americano de junho contribuiu para aumentar o apetite por risco dos investidores, favorecendo a recuperação do petróleo. Ontem (11), o indicador de junho passou de 0,0% para -0,1% no período, a primeira deflação mensal desde junho de 2020, com o resultado também ficando abaixo das expectativas do mercado. O núcleo do indicador também sinalizou uma desaceleração dos preços nos EUA, surpreendendo positivamente os investidores. Como analisado no relatório de fechamento de câmbio ontem: “Esta leitura reduz as preocupações de investidores quanto à possibilidade de persistência inflacionária nos EUA e deve contribuir para que o Federal Reserve (Fed) eleve seu nível de confiança na estabilização de preços no país, reforçando as apostas dos investidores para um corte no mês de setembro.” Para ler a análise completa, clique aqui.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,268/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 0,38% na sessão passado, alcançando USD 10,1626/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,57%, alcançando USD 2,255 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,60%, próximos a USD 10,223 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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