Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 1,74%, negociadas a USD 85,03 bbl na última sexta-feira (12), enquanto o WTI registrou um recuo semanal de 1,14%, negociado em USD 82,21 bbl.
O petróleo rompeu com a tendência de alta das últimas semanas, com fundamentos baixistas contribuindo para a queda no período, especialmente a revisão dos riscos associados ao furacão Beryl. Assim, apesar de perspectivas de um balanço deficitário no terceiro trimestre e de um possível início do corte de juros nos Estados Unidos, os futuros acumularam queda e estendem o resultado negativo nessa segunda-feira (15).
Hoje pela manhã (15), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 84,9 bbl (+-0,14%) até as 09h20. Petróleo estende o resultado negativo apoiado pelos resultados mais fracos da economia chinesa e fortalecimento do Dollar Index após o ataque no comício do candidato republicano Donald Trump no final de semana.
PIB chinês abaixo do esperado A leitura do PIB chinês no segundo trimestre apontou um crescimento de 4,7% no ano, ficando abaixo da expectativa do mercado (+5,1% a.a) e também indicando uma desaceleração no comparativo com os primeiros meses do ano, quando o indicador ficou em 5,3%. Esse resultado reflete a desaceleração do consumo interno, especialmente em junho, com consumidores gastando menos no período em meio menor confiança com a economia. Além da demanda doméstica, indicadores de investimento em capital fixo também registraram um crescimento menor, resultado do desempenho mais fraco do setor de construção civil e de investimentos em infraestrutura pelo governo, além de registrar uma desaceleração também na manufatura. Em geral, o PIB do segundo trimestre indica que o país deverá compensar o resultado mais fraco ao longo dos próximos períodos para se atingir a meta de crescimento de 5% ao ano definida pelo governo.
China reduz processamento em junho Como reflexo de uma economia menos aquecida, a China também registrou queda do volume de petróleo processado em junho em 3,7% no comparativo anual, com o indicador em 14,25 mbpd. Trata-se do pior resultado desde dezembro/23, conforme uma menor demanda por derivados e piores margens de refino contribuíram para a queda da atividade das refinarias, com as estatais operando em uma FUT média de 78,4% de acordo com estimativas do mercado – o pior patamar em quase 22 meses. Quando se considera o resultado do primeiro semestre, o indicador de processamento registra queda de 0,9% em relação ao mesmo período em 2023 (14,5 mbpd). Em geral, essa desaceleração da demanda por derivados vem ocorrendo de maneira mais acentuada que a economia como um todo, indicando que setores mais intensivos em combustíveis estão apresentando piores resultados, sendo influência também da substituição do consumo de derivados no setor de geração de energia e de transporte, especialmente com o avanço das frotas elétricas e de veículos movidos a GNV.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,329/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,43% na sessão passado, alcançando USD 10,11857/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -2,06%, alcançando USD 2,281 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,11%, próximos a USD 10,108 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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