Na última terça-feira (16), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo cotado a USD 83,73 bbl (-1,32%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados a USD 80,76 bbl (-1,4%).
Os futuros do petróleo estenderam a queda verificada nas últimas sessões, levando os contratos para os menores patamares desde meados de junho. Em geral, investidores seguem preocupados com a demanda global após a divulgação de dados mais fracos do setor de petróleo na China, além da maior aversão ao risco diante dos acontecimentos do final de semana nos Estados Unidos. Assim, esses fatores mais que compensam alguns fundamentos altistas, como a queda dos estoques de petróleo nos EUA e perspectivas de início do corte de juros pelo Fed.
Hoje pela manhã (17), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 84,0 bbl (+0,40%) até as 09h10. Mercado reverte parte das perdas da última sessão, podendo também ser influência da divulgação dos dados do API e da retomada de ataques houthis no Mar Vermelho.
API registra queda dos estoques de petróleo O API registrou mais uma semana de queda dos estoques de petróleo, cerca de 4,4 milhões de barris – bem acima das estimativas iniciais do mercado de -1 milhão de barris. Isso pode indicar um consumo elevado das refinarias do país, que buscam garantir a oferta de combustíveis para o mercado interno, mas também para exportação. No caso dos combustíveis, o API aponta uma recuperação dos estoques tanto para diesel como para a gasolina, na ordem de 4,9 e 0,36 milhões de barris, respectivamente, divergindo bastante das projeções de outras entidades. No caso da gasolina, esperava-se uma queda dos estoques em meio a recuperação do consumo doméstico nas últimas semanas, movimento que pode ter sido revertido e proporcionado essa alta das reservas. Para o diesel, a alta também foi bem acima do projetado, podendo representar uma maior fragilidade da demanda americana diante a desaceleração de setores mais intensivos no combustível, como a indústria.
Bancos reduzem projeções de crescimento para China Após a divulgação de indicadores econômicos do primeiro semestre na China, bancos e outras instituições privadas revisaram suas projeções de crescimento do país em 2024. Enquanto a maioria desses projetavam um crescimento do PIB entre 5% e 5,1%, as novas estimativas se posicionam entre 4,8% e 4,9%. Isso sinaliza um maior ceticismo do mercado de que a China irá atingir sua meta de crescimento de 5% no atual ritmo da economia, sendo necessário maiores estímulos no segundo semestre para garantir a marca. Nos últimos dias, autoridades chinesas se reúnem em um encontro conhecido como “terceira sessão plenária” que ocorrerá até quinta-feira (18) e deve ser divulgados documentos que expõem as estratégias econômicas do país. Apesar das expectativas de uma manutenção do modelo seguido nos últimos anos, mercado aguarda os posicionamentos oficiais e como esses podem interferir na trajetória de crescimento econômico da China.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,188/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -1,32% na sessão passado, alcançando USD 9,96387/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 0,46%, alcançando USD 2,198 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,27%, próximos a USD 9,991 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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