Na última segunda-feira (22), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo cotado a USD 82,24 bbl (-0,47%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados a USD 79,72 bbl (-0,44%).
Os preços do petróleo seguem refletindo a redução dos prêmios de risco de uma disrupção produtiva no Oriente Médio, em meio aos avanços das conversas sobre um cessar-fogo confirmadas pelo governo norte-americano na última sexta-feira (19). Ainda assim, vale destacar que a continuidade dos ataques houthis no Mar Vermelho interrompeu quedas mais significativas das cotações, com as incertezas ao redor de uma consolidação do acordo mantendo os preços em patamares estáveis.
Hoje pela manhã (23), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 82,04 bbl (-0,44%) até as 09h00. O mercado segue pressionado em meio a situação no Oriente Médio e as perspectivas menos otimistas em relação à demanda global por petróleo para o segundo semestre.
Mercado mostra menor otimismo sobre demanda Os recentes sinais de uma demanda desaquecida em algumas regiões – principalmente na Ásia – vem desanimando os investidores em relação às perspectivas de um consumo de petróleo mais fortalecido para o segundo semestre. Apesar da chegada da driving season no hemisfério norte global incentivar o consumo de óleo bruto e gasolina em importantes regiões demandantes, como os EUA e a Europa, os recentes dados de processamento da China divulgados pelo NBS evidenciam um menor apetite pelas refinarias domésticas, em meio aos sinais de vendas de combustíveis menores do que o esperado no mercado chinês. Paralelo a isso, os estoques globais da commodity vem crescendo de maneira consistente, alcançando na semana passada 3,14 bilhões de barris, maior valor desde outubro/20. Essa expansão é guiada principalmente pela região do Ásia Pacífico, que desde o início do ano avançou cerca de 40 milhões de barris, seguida pelas América (16 milhões) e Europa (28 milhões).
ANP divulga vendas de combustíveis em junho No Brasil, foram divulgados os dados prévios de venda de combustíveis em junho pela ANP. A demanda por diesel B totalizou 5,66 mbpd, marcando alta de 3,77% em relação ao mesmo período do ano passado. Vale destacar que, conforme antecipado pela StoneX, as vendas no Rio Grande do Sul mostraram plena recuperação no mês posterior às enchentes que ocorreram no estado, marcando um aumento de 11,8% em relação a maio/24 e de 4% no comparativo com junho/23. No acumulado anual, as vendas nacionais do combustível totalizam 32,5 milhões de m³, marcando alta de 4,15%. O volume é o maior para o primeiro semestre do ano, guiado principalmente por um avanço forte das exportações de bens e produtos pelo país, que cresceram 6,9% no comparativo anual, aumentando a demanda por fretes domésticos através do transporte rodoviário e ferroviário desses produtos aos portos brasileiros.
Em relação a gasolina C, as vendas do derivado atingiram 3,5 milhões de m³ no mês, o que representa uma queda de 8,61% no comparativo com jun/23. O resultado fraco segue refletindo a menor competitividade da gasolina frente o etanol hidratado, o qual ampliou seu share no Ciclo Otto para quase 30% no mês no Centro-Sul. Considerando o resultado do primeiro semestre, as vendas de gasolina C somam 21,4 milhões de m³, um recuo de 7,43% em relação ao mesmo período em 2023 (23,1 milhões m³). O segundo semestre costuma registrar um aumento da demanda por combustíveis leves, o que pode amenizar a queda verificada no primeiro período apoiado também pela menor competitividade do etanol, especialmente no quarto trimestre.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,128/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,47% na sessão passado, alcançando USD 9,78656/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 2,91%, alcançando USD 2,19 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,47%, próximos a USD 9,787 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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