Na última terça-feira (23), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo cotado a USD 81,01 bbl (-1,69%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados a USD 79,96 bbl (-3,53%).
Os futuros da commodity estenderam a queda das sessões anteriores, com o mercado ainda refletindo a perspectiva de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas em Gaza, e reduzindo os prêmios de risco associados ao conflito no Oriente Médio apesar dos ataques houthis terem se intensificado nos últimos dias. Com isso, os contratos do Brent atingem os piores níveis em quase sete semanas, pressionados também por perspectivas de uma demanda menos aquecida ao longo de 2024.
Hoje pela manhã (24), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 81,9 bbl (+1,09%) até as 09h20. Futuros revertem parte da perda após a forte desvalorização das últimas sessões, apoiados também pelo registro do API de queda dos estoques de petróleo e derivados nos Estados Unidos na semana passada.
API registra queda dos estoques de petróleo De acordo com o API, as reservas de petróleo nos Estados Unidos recuaram 3,8 milhões de barris na última semana, o que estende a tendência observada nos últimos períodos e indica uma demanda americana ainda bastante aquecida. No último mês, o DOE já registrou uma queda de quase 20 milhões de barris das reservas americanas, levando o indicador a operar abaixo dos níveis observados em 2023 e da média sazonal dos últimos cinco anos, enquanto o consumo doméstico alcançava as máximas sazonais ao longo de julho. O API também registrou queda dos estoques de gasolina e diesel, na ordem de -2,8 milhões de barris e -1,5 milhão de barris, respectivamente. Os resultados são maiores do que as estimativas iniciais do mercado, o que pode representar uma recuperação da demanda dos derivados após o enfraquecimento observado nas últimas semanas – especialmente de gasolina.
Índia reduz importações de petróleo Dados oficiais indicam que as importações de petróleo em junho pela Índia atingiram os menores níveis em quatro meses - no mês, as importações ficaram em 18,45 milhões de toneladas (-5,6% a.a), representando uma forte queda em relação o valor de maio (22 milhões de toneladas). Parte dessa queda pode refletir uma menor demanda doméstica no período bem como a menor necessidade de importações após o forte número de maio. A índia é o terceiro maior importador e consumidor de petróleo no mundo, e é apontado como um dos países que deve guiar o crescimento da demanda global nos próximos anos em meio a desaceleração do consumo chinês. Ademais, mesmo com o enfraquecimento em junho, a expectativa é de que a Índia ainda registre uma forte alta do consumo de petróleo em 2024 em meio a maior atividade econômica do país, especialmente da indústria, o que impulsiona a demanda por derivados.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,187/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -1,69% na sessão passado, alcançando USD 9,64019/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -2,24%, alcançando USD 2,138 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,80%, próximos a USD 9,718 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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