Na última quinta-feira (25), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 82,37 bbl (+0,81%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados a USD 78,28 bbl (+0,89%).
Ontem, os futuros da commodity seguiram operando em leve alta, suportados especialmente pelo indicador do PIB nos Estados Unidos que sinaliza uma economia fortalecida ao longo de 2024. Entretanto mesmo com a recuperação dos últimos dias, o petróleo ainda deve acumular queda na semana em meio perspectivas de uma demanda chinesa enfraquecida e redução dos prêmios de riscos associados ao conflito em Gaza.
Hoje pela manhã (26), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 82,04 bbl (-0,4%) até as 09h00. Projeções de que a China deverá reduzir seu consumo de petróleo e derivados no segundo semestre por empresas do setor chinesas apoiam o menor otimismo do mercado nessa sexta-feira, revertendo parte dos ganhos acumulados na última sessão.
Efeito da economia americana Na quinta-feira (25), a primeira prévia para o PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre surpreendeu ao registrar um crescimento anualizado de 2,8% no período, indicador acima das estimativas do mercado de 2,0%. O resultado sinaliza uma economia americana mais fortalecida que o antecipado e alivia também os temores de uma recessão no país em 2024. Somado a isso, o indicador do PIB não elevou os temores inflacionários do mercado financeiro – o qual ainda espera o início do corte de juros pelo Fed nas próximas reuniões do Banco Central, especialmente em setembro. Esses dois fatores, por sua vez, contribuem para melhores perspectivas de demanda por petróleo e derivados na maior economia do mundo, o que suportou os preços da commodity na última sessão. Vale destacar que, apesar dos sinais positivos dos EUA, parte da alta foi limitada por preocupações sobre o consumo em outras regiões, especialmente na Ásia.
Rumores envolvendo diesel russo Nos últimos dias, rumores sobre um possível banimento das exportações de diesel russo despontaram no mercado, mas foram negados pelo primeiro ministro Alexander Novak na quinta-feira (25). Restrições ao comércio de diesel foram impostas em setembro do ano passado por Moscou devido o crescimento da demanda doméstica nos meses de outono, com o governo buscando garantir o abastecimento interno para as atividades agrícolas, mas foram revistas ainda em novembro, tendo impactos limitados no mercado internacional do combustível. Fontes apontavam que o governo poderia impor novas restrições esse ano pelos mesmos motivos de 2023, com os preços internos do combustível escalando nos últimos meses também apoiando uma possível intervenção de Moscou. Apesar disso, Alexander Novak negou os rumores, afirmando que o ministro de energia do país está trabalhando com o setor de refino parar garantir o abastecimento interno de diesel ao elevar a taxa de utilização das unidades de processamento e incentivando a produção do derivado.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,041/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 0,81% na sessão passado, alcançando USD 9,80203/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,05%, alcançando USD 2,04 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,44%, próximos a USD 9,759 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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