Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 1,82%, negociadas a USD 81,13 bbl na última sexta-feira (26), enquanto o WTI registrou um recuo semanal de 3,71%, negociado em USD 77,16 bbl.
O petróleo encerrou em queda pela terceira semana consecutiva, influenciado pelo menor apetite por risco dos investidores e preocupações com a demanda global, especialmente chinesa. Com isso, os futuros chegaram a atingir os menores valores em seis semanas no período, conseguindo se recuperar levemente nas sessões seguintes conforme se teve uma queda dos estoques de petróleo e derivados nos Estados Unidos. Ademais, mercado aguarda importantes sinalizações do Fed essa semana conforme o Banco Central americano se reúne para decidir o patamar de juros do país.
Hoje pela manhã (29), o contrato do Brent para vencimento em setembro/24 é negociado em torno de USD 80,6 bbl (-0,65%) até as 09h00. Preços seguem recuando em meio perspectivas de uma demanda global mais enfraquecida no segundo trimestre, apesar da queda dos estoques nas Américas e na Europa nas últimas semanas, com os investidores influenciados principalmente pela desaceleração de países asiáticos.
Incêndios no Canadá ameaçam produção de petróleo Incêndios na região de Alberta, no Canadá, podem impactar a produção de até 400 kbpd do país. O valor representa quase 10% da capacidade da província, com produtores de regiões mais afetadas se mantendo em alerta nos próximos dias, mas vale destacar que a produção ainda foi pouco afetada. A temporada de incêndios no Canadá tem seu pico durante os meses de verão, o que pode chamar atenção do mercado conforme traga impactos maiores sobre a oferta de petróleo do país, que é o quarto maior produtor global (cerca de 5,6 mbpd em 2023, de acordo com o Energy Institute).
Conflito entre Israel e Hezbollah No último final de semana, Israel promoveu um ataque contra o território libanês em alvos do grupo Hezbollah, aumentando as tensões no Oriente Médio. A ofensiva seria uma resposta a um atentado que ocasionou a morte de 12 pessoas em Golan Heights, região ocupada por Israel, com Tel-Aviv atribuindo a autoria ao grupo armado. As novas movimentações na região apoiam prêmios de risco associados a oferta de petróleo no Oriente Médio conforme diminuem as perspectivas do fim do conflito, mas não com força o suficiente para reverter a queda dos preços do petróleo nos últimos dias. Os investidores também observam o mercado de petróleo russo, conforme terminais de armazenamento foram atingidos por ataques ucranianos no final de semana. Apesar da sequência da estratégia ucraniana de atingir a infraestrutura energética russa, as refinarias do país seguem elevando as taxas de utilização, o que diminui os riscos de uma crise de abastecimento interno.
Impactos do reajuste da Petrobras Na última semana, a ANP atualizou seu levantamento de preços do consumidor final, trazendo o impacto do reajuste dos preços da Petrobras sobre a gasolina C. De acordo com a agência, o preço médio do combustível no estado de São Paulo, ficou em R$ 5,81/L, o que é quase R$ 0,20/L acima dos valores observados na semana que antecedeu o anúncio da estatal, indicando um repasse acima do total reajustado pela companhia. Apesar disso, a paridade com o etanol aumentou levemente no período, refletindo uma alta maior do etanol hidratado, mas o biocombustível segue mais competitivo em São Paulo.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,006/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -1,51% na sessão passado, alcançando USD 9,65447/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -2,49%, alcançando USD 1,956 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,26%, próximos a USD 9,629 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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