Diário de Petróleo

Petróleo reverte ganhos da semana diante menor otimismo de investidores
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última quinta-feira (02), os futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo cotados a USD 79,52 bbl (-1,5%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociado em USD 76,31 bbl (-2,0%).

Após a forte alta na quarta-feira (31), os contratos do petróleo voltaram a recuar na última sessão, influenciado pelos temores de uma desaceleração do consumo global da commodity, bem como uma revisão da percepção dos riscos de oferta associados ao conflito no Oriente Médio. Dados econômicos mais fracos nos EUA e China também contribuem para esse menor otimismo dos investidores.

Hoje pela manhã (02), o contrato do Brent para vencimento em outubro/24 é negociado em torno de USD 78,97 bbl (-0,68%) até as 09h15. A queda no início da sessão ainda é influenciada pela menor confiança dos investidores no mercado, que deve levar os futuros a acumularem mais uma queda semanal, em quase 0,95% no período.


Produção brasileira de petróleo De acordo com a ANP, a produção nacional de petróleo desacelerou entre maio e junho, ficando em 3,4 mbpd. O resultado é levemente abaixo no comparativo mensal (-0,8%), podendo refletir alguns fatores, como o declínio natural e a maior maturidade dos campos, mas também efeitos da paralização de funcionários do IBAMA que atrasaram a emissão de licenças para exploração. Ademais, mesmo com essa queda, o primeiro semestre do ano ainda registra avanço frente o resultado de 2023, com uma média produtiva de 3,37 mpbd, quase 5,2% acima do mesmo período no ano passado. O resultado do semestre ainda foi afetado pela queda em abril, conforme algumas unidades de exploração tiveram operações afetadas devido manutenções programadas. Em geral, espera-se que a produção brasileira siga elevada nos próximos meses, o que deve refletir também no aumento das exportações do óleo bruto. 

Produção brasileira de petróleo - mbpd

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Fonte: ANP. Elaboração: StoneX.

Decisão da OPEP+ Na última quinta-feira (01), os membros da OPEP+ decidiram manter inalteradas suas políticas produtivas, movimento antecipado pelos investidores. A reunião ocorreu de forma virtual, com os produtores confirmando a redução dos cortes voluntários a partir de outubro, o que deve ampliar a oferta global da commodity no quarto trimestre – período em que já se registra uma queda sazonal da demanda. Ademais, alguns atores do grupo reafirmaram que o cartel estaria flexível para novas alterações da política produtiva, falas que ocorrem em meio a queda dos preços do petróleo nas últimas semanas, com os contratos operando abaixo da marca de USD 80 bbl.

Menor otimismo sobre demanda Em geral, o menor apetite por risco dos investidores contribui para a deterioração dos preços do petróleo, especialmente em meio indicadores macroeconômicos mais fracos na China e nos Estados Unidos – os dois maiores consumidores globais. Desde o início da semana, a China vem divulgando dados que ficam abaixo da expectativa dos investidores, sinalizando uma economia em desaceleração especialmente em setores mais intensivos em combustíveis. Nos Estados Unidos, dados piores que o estimado para o Índice Gerente de Compras (PMI) industrial e para os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, além de resultados trimestrais abaixo do esperado de empresas americanas contribui para um temor de uma desaceleração da economia mais intensa que o esperado, conforme analisado no Fechamento de Câmbio ontem (01).

Gás Natural
  • Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 1,968/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -1,49% na sessão passado, alcançando USD 9,46288/MMBTU.
  • Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com alta de 1,63%, alcançando USD 2 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,06%, próximos a USD 9,469 MMBTU.
TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

Tags relacionadas: Energia

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