Na última segunda-feira (19), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo cotado a USD 77,66 bbl (-2,54%). Os contratos do WTI também acompanharam essa trajetória, negociados em USD 74,37 bbl (-2,97%).
A deterioração das cotações ocorreu após a confirmação do Secretário de Estado dos EUA de que o governo israelense havia aceitado uma das propostas de cessar-fogo promovida pelos países intermediadores, com o mercado passando a apostar de maneira mais consolidada em uma redução das tensões no Oriente Médio e, em última instância, na diminuição de problemas logísticos na região do Mar Vermelho.
Hoje pela manhã (20), o contrato do Brent para vencimento em outubro/24 é negociado em torno de USD 77,88 bbl (+0,28%) até as 09h00. Apesar do maior otimismo observado na sessão de ontem, o mercado se mantém incerto sobre a consolidação de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas diante das dificuldades de entendimento entre as partes.
Mercado mais otimista sobre cessar-fogo Após um aumento dos prêmios de risco sobre a oferta de petróleo no Oriente Médio observados na semana passada, as falas do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao longo da sessão de ontem acabou por reduzir de maneira expressiva os receios sobre uma escalada dos conflitos na região, com ambos mostrando expectativas mais positivas sobre um avanço das negociações. Tal situação ocorre em meio a uma proposta feita pelos países intermediadores sobre um cessar-fogo com troca de reféns, que parece agradar tanto líderes do Hamas quanto do governo israelense. Dessa forma, a esperança ao redor de uma interrupção das ofensivas acabou por pressionar de maneira expressiva as cotações do óleo bruto, em meio a um consentimento de que um cessar-fogo reduziria os problemas logísticos observados no Mar Vermelho diante das ofensivas contra embarcações promovidas pelo grupo iemenita Houthi. Vale destacar que, apesar dessa movimentação, as incertezas em relação a um efetivo acordo entre o Hamas e Israel seguem firmes, em meio ao entendimento de que as discussões sobre um cessar-fogo ocorrem a um longo período, com ambas as partes evitando ceder em diversas frentes do acordo.
Ofensivas continuam no Leste Europeu Apesar das melhores perspectivas ao redor de um cessar-fogo no Oriente Médio, o mercado segue observando uma escalada dos conflitos entre Rússia e Ucrânia. Ao longo dessa madrugada, o exército russo lançou uma série de foguetes e drones em nove regiões da Ucrânia, atingindo algumas instalações de transmissão de energia elétrica na região oeste do país, como parte de estratégia de combate da Rússia na guerra. As ofensivas ocorrem após incursões do exército da Ucrânia em território russo, que acabou surpreendendo Moscou em meio a um avanço significativo dessas forças dentro do território, gerando receios sobre um prolongamento dos conflitos e eventuais problemas a infraestrutura petrolífera russa causada pela invasão. Dessa forma, a situação no Leste Europeu acaba mantendo os prêmios de risco de oferta nessa região, fator que acaba evitando maiores quedas das cotações do óleo bruto.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,235/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -2,54% na sessão passado, alcançando USD 9,24154/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,58%, alcançando USD 2,222 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,35%, próximos a USD 9,274 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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