Na última quarta-feira (21), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em queda, sendo cotado a USD 76,05 bbl (-1,49%). Os contratos do WTI registraram baixas mais expressivas, negociados em USD 71,93 bbl (-2,85%).
Apesar da redução dos estoques de petróleo e derivados nos EUA, os preços do óleo bruto sofreram forte pressão baixista em meio a divulgação de indicadores negativos do mercado de trabalho norte-americano, gerando receios sobre uma desaceleração do consumo da commodity no país.
Hoje pela manhã (22), o contrato do Brent para vencimento em outubro/24 é negociado em torno de USD 76,55 bbl (+0,67%) até as 08h40. A leve alta responde aos fundamentos do mercado norte-americano, com as reservas de petróleo no país se aproximando das mínimas históricas dos últimos cinco anos para o período.
Receios macroeconômicos voltam a crescer Contribuindo para as quedas das cotações do petróleo ontem, a revisão do payroll promovida pela Departamento de Trabalho dos EUA (BLS, sigla em inglês) trouxe novos receios acerca da economia norte-americana. Conforme evidenciado no Fechamento de Câmbio da StoneX de ontem (21): “A revisão periódica, reduziu em 818 mil a quantidade de pessoas empregadas entre o período entre abril de 2023 e março de 2024, a maior queda desde a redução de 902 mil de março de 2009. A divulgação revelou que o mercado de trabalho americano estava menos vigoroso do que se julgava e alimentou receios de que a economia americana esteja desacelerando mais intensamente do que o previsto”. Essa preocupação acerca do mercado de trabalho no país acabou reduzindo as expectativas dos agentes sobre um soft landing da economia estadunidense, alimentando as perspectivas de uma demanda menos aquecida por petróleo e derivados nos próximos meses.
Estoques comerciais nos EUA voltam a cair Seguindo caminho contrário ao divulgado pelo API no dia anterior, o DOE voltou a registrar uma redução das reservas comerciais de petróleo nos EUA, que alcançaram o menor valor desde janeiro, operando próximo às mínimas históricas dos últimos cinco anos para o período. O avanço da demanda doméstica e das exportações foi o principal motivador da redução das reservas, com a manutenção das transferências dos estoques comerciais para as SPR contribuindo para essa diminuição do indicador. Vale destacar que, enquanto as reservas comerciais atingiram a mínima dos últimos sete meses, as reservas estratégicas alcançaram o maior valor desde dezembro/22, com as compras do DOE se intensificando ao longo dos últimos meses. No que tange os derivados, tanto os estoques de gasolina quanto de diesel registraram queda, na ordem de 1,6 milhão e 3,3 milhões de barris, respectivamente. No caso da gasolina, a forte diminuição das importações do combustível contribuiu para a deterioração dos estoques. Para o diesel, as exportações do derivado alcançaram o maior valor da história, em 1,85 mbpd, ao passo que as importações se mantiveram bem abaixo do observado nas médias históricas.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 2,177/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -1,49% na sessão passado, alcançando USD 9,04995/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -0,60%, alcançando USD 2,164 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 0,50%, próximos a USD 9,095 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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