Na última segunda-feira (26), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo cotado a USD 81,43 bbl (+3,05%). Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, negociados em USD 77,42 bbl (+3,46%).
Os preços do petróleo receberam forte suporte em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio, com o Hezbollah e Israel promovendo novas ofensivas militares na região. Paralelo a isso, o anúncio sobre fechamento de poços de extração da commodity na Líbia contribuiu para as fortes altas observadas na sessão de ontem.
Hoje pela manhã (27), o contrato do Brent para vencimento em outubro/24 é negociado em torno de USD 81,08 bbl (-0,44%) até as 09h10. Após duas sessões de altas expressivas, os preços do petróleo operam em leve baixa, com os agentes financeiros aguardando novos fundamentos que tragam um melhor direcionamento do balanço global da commodity.
Ofensivas entre Israel e Hezbollah se intensificam Os agentes financeiros observaram uma elevação dos prêmios de risco de oferta de petróleo no Oriente Médio ao longo da segunda-feira (26), motivado pelas ofensivas entre o exército israelense e o grupo Hezbollah na fronteira entre Israel e Líbano. Apesar dos ataques com drones e mísseis não terem alcançado os alvos pretendidos, as preocupações sobre a não consolidação do acordo de cessar-fogo entre o governo israelense e o grupo Hamas se reacenderam, com o mercado projetando que as novas ofensivas na região tendem a aprofundas as tensões entre as partes, prejudicando os fluxos de petróleo e derivados pelo Mar Vermelho. Dessa forma, a instabilidade política e social na região acaba por seguir dando suporte as cotações do óleo bruto, que passa a operar acima dos USD 81 bbl.
Líbia reduz oferta de petróleo Outro fator que sustentou a alta dos preços do petróleo se deu no anúncio do governo de Benghazi – localizado no leste do território líbio, que não é reconhecido pela comunidade internacional – confirmando o fechamento de todos os campos de petróleo no país, que somam uma capacidade de 1,17 mbpd. A medida ocorre em meio à insatisfação de lideranças de Benghazi em relação às medidas tomadas pelo Banco Central da Líbia, que está sob controle do governo de Trípoli, reconhecido pela comunidade internacional. Pelo fato do governo de Benghazi deter 89% da capacidade de extração de petróleo do país, a confirmação de fechamento total dos campos acabou trazendo forte preocupação para os agentes petrolíferos sobre a possibilidade de uma interrupção dos fluxos da commodity pela Líbia por um período indeterminado.
- Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em baixa, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 1,956/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma alta de 3,05% na sessão passado, alcançando USD 9,69017/MMBTU.
- Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -1,48%, alcançando USD 1,927 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em baixa de -0,48%, próximos a USD 9,644 MMBTU.
Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.
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