Na última segunda-feira (09), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão com em alta, sendo negociado a USD 71,84 bbl (+1,1%). Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, cotados a USD 68,71 bbl (+1,5%).
O petróleo recuperou uma pequena parte das perdas observadas na semana passada, em meio a correções do mercado e ao aumento dos prêmios de risco de oferta na Costa do Golfo com a chegada da tempestade Francine, que acarretou evacuação de funcionários em algumas plataformas offshore.
Hoje pela manhã (10), o contrato do Brent para vencimento em novembro/24 é negociado em torno de USD 70,91 bbl (-1,28%) até as 09h00. Os receios ao redor do furacão Francine foram contrabalanceados por novos dados de importação de petróleo pela China que, apesar de registrar um aumento mensal, ainda se mantém abaixo dos resultados observados em 2023.
Situação na Costa do Golfo segue chamando atenção Ao longo da sessão de ontem, algumas companhia petrolíferas anunciaram a evacuação de funcionários de plataformas offshore que se encontram na Costa do Golfo. Os receios ao redor dos possíveis impactos da passagem da tempestade Francine na costa do Texas e de Luisiana acabou dando suporte aos preços do petróleo, não somente pela importância da região para a oferta da commodity – que responde por cerca de 10% da capacidade produtiva total – mas também pelos possíveis efeitos sobre as refinarias norte-americanas, com a região contando com importantes centros de processamento do país. Vale destacar, no entanto, que ainda há incertezas sobre o potencial destrutivo da tempestade, em meio às expectativas de que o evento climático possa se enfraquecer até a chegada na costa norte-americana. Dessa forma, o mercado deve manter um monitoramento mais próximo da situação ao longo dos próximos dias, com as perspectivas apontando para a chegada da tempestade na região entre hoje (10) e amanhã (11).
Importações de petróleo pela China crescem De acordo com os dados divulgados pelo GACC, as compras chinesas de petróleo alcançaram 11,61 mbpd em agosto, maior valor em 12 meses, marcando um aumento de 16% frente ao observado em julho – quando o país havia registrado o pior resultado em 22 meses. A retomada da internalização reflete um aumento do fator de utilização das refinarias domésticas, alcançando 81% no mês, com os centros de processamento públicos e independentes apresentando um aumento do consumo no período. Apesar da forte recuperação das compras externas da commodity, o volume ainda é 7% menor do que o observado no mesmo período do ano passado, fator que segue trazendo receios ao mercado, com as perspectivas de uma demanda menos aquecida pela China no curto prazo cada vez mais consolidada.
Líbia segue com exportações interrompidas De acordo com a Companhia Nacional de Petróleo da Líbia (NOC), o transporte de diversas cargas de petróleo pelo terminal de Es Sidra foi interrompido em meio a continuidade da interrupção da produção em alguns campos de extração do país. Apesar das negociações entre as duas forças políticas que disputam o governo líbio, o mercado segue observando um cenário de redução da oferta da commodity pelo produtor africano, com a produção se mantendo próxima dos 750 kbpd. A situação acaba auxiliando na movimentação altista das cotações, com o mercado esperando um prolongamento da redução das exportações pelo membro da OPEP. Ainda assim, vale destacar que a NOC manteve o transporte das cargas para os demais portos, fator que aliviou os receios dos agentes financeiros sobre o mercado líbio.
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