Na última quarta-feira (11), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão com em alta, sendo negociados a USD 70,61 bbl (+2,05%). Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, cotados a USD 67,31 bbl (+2,37%).
Apesar da expansão dos estoques americanos de petróleo, a chegada da tempestade tropical Francine na Costa do Golfo e a interrupção de parte da produção de petróleo e derivados na região acabou dando suporte às cotações do óleo bruto, com o mercado mostrando preocupação sobre o período de retorno da oferta no hub petrolífero.
Hoje pela manhã (12), o contrato do Brent para vencimento em novembro/24 é negociado em torno de USD 71,60 bbl (+1,37%) até as 09h10. A situação no Golfo do México segue mantendo os preços do petróleo em patamares elevados, ao passo que a redução das projeções de demanda global pela IEA impede uma expansão mais significativa das cotações.
Furacão Francine atinge produção americana de petróleo De acordo com o Departamento de Segurança e Fiscalização Ambiental dos EUA (BSEE, sigla em inglês), no dia de ontem, cerca de 38,6% da capacidade produtiva de petróleo do Golfo do México – que representa cerca de 674 kbpd – foi fechada em meio a chegada da tempestade tropical Francine, com 171 plataformas evacuadas. O mercado de gás natural também sentiu os impactos da chegada do evento climático, com 48,8% da produção interrompida. Vale destacar que importantes portos de recebimento e envio de petróleo na região, como o de Houston, Corpus Christi e Freeport seguem fechados, com o mercado apostando em possíveis atrasos nas exportações americanas ocasionadas pela interrupção dos fluxos ao exterior. Na frente do mercado de derivados, duas refinarias em Luisiana – com capacidades de processamento na ordem de 463 kbpd e 190 kbpd – também registraram interrupção ou redução da produção, apesar de terem anunciado uma retomada das operações. No geral, os impactos sobre a infraestrutura petrolífera na região acabam sustentando as cotações do óleo bruto, com o mercado buscando entender o período necessário para a retomada total da produção da commodity no Golfo do México.
IEA reduz projeções sobre a demanda global Seguindo movimento feito pela OPEP, a Agência Internacional de Energia reduziu as suas projeções para o crescimento da demanda de petróleo para 2024 em 70 kbpd, citando a China como principal motivo para a diminuição das estimativas. Conforme confirmado pela agência, a desaceleração das atividades econômicas no país e o avanço das vendas de veículos elétricos vem limitando um aumento mais acelerado das importações de petróleo pelas refinarias domésticas. No resto do mundo, o consumo segue relativamente estável, com os EUA mostrando uma diminuição das entregas de gasolina, com uma demanda menos aquecida ao longo dos últimos meses quando comparada ao mesmo período de 2023. Paralelo a isso, a agência confirmou que a desaceleração do avanço da demanda pela economia chinesa e consumidores menores ao longo dos próximos anos deve permitir que a demanda pela commodity atinja seu pico até o final dessa década.
TABELA DE COTAÇÕES - FECHAMENTO DO DIA ANTERIOR
Fonte: ICE, NYMEX. Elaboração: StoneX.
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