Na última quinta-feira (12), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão com em alta, sendo negociados a USD 71,97 bbl (+1,93%). Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, cotados a USD 68,49 bbl (+2,47%).
Mesmo com a IEA revisando novamente suas projeções sobre a demanda global em 2024 e reforçando perspectivas de desaceleração do consumo chinês, os futuros do petróleo seguiram em recuperação, revertendo parte das perdas do início da semana. A chegada do furacão Francine nos Estados Unidos e impactos sobre as operações de refinarias e da produção de petróleo ofereceram apoio para a alta dos preços, bem como um maior apetite por risco do mercado após a divulgação de dados de inflação e emprego da economia americana.
Hoje pela manhã (13), o contrato do Brent para vencimento em novembro/24 é negociado em torno de USD 71,99 bbl (+0,78%) até as 08h30. Rumores de que autoridades chinesas devem oferecer estímulos para o setor imobiliário e o furacão Francine nos EUA oferecem suporte para as cotações e contribuem para reverter a forte queda dos preços do início da semana.
Acompanhamento do furacão Francine Após a chegada do furacão Francine no Golfo do México nos últimos dias, empresas de petróleo, refinarias e portos na região começam a avaliar os impactos das tempestades para as operações. Entre as atualizações, portos localizados no sul do Texas reabriram, como os de Freeport e Houston e Corpus Christi, mas portos nos estados de Louisiana e de algumas partes do rio Mississipi mantiveram fechados. O Departamento de Segurança e Fiscalização Ambiental dos EUA (BSEE, sigla em inglês) revisou suas estimativas de impacto, com uma queda de 42% da capacidade produtiva de petróleo do Golfo do México (contra os 38% estimados inicialmente). Na Louisiana, refinarias afirmam que os impactos foram menores na medida que as tempestades foram se atenuando, com agentes estimando que a as unidades retomem as operações dentro de dois dias.
Política monetária internacional Nos últimos dias, indicadores de inflação nos Estados Unidos (CPI e PPI) para o mês de agosto registraram leve alta em relação ao mês anterior e não divergindo das expectativas do mercado. Os índices cheios acumularam alta de 0,2% em agosto, com o núcleo aumentando 0,3% no período. Conforme discutido na abertura de câmbio ontem (12): “O conjunto de dados disponíveis para o mês de agosto apontam para um crescimento moderado da atividade produtiva e do mercado de trabalho, que perdem dinamismo vagarosamente, e para uma diminuição gradativa das pressões inflacionárias”. Com isso, a percepção de que o Fed poderá garantir um “pouso suave” e iniciar um corte menos agressivo dos juros na próxima reunião (de 0,25 p.p., e não 0,50 p.p.) contribuiu para manter o apetite global por riscos, evitando maiores pressões sobre ativos como commodities.
TABELA DE COTAÇÕES - FECHAMENTO DO DIA ANTERIOR
Fonte: ICE, NYMEX. Elaboração: StoneX.
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