Na última semana, as cotações de futuros do Brent encerraram o período acumulando alta de 0,77%, sendo negociado a USD 71,61 bbl na sexta-feira (13). Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, avançando 1,45% na semana (USD 68,65 bbl).
A semana contou com uma leve recuperação dos contratos após a forte queda registrada no começo do mês, a qual chegou a levar os futuros do Brent para os menores níveis desde 2021. Em geral, uma retomada do apetite por risco dos investidores, a passagem do furacão Francine nos Estados Unidos e fatores técnicos apoiaram os preços. Entretanto, o mercado ainda parece reagir mais a alguns fatores baixistas, como a revisão das projeções de demanda da IEA e OPEP, além de dados menos positivos do mercado da commodity na China.
Hoje pela manhã (16), o contrato do Brent para vencimento em novembro/24 é negociado em torno de USD 71,57 bbl (+0,77%) até as 08h50. A avaliação dos impactos do furacão Francine no Golfo do México e a forte queda das exportações de petróleo da Líbia oferecem suporte para os preços, apesar da China registrar uma queda no volume processado das refinarias no mês de agosto.
Processamento na China recua Dados oficiais indicaram que o volume de petróleo processado na China em agosto ficou em 13,97 mbpd, um leve avanço no comparativo com julho – quando o indicador atingiu o menor nível em 21 meses. O Escritório de Estatísticas do país (NBSC) avalia que esse aumento de quase 0,1 mbpd no mês responde a menos refinarias em manutenção que em julho, além das unidades anteciparem a produção de derivados para o mês de setembro, conforme o mês costuma registrar uma maior demanda por combustíveis em meio feriados nacionais. Entretanto, quando compara o número com agosto/23, trata-se de uma queda de 6,2%, e, considerando o acumulado dos oito meses do ano, o volume médio de 2024 está em 14,2 mbpd, ainda 1,2% menor do que no mesmo período no ano passado – mas vale destacar que o NBSC revisou os indicadores de 2023, com o acumulado entre janeiro e agosto passando de 14,82 mbpd para 14,43 mbpd.
Novamente, os dados do mercado de petróleo chinês indicam um panorama menos favorável, com as refinarias do país operando a taxas menores que em anos anteriores. A expectativa para setembro, por sua vez, é de que o volume processado aumente, diante o pico da demanda por combustíveis no país, especialmente óleo diesel (gasoil) conforme se tem grandes feriados nacionais e período de colheita de safras do outono.
Exportações da Líbia seguem restritas Diante os conflitos políticos na Líbia, estimativas apontam um recuo de quase 48% das exportações de petróleo do país na última semana. Antes das restrições produtivas no final de agosto, a Líbia exportava cerca de 1,4 mbpd, mas, de acordo com a S&P Global, esse volume recuou para 314 kbpd na última semana (contra os 600 kbpd registrados na primeira semana de setembro). Nos últimos dias, haviam surgido rumores de que as partes do conflito estariam próximas de um acordo após a ONU aprovar uma resolução de que os dois grupos deveriam decidir sobre um novo governador até 30 dias. Com isso, seria viabilizado a retomada da produção, mas enquanto as conversas não avançam, a oferta de óleo bruto no país deverá seguir reduzida e pressionando o balanço global de petróleo.
TABELA DE COTAÇÕES - FECHAMENTO DO DIA ANTERIOR
Fonte: ICE, NYMEX. Elaboração: StoneX.
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