O dólar norte-americano caminha para sua maior queda em dois dias registrada nos últimos 14 anos, após sua maior queda em um único dia desde 2015 vista ontem. Os dados "otimistas" do CPI divulgados ontem, mostrando a inflação em "apenas" +7,7% no comparativo anual em outubro, aumentou as esperanças do mercado de que a economia esteja se recuperando. A linguagem do Fed em sua reunião mais recente sugere que o banco central norte-americano não gosta de alterar seu curso cedo demais, mas o otimismo reina. O Dow Jones Industrial Average (DJIA) deve dar continuidade ao rali de ontem, seu maior ganho em uma única sessão pós-pandemia, atingindo máximas recordes desde o início deste ano.
A China anunciou mudanças em sua política de tolerância zero contra a Covid na manhã de hoje, apesar do rápido aumento do número de casos e após a reunião do presidente Xi Jinping com um Comitê Permanente recém-eleito na noite passada. O país também informou que não suspenderá voos internacionais para a China transportando passageiros infectados com o vírus, além de reduzir o número de testes exigidos por visitantes internacionais de dois para um e o período de quarentena na chegada de sete para cinco dias. As quarentenas para cidadãos que tiveram contato com outros infectados também foram reduzidas, juntamente com a notificação do governo sobre esses casos. O país registrou mais de 10.500 casos ontem, o maior número em um único dia desde abril, quando Xangai foi fechada, mas a situação de fadiga da população chinesa tem aumentado com essas condições há mais de dois anos e meio desde o início da pandemia. A economia da China também tem sentido os efeitos de suas políticas, que são importantes para o governo.
As commodities têm tirado vantagem da queda do dólar, com o petróleo WTI em alta de cerca de USD 2,50 por barril no momento em que este artigo foi escrito, graças ao otimismo sobre uma melhor atividade econômica na China e onda de preocupações com a oferta global. Fatores semelhantes têm se espalhado pelo complexo de grãos, principalmente o óleo de soja e soja, que têm liderado uma recuperação nesta manhã. As preocupações de curto e longo prazos são grandes em relação às exportações, aliviadas pelo menos um pouco hoje graças ao dólar mais fraco e à potencial demanda chinesa, mas os preços das exportações dos EUA permanecem bastante elevados em comparação com as ofertas globais mais baratas. Os EUA precisam garantir algumas vendas de soja para a China antes que a safra brasileira chegue aos portos – a safra 2022/23 têm se desenvolvido bem e deve ser robusta. A China deve aproveitar para adquirir o máximo que puder quando essas ofertas estiverem disponíveis.
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