Mercado Externo – Estados Unidos, Europa e China: baixa.
Campinas, 6 de fevereiro – Após uma semana agitada com as decisões de política monetária dos principais bancos centrais, o mercado permanece repercutindo os dados. Além disso, o relatório de payroll divulgado na sexta-feira (03) continua influenciando no sentimento dos agentes.
Hoje, a agenda de dados dos EUA e Europa está vazia. Enquanto isso, o mercado repercute o relatório de payroll dos Estados Unidos, o qual mostrou uma atividade no mercado de trabalho do país maior do que a esperada. Como comentado na sexta-feira (03), o resultado surpreendeu os agentes – janeiro apresentou 517 mil novas vagas, contra a expectativa de 185 mil, além de uma taxa de desemprego em 3,4%, a menor desde 1969 – implicando no sentimento baixista do mercado. Agora, os agentes aguardam possíveis sinalizações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que discursará na conversa aberta promovida pelo The Economic Club of Washington amanhã (07).
A situação geopolítica entre Estados Unidos e China também estão afetando os mercados. Neste sábado, o país estadunidense um balão de origem chinesa que sobrevoava pela região da Carolina do Sul, argumentando ser um possível equipamento de espionagem. Por outro lado, as autoridades chinesas afirmaram que o instrumento tinha como objetivo servir para pesquisar climáticas, e que sofreu um desvio de curso. Tal acontecimento abalou os laços bilaterais, e gerou tensão no mercado sobre as suas possíveis repercussões, mas ainda sendo incerto um acirramento dos conflitos entre os países. Com isso, o índice CSI 300 fechou em baixa de 1,32%. Adicionalmente, o mercado chinês também pondera sobre os dados da atividade econômica estadunidense.
As cotações da soja começam a semana em Chicago em queda na sessão noturna desta segunda-feira (dia 06), em meio a preocupações com os potenciais tensões entre China e EUA, após o balão chinês que sobrevoava o espaço aéreo norte-americano ter sido derrubado. A China afirmou que o artefato tinha propósitos de pesquisa civil, o que não impediu que os EUA optassem por derrubar o balão, diante de temores de espionagem.
Com isso, por mais que as compras de soja norte-americana pela China estejam mais aquecidas em relação ao mesmo período do ano passado, há receios de que uma crise entre os dois países possa resultar em cancelamentos, destacando que a oferta brasileira da oleaginosa tende a ser muito grande, tornando-se uma alternativa para os chineses
O mercado de milho também foi afetado pelas preocupações com possíveis tensões entre EUA e China após a derrubada do balão chinês pelos norte-americanos. Cabe ressaltar que a China se tornou um grande importador de milho dos EUA nos últimos anos e alguma tensão entre os dois países poderia afetar as exportações norte-americanas do cereal.
Ainda pelo lado baixista, o mercado tem a percepção de que os preços do milho estão muito caros em comparação o milho, situação que pode pesar sobre o cereal e oferecer suporte ao trigo.
Já o trigo encerrou a sessão noturna com leves ganhos, diante do interesse internacional por compras.
Tanto a Argélia quanto a Coreia do Sul anunciaram leilões de compra de trigo.
Por outro lado, a disponibilidade de trigo russo continua elevada, devido à combinação de uma grande safra e dos impactos adversos da situação de guerra com a Ucrânia. De qualquer forma, as exportações russas do cereal estão aquecidas, tendo alcançado 3,8 milhões de toneladas em janeiro.
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