Mercado Externo – Estados Unidos, Europa e China: baixa.
Campinas, 15 de fevereiro – A manhã de hoje exibe novos dados para a atividade econômica dos EUA, enquanto os agentes ainda ponderam sobre a inflação do país divulgada ontem (14). Na China, a decisão para os juros de empréstimo convergiu ao esperado.
Os Estados Unidos apresentam novos dados que permitem entender o comportamento da sua economia. Hoje, foi divulgado o resultado da produção industrial de janeiro ante a dezembro – o qual pode sinalizar a força do setor manufatureiro do país –, mostrando que o valor foi de 0%, abaixo do avanço de 0,5% projetado pelo mercado. O número de dezembro foi revisado para -1%, inferior aos -0,7% estimados anteriormente.
Além disso, o Departamento de Comércio dos EUA divulgou o resultado das vendas no varejo, as quais avançaram 3% em relação a dezembro, contra a expectativa do mercado de +1,8%. Além de ser maior do que o estimado, o valor veio apresentou uma recuperação robusta do comércio, visto que o mês anterior exibiu uma queda de 1,1%.
O mercado europeu continua repercutindo a inflação dos EUA, enquanto também está atento aos dados do índice de preços ao consumidor do Reino Unido menores do que o esperado. O Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (ONS, sigla em inglês) divulgou que a inflação do Reino Unido apresentou um recuo de 0,6% no mês de janeiro, contra a diminuição de 0,3% projetados pelo Wall Street Journal. Ademais, no acumulado de 12 meses, o índice desacelerou de 10,5% em dezembro, para 10,1% em janeiro, exibindo uma redução pelo terceiro mês consecutivo. Apesar de ainda exibir uma inflação superior em relação ao índice dos EUA e da Zona do Euro, tal resultado oferece suporte ao entendimento de que o Banco da Inglaterra desacelere o aumento de juros em breve.
Na China, o banco central do país decidiu manter a taxa de empréstimos. A taxa para o crédito de médio prazo de um ano (MLF) permaneceu em 2,75%, o que convergiu com a expectativa dos agentes, dado o entendimento de que a liquidez da economia chinesa está em um patamar adequado. Vale ressaltar que, desde o início de 2023, o governo chinês emitiu US$ 321,3 milhões em títulos especiais, sendo 50% superior na comparação anual. Tal aumento chama a atenção do mercado, que pondera sobre como essa emissão de dívidas pode impactar a trajetória de crescimento econômico do país. O índice CSI 300 fechou em baixa de 0,52%.
O complexo de soja encerrou o pregão noturno em campo negativo, não encontrando suporte para novas altas dada a progressão da colheita em ritmo favorável no Brasil.
Além disso, o mercado futuro de commodities segue com maior aversão ao risco, o que reduz posições abertas e possibilidade para maiores movimentos.
O nível da demanda continua sendo monitorado pelo mercado neste momento em que se aproxima nova oferta do Brasil e já há pressão sobre os prêmios no mercado brasileiro.
Milho em baixa
O mercado futuro de milho também obteve perdas no fechamento do pregão noturno, em uma baixa generalizada para commodities. Pelo lado financeiro global, investidores avaliam a inflação em busca de maior direcionamento sobre o movimento das taxas de juros dos Estados Unidos.
As condições favoráveis de colheita da soja brasileira influenciam diretamente o plantio de milho na segunda safra, que é a safra de maior volume e ainda está um pouco atrasada. A preocupação no acompanhamento do plantio se concentra no Paraná, onde as chuvas devem persistir na próxima semana.
O mercado se posiciona de forma cautelosa no pregão desta quarta-feira (15), com os preços do trigo fechando com variação negativa. Os rumores sobre a incerteza da renovação do acordo que dá acesso global aos portos de exportação de grãos ucranianos no Mar Negro ainda persistem.
A questão que tem sido vista é o uso do abastecimento de alimentos a nível global como estratégia de guerra, enquanto a Rússia articula contra as sanções feitas pelos países ocidentais ao seu comércio.
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