Chamada de Abertura

Grãos | Chamada de Abertura
 
Thaís Monello
Nuria Brito
nuria.brito@stonex.com
SOJA, FARELO, MILHO E TRIGO: ALTA. ÓLEO: MISTO.

Mercados Externos – Estados Unidos, Europa e China: alta.

Campinas, 21 de março – Após o posicionamento de autoridades monetárias garantindo medidas que poderiam reduzir riscos de uma crise no sistema bancário global, a turbulência nos mercados parece ter sido levemente amenizada. 

O mercado busca antecipar quais serão os passos do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, sigla em inglês) do Federal Reserve em relação à taxa de juros básica dos EUA. O grupo se reúne entre hoje e amanhã (22) e divulga a sua decisão ainda na quarta-feira (22). Anteriormente, autoridades afirmavam que a decisão dependeria dos dados macroeconômicos do país, dada a meta de reduzir a inflação ao patamar de 2% ao ano. Contudo, o estresse no sistema bancário nos últimos dias pode fazer com que o órgão mude o modo de sua atuação, visto que uma aceleração no aumento dos juros pode impactar o setor de crédito e causar mais turbulências no sistema bancário.

Ontem (20), a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christina Lagarde, discursou no Comitê de Assuntos Financeiros e Monetários do Parlamento Europeu, afirmando que a zona do euro vem apresentando um aumento de pressões salariais. Para Lagarde, a estabilidade de preços continua sendo a prioridade do BCE, contudo, o recente estresse nos mercados implica em mais incertezas nas estimativas do órgão, dificultando antecipar os próximos movimentos na política monetária. Vale lembrar que o último aumento de juros pelo BCE, realizado na quinta-feira (16), trouxe um avanço de 0,50 p.p.

Na China, os agentes ainda aguardam por sinais sobre a reunião entre China e Rússia, a qual espera-se que traga uma maior aproximação de laços entre os países. A viagem de Xi Jinping, presidente da China, está sendo vista como negativa por parte dos países, dada a interpretação de que o fortalecimento da relação entre o governo russo e chinês possa causar mais problemas no conflito com a Ucrânia. Ainda assim, o movimento mais calmo dos mercados contribuiu para que o índice CSI 300 fechasse em alta de 1,10%.

Soja em alta

O mercado de commodities segue sensível ao mercado financeiro global e investidores aguardam a decisão do Federal Reserve em que será anunciada amanhã (22) a taxa básica de juros norte-americana.

Pelo lado dos fundamentos, o balanço mundial da soja caminha para uma situação de maior aperto, com novos cortes nas projeções da safra argentina 22/23. A Bolsa de Buenos Aires (BCBA) reduziu seu número de produção de 29 para 25 milhões de toneladas. Vale destacar que as estimativas iniciais indicavam uma safra em 48 milhões de toneladas.

A escassez de chuvas na região central e temperaturas elevadas em fases críticas de desenvolvimento das lavouras são ponderadas na revisão da estimativa.

No Brasil, o cenário é mais favorável. Entretanto, a safra recorde acima de 150 milhões de toneladas aguardada pelo mercado pode não ser suficiente para garantir um balanço de oferta e demanda mundial tranquilo. Mais uma vez, o lado da demanda é crucial para entender a formação dos preços nos próximos meses, principalmente em relação à China, principal compradora de soja. 

Milho em alta

O mercado futuro de milho operou em campo positivo no pregão noturno desta terça-feira (21), encontrando suporte em inspeções mais robustas para os Estados Unidos relatadas ontem pelo USDA e no cenário das lavouras na Argentina.

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu novamente a estimativa para produção de milho, com corte de 1,5 milhão de toneladas, alcançando o volume esperado de 36 milhões de toneladas.Na última semana foi registrada mais uma onda de calor que segue impactando o potencial de rendimento das lavouras. Caso a produção esperada se concretize, será o menor número desde 2015/16 (34,5 milhões de toneladas).

Trigo em alta

Assim como os demais grãos, o trigo também encontrou espaço para ganhos. As condições do trigo nos Estados Unidos e a safra indiana foram o foco do mercado. O dólar mais fraco em meio a preocupações sobre a crise bancária nos Estados Unidos também contribuiu para ganhos no mercado de trigo.

As condições do trigo de inverno no Kansas, principal produtor, melhorou 2 pontos percentuais em relação à semana anterior, com 19% da safra em condições boas/excelentes. Apesar da melhora, de modo geral, cerca de 53% do trigo de inverno dos EUA é produzido em área que está enfrentando seca, de acordo com o USDA.

Na Índia, a preocupação também é com o clima. A safra de trigo enfrentou danos ao rendimento após uma onda de calor atípica em fevereiro e início de março. Agora na reta final do mêS, chuvas e granizos atingiram as lavouras, durante a fase de pico de amadurecimento, o que mais uma vez pode reduzir os rendimentos.

tabela de indicadores
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Fonte: CommodityNetwork Traders’ Pro.
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Fonte: CommodityNetwork Traders’ Pro. *em relação ao fechamento do dia anterior
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**estimativa StoneX
evolução dos contratos futuros na cbot
Soja
 
Milho
Trigo
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