- Preocupação com possível recessão;
- Temores de crise global após falência de bancos norte-americanos;
- Perspectiva favorável para a produção brasileira;
- Aumento da área de milho nos EUA.
- Condições ruins da safra argentina de grãos;
- Novos anúncios de vendas de milho norte-americano para a China;
- Apreensão envolvendo acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro;
- Estoques menores que os esperados nos EUA.
Na última semana, os futuros do cereal avançaram em Chicago, com o contrato com vencimento em maio de 2023 avançando 17,5 cents/bushel na última semana, uma valorização de 2,7% no período, encerrando a última sexta-feira, 31 de março cotado a 660,5 cents/bushel.
Intraday (15 min) contrato de maio/23 (CBOT)
EUA apresentam recuo significativo nos embarques de milho. De acordo com o Relatório de Inspeção de Exportações do USDA divulgado no dia 27 de março, os EUA embarcaram 666,3 mil toneladas de milho na semana entre os dias 17 e 23 de março. Esse número representa uma queda de 525,8 mil toneladas em relação ao registrado uma semana antes e de 948,3 mil toneladas frente aos embarques feitos na semana equivalente de 2022. Além disso, o volume registrado na semana em questão ficou abaixo do limite inferior das estimativas do mercado, que variavam entre 700 e 1.400 mil toneladas. Os embarques acumulados totalizaram 18,2 milhões de toneladas, contra 29 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.
Produção semanal de etanol fica praticamente estável, mas estoques recuam consideravelmente. De acordo com os dados divulgados pela Administração de Informação de Energia (EIA), a produção norte-americana de etanol avançou para 1.003 mil barris por dia (mbpd) na semana entre 18 e 24 de março, 6 mbpd a mais que o registrado uma semana antes e 1 mbpd abaixo da média de 5 anos para o mesmo período. Os estoques do biocombustível apresentaram um expressivo recuo, de 661 mil barris, passando de 26,19 milhões para 25,53 milhões de barris. Apesar do recuo, os estoques seguem acima da média de 5 anos para o mesmo período (23,8 milhões de barris).
Mais 630,8 mil toneladas em vendas flash de milho são anunciadas. Na última semana, entre os dias 27 e 30 de março, o USDA anunciou 630,8 mil toneladas em vendas flash de milho, sendo 518 mil para a China e 112,8 mil para destino desconhecido.O número ficou relativamente abaixo das vendas divulgadas nas últimas semanas, mas ainda assim contribuiu para o movimento de alta observado nos futuros do cereal em Chicago.
Mesmo com recuo no comparativo semanal, vendas de exportações superam o registrado na mesma semana de 2022. Em seu relatório de vendas de exportação, o USDA relatou que as vendas líquidas norte-americanas referentes à safra 2022/23 totalizaram 1 milhão de toneladas na semana encerrada em 23 de março, 2,1 milhões de toneladas a menos que uma semana antes, mas 400 mil toneladas acima do observado na mesma semana de 2022 e 83 mil a mais que a média de 5 anos para o mesmo período. Com isso, os compromissos avançaram para 36 milhões de toneladas, contra 53,7 milhões no mesmo período do ano passado, ou seja, uma diferença de 17,7 milhões de toneladas – uma semana antes essa diferença era de 18,1 milhões de toneladas.
Vendas semanais de exportação - EUA (mil toneladas)
Relatório de Intenções de Plantio. No último dia 31 de março saiu o tão aguardado Relatório de Intenções de Plantio e Posição Trimestral dos Estoques do USDA. No caso da área, cujo número foi o primeiro do USDA para a safra 23/24 baseado em um levantamento junto aos produtores, o Departamento trouxe uma área plantada de 37,23 milhões de hectares, um pouco acima do número trazido pelo Fórum Agrícola (36,83 milhões) e da média das estimativas do mercado (36,78 milhões). Pelo lado dos estoques, o Departamento apontou que o país contava com 187,98 milhões de toneladas do cereal no dia 1º de março, abaixo da média das estimativas do mercado (189,75 milhões de toneladas) e do observado em 1º de março de 2022 (197,06 milhões de toneladas).
Condições da safra argentina voltam a piorar. A Bolsa de Cereales de Buenos Aires informou que 9% das lavouras do cereal argentino se encontrava em condição boa/excelente no dia 30 de março, avanço de 4 p.p. no comparativo semanal, mas 24 p.p. abaixo do registrado na mesma semana de 2022. Apesar da melhora nas condições da safra, propiciada pelo bom volume de chuvas na região agrícola argentina nas últimas duas semanas, a BCBA segue estimando a safra do país em 36 milhões de toneladas.
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