Chamada de Abertura

Grãos | Chamada de Abertura
 
Thaís Monello
Nuria Brito
nuria.brito@stonex.com
SOJA E ÓLEO: BAIXa. FARELO, milho e trigo: ALTA. 

Mercado Externo – Estados Unidos e Europa: alta. China: baixa

Campinas, 12 de abril – Hoje, os mercados devem repercutir a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, indicador que permite entender se os aumentos da taxa de juros realizados pelo Federal Reserve estão conseguindo desacelerar a inflação no país, como também para sinalizar quais serão os possíveis caminhos que o órgão pode ter na sua próxima decisão.

Segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, a inflação mensal avançou 0,1% em março, abaixo do aumento projetado em 0,2% e desacelerando dos 0,4% relatados em fevereiro. No acumulado anual, a inflação também exibiu melhor resultado frente ao esperado, com março exibindo um valor de 5%, contra os 5,2% projetados e os 6% do mês anterior. 

Com a inflação abaixo das expectativas, os índices US 30, US 500 e US Tech 100 operavam em alta nesta manhã. Por outro lado, o núcleo do índice, responsável por desconsiderar preços voláteis como alimentos e commodities, convergiu com a expectativa dos agentes ao exibir um aumento de 5,6% no comparativo de 12 meses, ligeiramente acima dos 5,5% indicados em fevereiro. 

Além da espera pela inflação estadunidense, o mercado da China segue acompanhando os desdobramentos das tensões geopolíticas em torno de Taiwan e EUA, após a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen afirmar seu compromisso com a defesa da liberdade e democracia.

O radar dos investidores também conta com o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado ontem (11), trazendo perspectivas cautelosas para o cenário econômico global. O órgão indicou que a turbulência no sistema bancário acrescentou mais incertezas e que, aliado aos aumentos de juros realizados pelas autoridades monetárias a fim de conter a inflação, faria sentido estimar uma desaceleração do crescimento global, de 3,4% em 2022, para 2,8% em 2023.

Soja em baixa

Os preços da soja caíram no pregão noturno, se concentrando mais na safra recorde do Brasil que está sendo embarcada do que na safra menor da Argentina.

Apesar disso é válido destacar que o cenário da Argentina ainda cria um intervalo para os preços, uma vez que exerce um limite para maiores perdas. O país é o maior produtor de farelo e óleo de soja do mundo, portanto, os novos rebaixamentos da safra adicionam mais estresse de oferta aos já apertados estoques globais de soja.

Por outro lado, o óleo de soja não é o único óleo vegetal renovável que vem ganhando relevância para o diesel em meio ao impulso do setor de energias renováveis. A expectativa é que em Dakota do Norte haja um recorde de área de canola plantada este ano, já que este óleo vem sendo apontado como outra matéria-prima importante para a fabricação de diesel.

Milho em alta

O mercado futuro do milho ganhou forças com os touros no pregão noturno pós relatório mensal de oferta e demanda publicado pelo USDA. Na contramão do que ocorreu para a soja, os cortes agressivos na safra de milho da Argentina foram a principal razão para o movimento dos preços. 

O país é o terceiro maior exportador de milho, logo é imediata a pressão sobre a oferta de milho no saldo global e o impulso nos preços. Além disso, o USDA não realizou ajustes positivos para a safra de milho do Brasil, o que não é surpresa, tendo em vista que os relatórios tendem a ser mais conservadores para safras fora dos EUA.

Trigo em alta

Mais uma vez o pronunciamento de autoridades russas movimenta o mercado de trigo. Durante a noite, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, enfatizou que o Acordo Iniciativa dos Grãos do Mar Negro não é favorável para a Rússia, uma vez que o Ocidente não suspendeu as sanções bancárias impostas após a invasão ao território da Ucrânia.
Quanto ao relatório do WASDE de ontem, o destaque ficou com o aumento dos estoques nos EUA. O USDA reduziu o uso de rações e resíduos dos EUA em 2022/23 e adicionou suprimentos do ano inicial devido aos menores volumes de exportação de 2021/22. Um destaque positivo para o mercado de trigo foi o aumento das previsões de importação de trigo da China. Para mais detalhes, veja o Relatório de O&D do USDA - Grãos.

tabela de indicadores
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Fonte: CommodityNetwork Traders’ Pro.
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Fonte: CommodityNetwork Traders’ Pro. *em relação ao fechamento do dia anterior
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**estimativa StoneX
evolução dos contratos futuros na cbot
Soja
 
Milho
Trigo
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