Mercado Externo – Estados Unidos: baixa. Europa: alta e China: alta.
Campinas, 14 de abril – A semana se encerra com um leve alívio quanto à inflação dos EUA, a qual se mostrou melhor do que o esperado pelo mercado tanto para o consumidor, quanto para o produtor.
Para o consumidor, o avanço mensal foi de 0,1% em março – contra a projeção de 0,2% –, enquanto para o produtor, houve um recuo de 0,5 – contra o avanço projetado em 0,1%. Com isso, tais resultados contribuíram para a perspectiva de que os aumentos de juros no país podem estar chegando ao seu fim.
Além disso, foi divulgado o resultado das vendas no varejo estadunidense para março, mostrando um recuo mensal de 1%, contra as expectativas de -0,4% e o recuo revisado de 0,2% no mês anterior, o que pode indicar uma forte queda no consumo. Por outro lado, a rodada de dados dos EUA contou também com a produção industrial mostrando um avanço de 0,4% em março, ante a projeção de +0,2% e os +0,2% revisados para fevereiro.
Na China, o sentimento dos agentes foi influenciado pelo comentário otimista do chefe do Banco Central chinês, Yi Gang, o qual afirmou que a economia do país alcançará a meta de crescimento de 5% em 2023. O índice CSI 300 encerrou em alta de 0,57%.
Os preços da soja caíram no pregão noturno desta sexta-feira em Chicago, em uma rodada de realização de lucros pós o impulso registrado para os preços ontem, dado os robustos volumes de importação chinesa em março.
O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais publicou uma diretriz de três anos para a redução de sua dependência externa de suprimentos de soja. O objetivo é guiar a indústria de ração para a redução do uso de farelo de soja, assim promovendo a redução do consumo de grãos para ração afim de contribuir para a segurança alimentar na China.
Os ritmos constantes de plantio antecipado nos EUA na semana passada também contribuíram para a queda dos preços da soja esta manhã.
Milho misto
Os preços do milho obtiveram mais um pregão noturno com preços mistos em Chicago, contrabalanceando as perdas na safra argentina e a baixa demanda pelo milho dos Estados Unidos.
A Argentina, terceiro maior exportador de milho, tende a ter os rendimentos estáveis conforme a colheita avança. De acordo com informe semanal da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a produtividade média nacional é atualmente estimada em 65 sc/há, o que mantém a projeção de 36 milhões de toneladas para a produção – cerca de 16 milhões de toneladas a menos que o registrado na safra passada.
As vendas semanais de grãos dos Estados Unidos foram dentro das expectativas, de acordo com o USDA. Na semana encerrada em 6 de abril, o milho registrou 527,7 mil toneladas vendidas, sendo o México o principal destino comprador. No acumulado da temporada, o país vendeu 37,7 milhões de toneladas, bem abaixo das 55 milhões de toneladas registradas para este mesmo período na temporada anterior. A estimativa do USDA é de que 47 milhões de toneladas de milho sejam exportadas pelos EUA.
O mercado futuro de trigo obteve preços mistos no encerramento do pregão noturno. As perdas foram limitadas pelas condições do trigo de inverno nas Planícies do Sul e, em menor grau, pela neve ainda presente nas Planícies do Norte, que pode atrasar o progresso da área plantada do trigo na primavera.
As vendas semanais de trigo para exportação dos Estados Unidos atingiram cerca de 135,7 mil toneladas para a safra 2022/23, dentro do esperado pelo mercado. Da safra 2023/24, as vendas foram de 67,8 mil toneladas.
No acumulado do ano comercial, o volume segue 1 milhão de toneladas abaixo do registrado no ciclo anterior, alcançando 18,2 milhões de toneladas comprometidas. Vale lembrar que a estimativa total do USDA na temporada 2022/23 é de 21,09 milhões de toneladas.
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