Mercado Externo – Estados Unidos e Europa: baixa. China: alta.
Campinas, 28 de abril – Após a divulgação da prévia do Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) dos EUA referente ao 1º trimestre de 2023, a sessão de hoje conta com a divulgação do PCE estadunidense do mês de março, o qual exibiu números inferiores aos esperados pelos agentes.
Como mencionado na chamada de ontem (28), o PCE é um dos principais indicadores utilizados pelo Federal Reserve para acompanhar a inflação na economia estadunidense, o que pode trazer sinalizações sobre a próxima atuação da autoridade monetária. Em março, o PCE aumentou 0,1%, um avanço menor aos +0,3% esperados pelo mercado, além de exibir um acumulado de 12 meses de +4,2%, desacelerando dos +5,1% observados no mês anterior.
No entanto, o núcleo do índice – responsável por excluir preços voláteis, como energia e alimentos - avançou 0,3% em março, convergindo para a expectativa e para o valor do mês anterior. Em relação ao acumulado anual, o núcleo está em +4,6%, menor do que os 4,7% do mês anterior, mas maior do que os +4,5% esperados.
Desse modo, apesar do indicador cheio apontar um resultado melhor, entende-se que o núcleo do PCE continuou exibindo uma pressão, o que pode contribuir para a interpretação de que o Fed deve continuar aumentando a taxa de juros dos EUA para conter a inflação. Assim, é possível que os investidores prefiram ativos mais seguros e, consequentemente, diminuam a sua demanda por ativos relacionados às commodities.
O mercado da China exibiu um sentimento mais altista nessa prévia de feriado, puxado pela expectativa de que a grande movimentação turística no país traga mais dinamismo para o comércio interno, o que aumentou o otimismo dos investidores. Vale lembrar que entre o dia 29 de abril e 3 de maio o mercado chinês estará fechado por conta do feriado prolongado, podendo trazer uma menor movimentação dos agentes em relação ao país. O índice CSI 300 encerrou em alta de 1,02%.
O mercado de soja encerrou o pregão noturno em alta, após leve recuperação nos preços de petróleo. Apesar do movimento positivo, os ganhos foram limitados pela forte concorrência do Brasil, onde a grande safra está levando os preços locais da soja a mínimas recordes. Além disso, a soja acompanha os ganhos também obtidos para os futuros do farelo, em um ajuste técnico dos preços, após dias seguidos de baixas.
Milho misto
O milho segue com pouca amplitude para o movimento de preços, fechando mais um pregão misto. Pelo lado da demanda, a China cancelou outro pedido de exportação de milho dos EUA ontem em favor de suprimentos brasileiros mais baratos, o que aumenta preocupações sobre a competição no mercado internacional para suprimentos dos EUA em meio a temporada de plantio.
Essa aproximação comercial com a China é duplamente positiva para o país asiático, caso continue garantindo o frete mais baixo e os prêmios mais fracos
O clima favorável com as recentes chuvas nas Planícies estressadas pela seca nos Estados Unidos continuam a deixar investidores mais otimistas em relação a melhora nas condições da safra de inverno, assim pressionado os preços.
Apesar das ameaças da Rússia de deixar a Iniciativa de Grãos do Mar Negro, os mercados continuam a esperar que os fluxos de grãos continuem com embarques do Mar Negro, até que haja pronunciamentos oficiais que determinem o contrário.
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