- Perspectiva favorável para a produção brasileira;
- Ritmo enfraquecido de vendas dos EUA e cancelamentos para a China;
- Perspectiva favorável para a produção dos EUA;
- Condições ruins da safra argentina de milho;
- Modelos climáticos apontam baixo volume de chuvas em grande parte das regiões produtoras de milho no Brasil;
- Modelos climáticos apontando para clima mas seco no Meio-Oeste dos EUA.
EUA registram melhora no ritmo de embarques, mas déficit em relação à temporada passada avança novamente. Conforme dados do Relatório de Inspeção de Exportações do USDA, os EUA embarcaram 1.323,1 mil toneladas na semana encerrada em 18 de maio, 149,3 mil toneladas a mais que uma semana antes, mas 429,3 mil abaixo do observado no mesmo período do ano anterior. As exportações ficaram próximas do limite superior das expectativas do mercado, que variavam entre 700 mil e 1.425 mil toneladas. Os embarques acumulados na temporada 2022/23 totalizaram 27,4 milhões de toneladas, 13,5 milhões a menos que no mesmo período do ciclo anterior.
Plantio de milho nos EUA continua apresentando ritmo acima da média. No dia 22 de maio, o USDA divulgou seu Relatório de Acompanhamento de Safra. O Departamento reportou que o plantio de milho nos EUA atingiu 81% até o dia 21 de maio, um avanço semanal de 16 pontos percentuais (p. p.), 12 p. p. acima do registrado um ano antes (69%) e 6 p. p. acima da média de 5 anos para o mesmo período (75%). De um modo geral, o progresso nos estados centrais dos EUA tem apresentado um bom ritmo. O mercado ainda apresenta certa preocupação com o progresso da semeadura em estados das Planícies, especialmente a Dakota do Norte. Contudo, a expectativa de que o país apresente uma elevada safra ainda predomina.
Preocupação com seca no Meio-Oeste dá suporte aos preços. Segundo o Monitor de Secas do NOAA, parte do Meio-Oeste dos EUA apresenta um padrão de seca acima da normal. Modelos climáticos apontam que a maior parte da região apresentará temperaturas acima da média e chuvas abaixo da média nas próximas 2 semanas, o que, favoreceria a finalização do plantio, mas levanta alguns questionamentos sobre a produtividade. Por mais que o cenário até o momento aponta para uma boa safra norte-americana, estamos entrando em um período crucial para a definição da produtividade da safra de milho dos EUA e, portanto, deveremos observar oscilações significativas, visto que especulações relacionadas ao clima e ao rendimento das lavouras devem ganhar força.
Produção de etanol apresenta estabilidade no comparativo semanal. De acordo com os dados divulgados pela Administração de Informação Energética (EIA), a produção norte-americana de etanol recuou para 983 mil barris por dia (mbpd) na semana entre 13 e 19 de maio, um leve recuo de 4 mbpd no comparativo semanal. A produção observada superou em 25,6 mbpd a média de 5 anos para o mesmo período. Os estoques do biocombustível, por outro lado, registraram um recuo mais expressivo, para 22,04 milhões de barris, 1.150 mil barris a menos que uma semana antes.
Condições da safra argentina registram melhora suave. A Bolsa de Cereales de Buenos Aires informou que 5% das lavouras do cereal argentino se encontrava em condição boa/excelente no dia 25 de maio, avanço de 1 p.p. no comparativo semanal, mas 11 p.p. abaixo do registrado na mesma semana de 2022. A colheita do cereal no país atingiu 26,6%, 3,5 p. p. abaixo do observado um ano antes e 9,9 p. p. abaixo da média de 5 anos. A BCBA continua estimando a safra argentina em 36 milhões de toneladas, 16 milhões a menos que no ciclo 2021/22.
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