Campinas, 10 de julho – A segunda-feira se inicia com uma agenda de indicadores calma para os EUA, dando espaço para que os agentes se concentrem no Índice de Preços ao Consumidor (CPI, sigla em inglês) do país a ser divulgado na quarta-feira (12).
Ao contrário dos EUA, a China inicia a semana com indicadores macroeconômicos atualizados, com a divulgação da inflação ao consumidor e ao produtor. Para o consumidor, o indicador referente a junho exibiu estabilidade em relação ao mesmo mês em 2022, enquanto o mercado esperava por um aumento de 0,2%.
Com isso, a inflação ao consumidor chinês ficou no menor patamar desde fevereiro de 2021, preocupando os investidores que interpretam o dado como um alerta para o enfraquecimento da atividade econômica do país.
O receio se intensificou com o nono recuo consecutivo para a inflação ao produtor na comparação anual, o qual passou de -4,6% em maio para -5,4% em junho, abaixo dos -5% esperados pelo mercado. Por um lado, entende-se que tal queda se deu pela alta base de comparação, uma vez que neste mesmo período do ano passado os preços se elevaram devido à invasão na Ucrânia.
Por outro lado, os investidores acreditam que o indicador é mais uma evidência do desafio de recuperação econômica para a China. Com isso, enquanto o governo do país não sinaliza novas iniciativas de ajuda para o seu mercado doméstico, a expectativa frustrada de retomada chinesa pode contribuir para pressionar ativos arriscados, como as commodities.
O mercado de trigo apresentou comportamento misto. O mercado encontra suporte nas dúvidas sobre a continuidade da Acordo Iniciativa de Grãos, com a Rússia afirmando que não tem nada de novo para acrescentar. Não há planos de reunião entre Vladimir Putin e o presidente da Turquia, que tem mediado o acordo, no sentido de avançar na renovação, uma vez que a vigência atual vai até o dia 17/07.
Por outro lado, a colheita da safra do cereal no hemisfério norte está ganhando ritmo, com boas perspectivas em vários países. Apesar de alguns problemas pontuais, ainda se espera uma grande safra no ciclo 2023/24.
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