Chamada de Abertura

Campinas, 11 de julho – Os mercados globais permanecem aguardando a divulgação da inflação ao consumidor dos EUA, a fim de obter mais sinalizações sobre a economia do país. 

Enquanto isso, os agentes repercutem a possibilidade do Federal Reserve não realizar mais aumentos nos juros norte-americanos após sua decisão de julho, cenário que poderia colaborar para o apetite por riscos e fortalecer as commodities.

Na China, a sinalização de que o governo manterá seus estímulos no setor imobiliário contribuiu para melhorar o sentimento dos investidores. O Banco Popular da China afirmou que prolongará as políticas de incentivo ao setor até o final do ano que vem, visando apoiar a recuperação econômica do país. 

Tais medidas estão em vigor desde novembro de 2022, e o anúncio da sua extensão indicou o comprometimento do país em estimular a sua atividade doméstica. Com isso, a notícia contribuiu para amenizar o sentimento dos agentes após os dados de inflação chinesa divulgados ontem (10) sinalizarem problemas na sua atividade doméstica.

As cotações da soja deram continuidade ao movimento de alta na sessão noturna desta terça-feira (dia 11) em Chicago, diante de preocupações com a safra norte-americana.

Cresceu a percepção no mercado de que pode haver uma queda da estimativa de produtividade e, consequentemente, de produção da safra 2023/24 dos EUA já no relatório que será divulgado nesta quarta-feira (o que não é usual de acontecer).

Apesar de ainda ser cedo para uma definição do resultado da safra do país, uma vez que o enchimento de grão se concentra em agosto, há dúvidas sobre a capacidade de as chuvas recentes conseguirem reverter totalmente os impactos da seca que predominou em junho. O acompanhamento semanal de safra do USDA, divulgado no final da tarde de ontem, trouxe um aumento do percentual bom/excelente das lavouras de soja norte-americanas de 50% para 51%, abaixo do que o mercado esperava. 

Milho em alta

As cotações do milho na CBOT também avançaram acompanhando as altas da soja e do trigo nesta terça-feira (dia 11).

Além disso, as questões climáticas nos EUA também preocupam para o desenvolvimento do cereal, mesmo porque a fase de polinização está em andamento.

No caso do milho, o acompanhamento de safra do USDA trouxe uma melhora mais expressiva do percentual bom/excelente, que passou de 51% para 55%, superando as expectativas do mercado, em 53%, o que contribuiu para limitar a alta das cotações do cereal. Mesmo assim, esse é o percentual mais baixo para este período do ano desde a safra de 2012.

Trigo em alta

O mercado de trigo registrou ganhos no pregão noturno desta terça-feira (dia 11), com o mercado monitorando as tensões entre Rússia e Ucrânia.

O acordo de passagem segura pelos portos do Mar Negro está vigente até o próximo dia 17 e, faltando menos de uma semana, não há novidades quanto a uma possível renovação.

Além disso, fontes afirmaram que um ataque russo feito por drone a Odesa causou um pequeno incêndio em um terminal de grãos perto da cidade, onde está localizado um dos portos do Mar Negro.

Nos EUA, destaca-se também a piora das condições das lavouras de primavera, com o percentual bom excelente passando de 49% para 47%. Por outro lado, a Rússia conta com amplos estoques do cereal.

TABELAS E INDICADORES

Fonte: CommodityNetwork Traders’ Pro.

Fonte: CommodityNetwork Traders-Pro em relação ao fechamento do dia anterior.

Fonte: **Estimativas StoneX.

EVOLUÇÃO DOS CONTRATOS FUTUROS NA CBOT

Soja

Milho

 

Trigo