Chamada de Abertura

Campinas, 12 de junho – A sessão de hoje pode ser agitada para os mercados globais, com os agentes atentos ao Relatório de Oferta e Demanda Global (WASDE), a ser divulgado às 13h, como também ao índice de preços ao consumidor (CPI, sigla em inglês) dos Estados Unidos, divulgado às 09h30min. 

O CPI é um dos principais indicadores acompanhados pelo Federal Reserve em sua avaliação sobre a taxa básica de juros, pois permite entender o comportamento da inflação no país. Segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, a inflação em junho exibiu um avanço mensal de 0,2%, ligeiramente abaixo dos +0,3% esperados pelo mercado. No acumulado anual, a inflação foi de +3%, levemente abaixo dos +3,1% esperados e desacelerando do avanço anual de 4% relatado em maio. 

Por sua vez, o comparativo de 12 meses do núcleo do índice – responsável por desconsiderar preços voláteis como alimentos e commodities – também recuou ante os +5,3% relatados no mês passado, dado que o resultado de junho ficou em +4,8%, contra os +5% esperados.

Assim, com a inflação norte-americana sinalizando uma desaceleração, é possível que os resultados contribuam para o otimismo na sessão de hoje, podendo favorecer ativos mais arriscados, como os grãos.

As cotações da soja em Chicago continuam em alta nesta quarta-feira (dia 12), com o mercado apostando que o relatório mensal de oferta e demanda do USDA trará redução na produção norte-americana.

O relatório será divulgado às 13h e, além de ser incorporada a menor área plantada do reporte de 30/06, poderá haver cortes de produtividade já agora, o que não é usual, com o USDA começando a ajustar o rendimento em agosto, com base em levantamentos qualitativos.

Além disso, o clima nos EUA também está no radar, com as previsões para a segunda quinzena de julho voltando a mostrar que as chuvas podem ficar abaixo do normal no noroeste do cinturão, incluindo Iowa, que alterna com Illinois como maior produtor da oleaginosa.

Milho em alta

As cotações do milho na CBOT oscilaram em torno da estabilidade na sessão noturna, com as expectativas para o relatório no radar. 

No caso do milho, por mais que também se aposte em uma redução do rendimento já na atualização de julho, a área plantada a ser incorporada, de acordo com o divulgado em 30/06, vai contrabalançar, pelo menos parcialmente, as perdas de produtividade.

Pelo lado da demanda, os números de exportação de milho dos EUA também são acompanhados, com o USDA podendo trazer alguma redução diante do ritmo mais lento de negociações e da competição com o cereal brasileiro, cuja colheita da safrinha caminha para confirmar um recorde.

Trigo misto

Nesta quarta-feira (dia 12), o trigo devolveu parte dos ganhos expressivos de ontem, sem maiores novidades sobre as tensões entre Rússia e Ucrânia, após o ataque a drone em Odesa.

O mercado continua acompanhando as safras do hemisfério norte, com boas perspectivas em vários países, como França e Rússia, enquanto há preocupações com o clima nos EUA. 

As condições mais secas nas áreas da safra de primavera norte-americana, com piora das condições das lavouras, são um ponto de atenção. O clima tem caminhado para um padrão mais seco nas áreas mais ao norte do país.

TABELAS E INDICADORES

Fonte: CommodityNetwork Traders’ Pro.

Fonte: CommodityNetwork Traders-Pro em relação ao fechamento do dia anterior.

Fonte: **Estimativas StoneX.

EVOLUÇÃO DOS CONTRATOS FUTUROS NA CBOT

Soja

Milho

 

Trigo