Chamada de Abertura

Grãos | Chamada de Abertura
 
Thaís Monello
Ana Luiza Lodi
SOJA, FARELO, MILHO E ÓLEO: ALTA. TRIGO: MISTO.
Mercado Externo – Estados Unidos e Europa: alta. China: baixa.

Campinas, 13 de julho – Após a inflação ao consumidor dos EUA mostrar um resultado melhor do que esperado, hoje os mercados globais se concentram na inflação ao produtor (PPI, sigla em inglês) estadunidense.

Para a inflação ao produtor dos EUA, divulgada às 09h30min., o Departamento de Trabalho norte-americano indicou que o valor de junho avançou 0,1% ante maio, ligeiramente abaixo dos +0,2% projetados. Com isso, a comparação anual de junho exibiu uma alta de 0,1%, melhor em comparação aos +0,4% projetados, além de desacelerar dos +0,9% relatados no mês anterior.

Além disso, ontem (12), a inflação ao consumidor norte-americano para o mês de junho mostrou um aumento anual de 3%, inferior aos +3,1% esperados. Este resultado contribuiu para um certo ânimo dos agentes ao indicar uma desaceleração ante os +4% referentes a maio. 

Com isso, parte do mercado entende que o Fed pode atuar de forma mais branda na taxa de juros do país, promovendo apenas mais um aumento neste mês de julho. Assim, o cenário de menor aperto monetário pode fortalecer o apetite por riscos e favorecer as commodities.

Em meio ao otimismo com o CPI norte-americano, o baixo desempenho comercial geral da China divulgado na madrugada de hoje (horário de Brasília) acabou não sendo o foco do pregão chinês. De acordo com os dados oficiais, o valor em dólares das exportações de todos os bens em junho recuou 12,4% na comparação anual, contra o recuo esperado de 9,5%. Com movimento semelhante, as importações em dólares de todos os bens caíram 6,8%, superando a expectativa de -4,0%.

Tal resultado reforça a incerteza quanto à recuperação econômica do país, visto que a sua economia possui forte relação com o comércio externo. Nessa perspectiva, a alfândega chinesa destacou que o segundo semestre deste ano pode prolongar as dificuldades na atividade econômica do país, uma vez que os conflitos geopolíticos e o panorama global de inflação podem continuar influenciado o seu comércio.

Soja em alta
As cotações da soja em Chicago voltaram a subir na sessão noturna desta quinta-feira (dia 13), após o recuo de ontem, pós USDA.
O relatório somente incorporou a menor área plantada para os EUA, não trazendo ajustes na produtividade da soja, como o mercado esperava. Pelo lado da demanda, destaca-se o corte das exportações, em meio a vendas consideravelmente mais fracas da safra 2023/24. Destaca-se que as vendas de exportação do país na semana encerrada em 06/07 mostraram resultado fraco tanto para a safra 2022/23, quanto para a 2023/24, alcançando 80,6 e 209,2 mil toneladas, respectivamente.
De qualquer forma, as apostas para os próximos relatórios do USDA é de que possa haver cortes do rendimento da safra dos EUA, principalmente porque as condições de seca voltaram a preocupar na região noroeste do cinturão. 
As próximas semanas serão determinantes para a soja, que vai começar sua fase de enchimento de grão.
Milho em alta
No caso do milho, a queda das cotações ontem, pós relatório, em Chicago, foram condicionadas por um corte da produtividade da safra 2023/24 dos EUA menor que o esperado pelo mercado. Como foi incorporada a área maior, divulgada no final de junho, mesmo com a queda de rendimento, a produção de milho do país ainda seria muito grande.
Contudo, assim como observado para a soja, no pregão noturno desta quinta-feira (dia 13), as preocupações com o clima nos EUA voltaram a dar o tom nas negociações, condicionando o movimento de alta hoje.
As vendas líquidas de exportação do país na semana encerrada em 06/07 superaram o esperado pelo mercado tanto para a safra 2022/23, quanto para a 2023/24, alcançando 468,4 e 470,8 mil toneladas, respectivamente.
Trigo misto

O trigo também registrou recuperação no pregão noturno desta quinta-feira (dia 13).

O relatório do USDA surpreendeu ao elevar a produtividade da safra norte-americana, o que também pesou sobre as cotações ontem.

De qualquer maneira, hoje o mercado voltou a olhar para as condições da safra norte-americana, além da questão do acordo Iniciativa de Grãos, cuja vigência termina no próximo dia 17 e ainda não houve indicativo de uma renovação.

As vendas líquidas de exportação dos EUA na semana encerrada em 06/07 alcançaram 395,7 mil toneladas para a 2023/24, dentro do intervalo das estimativas, entre 50 e 550 mil toneladas.

TABELAS E INDICADORES
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Fonte: CommodityNetwork Traders’ Pro.
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Fonte: CommodityNetwork Traders-Pro em relação ao fechamento do dia anterior.
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Fonte: **Estimativas StoneX.
EVOLUÇÃO DOS CONTRATOS FUTUROS NA CBOT
Soja
Milho
 
Trigo

Tags relacionadas: Grãos e Oleaginosas

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