Campinas, 17 de julho – A semana se inicia sem muitas novidades para os EUA e Europa, deixando o foco dos agentes para o desempenho chinês no segundo trimestre do ano.
Ontem, às 23h, foi divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) da China, o qual veio mais fraco do que o esperado. De acordo com os dados oficiais, o segundo trimestre exibiu um aumento de 6,3% ante o mesmo trimestre do ano passado, abaixo dos +7,3% projetados pelos agentes.
Além disso, as vendas no varejo também pareceram decepcionar o mercado. A comparação anual desacelerou de +12,7% em maio para +3,1% em junho, ficando abaixo da expectativa de +3,5%. Por fim, a taxa de desemprego entre pessoas de 16 a 24 anos ficou em patamar recorde, passando de 20,8% em maio para 21,3% em junho.
Tais dados contribuíram para o pessimismo em relação à atividade econômica da China, uma vez que esta não fornece sinais suficientes de recuperação. Com isso, o mercado tenta entender se ainda faz sentido a meta de crescimento anual do PIB em 5%, dado que as preocupações com a economia chinesa estão se intensificando.
Como a China possui grande importância para o mercado de grãos, este cenário pode contribuir para aversão ao risco e pressionar as cotações.
O trigo não se comportou diferente dos demais grãos e também avançou no pregão noturno desta segunda-feira (17). Assim como no caso do milho, o fim do Acordo Iniciativa de Grãos impacta diretamente o balanço do cereal, que foi o segundo produto mais exportado pela Ucrânia sob a vigência do acordo (8,9 milhões de tonealadas). Será importante observar como sua interrupção afetará os embarques ucranianos, mas, mais ou menos intensamente, seu fim exercerá um suporte aos preços.
O governo chinês reportou que a safra de trigo deve apresentar um recuo de 1% nesta temporada, para 134,5 milhões de toneladas, o que seria a primeira contração em 7 anos. Segundo fontes oficiais, o motivo da menor produção é a forte ocorrência de chuvas tardias, em um momento importante para o desenvolvimento do cereal. A redução de 1,3% na produtividade no comparativo anual só não foi mais impactante em função de um aumento de 0,4% na área plantada.
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