Campinas, 1 de setembro - Os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta, já ponderando a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos (Payroll) referente a agosto. A expectativa era de que o relatório poderia reforçar a manutenção dos juros na reunião de setembro do Federal Reserve (Fed), caso indicasse pistas de que o mercado de trabalho está desacelerando. E de fato, a divulgação indicou dados levemente acima do estimado, reforçando as interpretações de que a economia americana caminha para uma estabilidade da inflação. Na Europa, os mercados operam com alta pulverizada, acompanhando as expectativas geradas após os novos dados do payroll dos EUA.
Na Ásia, os mercados estão mistos, sem uma direção definida, à medida que investidores observam a decisão dos principais bancos da China de reduzirem as taxas sobre depósitos em yuan. Além disso, o Banco Popular da China anunciou que reduzirá em 200 pontos base a partir de 15 de setembro o percentual de reservas cambiais obrigatórias para instituições financeiras.
Os contratos da soja encontraram ganhos durante o pregão noturno, uma vez que o mercado se preocupa com o próximo estresse térmico durante os estágios finais do enchimento das vagens nas lavouras dos Estados Unidos. A última semana de agosto foi marcada por volatilidade nos preços para a oleaginosa, com traders absorvendo informações sobre a reta final da safra dos EUA, o movimento da demanda e o mercado financeiro.
Em termos de condições climáticas, o Meio-Oeste dos Estados Unidos tende a enfrentar condições desfavoráveis nos próximos dias, com chuvas centralizadas e escassas.
Os preços do milho caminharam na mesma direção encontrada para a soja, encerrando o pregão noturno em alta. As preocupações foram renovadas sobre a iminente onda de calor que se espalhará pelas lavouras nos Estados Unidos durante a próxima semana.
Em um saldo geral para o mês de agosto, segundo informações do site Farm Futures, os preços do milho os futuros do milho para o contrato de vencimento em dezembro estão sendo negociados ao preço mais baixo desde meados do ano de 2021. A expectativa continua para uma safra dos EUA robusta, apesar de preocupações com o clima e rendimento.
Os preços do trigo nos EUA surpreendem nesta manhã, com um breve alívio em meio ao cenário baixista que mantém os preços limitados desde o final de julho. O tempo seco afetou a safra de trigo de inverno da Argentina e gera expectativa de novos ajustes negativos para a produção do país. Perdas na colheita no Canadá e na Austrália, onde a seca de verão e os incêndios florestais, bem como o stress hídrico relacionado com o El Niño, podem gerar restrição da oferta exportável global no próximos meses.
Entretanto, é válido lembrar que os ganhos no mercado futuro continuam limitados pelas previsões cada vez maiores para as exportações russas de trigo, que continuam a manter a tendência dos preços globais do trigo sob um patamar limite.
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