Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 03/11 a 10/11/2023
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Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Dólar se fortalece globalmente em reação a discurso de Powell 

A semana foi marcada pelo fortalecimento global da moeda americana após um firme discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em defesa de uma política monetária mais rígida da instituição para assegurar a reeestabilização de preços nos EUA. Contribuiu para o enfraquecimento do real, também, a divulgação de um IPCA mais brando que o esperado e a persistência de temores quanto às metas fiscais brasileiras. 

O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em alta, encerrando a sessão desta sexta-feira (10) cotado a R$ 4,914, avanço semanal de 0,3%, porém recuo mensal de 2,7% e anual de 6,9%. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 105,8 pontos, variação de +0,8% na semana, -0,2% no mês e +2,4% no ano.  

 
cAsset 2  SOJA
Mesmo com o anúncio de compras importantes de soja norte-americana pela China, futuros da oleaginosa voltam a cair, após USDA revisar safra dos EUA 

Na semana passada, as cotações da soja em Chicago voltaram a apresentar leve baixa, com o vencimento para janeiro encerrando a sexta-feira (dia 10) em 1347,5 cents por bushel, queda de 0,3% no período. 

A oleaginosa ainda começou a semana em alta, em meio a preocupações com a oferta de farelo da Argentina, mas terminou o período com perdas, após a divulgação do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, e a despeito dos reportes de vendas de soja dos EUA para a China. 

 
cAsset 1  MILHO

Estimativas mais positivas do USDA para estoques finais e produção dos EUA e perspectiva de balanço global mais confortável pressionam cotações 

O mercado futuro do milho foi marcado por uma tendência predominantemente de baixa ao longo da última semana em Chicago. O contrato com vencimento em dezembro de 2023 finalizou a última sexta-feira (10 de novembro) cotado a 646 cents/bu, acumulando uma desvalorização de 2,8% no comparativo semanal. Apesar de notícias relacionadas ao conflito no Mar Negro fornecerem algum suporte durante os últimos dias, o bom avanço da colheita norte-americana e o relatório de oferta e demanda do USDA, que teve como destaque a revisão para cima em suas estimativas de produção e estoques finais dos EUA, pressionaram as cotações do cereal na CBOT. 

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Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Óleos vegetais registram semana de recuperação 

Os óleos vegetais terminaram a última semana em alta em suas principais bolsas de negociação, com o óleo de soja marcando alta de 3,7% na CBOT para US¢ 51,2/lb, enquanto o óleo de palma avançou 1,3% na bolsa da Malásia para USD 807,9/t. A divulgação na última semana das estimativas do USDA trouxe algum suporte às cotações do óleo de soja. Os ajustes para os estoques finais do óleo nos EUA tanto em 2022/23 quanto em 2023/24, que foram reduzidos em 9,0% e 9,3% respectivamente em relação aos números de outubro, elevaram a perspectiva de balanço mais apertado no próximo ano no mercado americano. Já o óleo de palma terminou a última semana em viés positivo, influenciado pela divulgação de dados favoráveis de exportações na Malásia. 

 
Asset 9  FERTILIZANTES
 Fertilizantes nitrogenados e potássicos estão desvalorizando; os fosfatados ainda conseguem resistir às baixas
Os fertilizantes nitrogenados e potássicos estão desvalorizando no Brasil e no mundo devido à ausência de compradores. Na semana passada, por exemplo, nos portos brasileiros, a ureia e o KCl desvalorizaram US$ 18/ton e US$ 7/ton, respectivamente. O MAP, por outro lado, ainda está conseguindo resistir à tendência de baixa, tendo valorizado US$ 2/ton neste mesmo período. O fenômeno pode estar atrelado aos problemas de oferta na China, já que recentemente foi anunciado que as permissões para as exportações de fosfatados foram endurecidas no país. De todo modo, a StoneX ainda espera que os preços do MAP cedam em algum momento entre agora e o final do ano. 
 
Asset 12  PECUÁRIA
Boi gordo segue estável, mas indústria monitora a possibilidade de ganhos nas últimas semanas do ano
Ao longo da semana, os preços do Boi comum se mantiveram, em larga medida, estáveis. As praças de São Paulo registraram variações de preço que não ultrapassaram de 1%, e, na maioria das regiões, o tom da semana foi de estabilidade. Araçatuba (SP), na sexta-feira passada, apresentava negócios por R$ 232/@, enquanto hoje, as ofertas estão em R$ 229/@. Uma situação semelhante é observada em Dourados (MS), onde a variação semanal negativa foi de -1%, com negócios realizados atualmente por R$ 226/@. Ao longo do mês de novembro, vale ressaltar, o mercado tem sido marcado por um baixo volume de negociações, e, assim, os investidores possuem menos referências para avaliar o sentimento geral do mercado. 
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar finalizou a semana na máxima em 12 anos

Na última sexta-feira (10), os contratos mais ativos do açúcar finalizaram a semana em queda. Considerando a variação acumulada ao longo da semana, para o açúcar demerara #11 (SBH23) a variação foi de -1,7%, finalizando o período em US¢ 27,29/lb. Para o branco #5, a variação semanal foi parecida, finalizando a semana em US$ 737/ton (-1,4%) para o SWH24. 

O sentimento predominante da semana foi de queda, motivado tanto por uma resposta à máxima em quase 12 anos atingida pelo açúcar bruto na última segunda-feira (06) – patamar tido como sobrecomprado por alguns agentes, como por um significativo recuo dos preços do petróleo, o que gerou forte pressão psicológica sobre os preços. Além do açúcar, a maioria das commodities registrou queda na semana, período que também foi marcado por uma ligeira valorização do dólar em relação à maioria das moedas internacionais – o que demonstra um aumento do sentimento de risco no mercado. Pelo lado dos fundamentos, ainda há poucas novidades a respeito da temporada global 2023/24 (out-set), que deve passar a apresentar os primeiros números ao longo deste mês 

Hidratado está praticamente lateral desde agosto de 2023 
Os preços do etanol nas suas principais praças de negociação do Centro-Sul têm mantido uma precificação relativamente estável nos últimos meses. Isso tem ocorrido por uma conjunção de fatores. Com o pico de safra da temporada 2023/24, e o forte crescimento da demanda em resposta a uma paridade mais atrativa, o mercado spot para o hidratada nas usinas encontrou um equilíbrio de curto prazo na marca de R$ 2,96/L desde meados de outubro. Sazonalmente, a tendência para novembro já é de um gradual aumento nos preços do hidratado, contudo, o maior aumento dos preços foi contido por um corte de R$ 0,12/L nos preços da gasolina vendida nas refinarias no dia 21 de outubro, o que manteve a pressão sobre o etanol por mais tempo. 
 
Asset 7  CAFÉ
Preços futuros de café terminaram a semana em alta 

Na última semana, os preços futuros de café arábica e de café robusta terminaram a semanal em alta. Do ponto de vista dos fundamentos, o baixo nível nos estoques certificados de café e os impactos do El Niño, que tem gerado um clima seco na Ásia e uma nova onda de calor no Brasil, tem atuado de forma positiva para os preços. No entanto, as perspectivas dos agentes com uma ampla safra na próxima temporada em meio a uma demanda enfraquecida têm um viés baixista para as cotações. 

Em Nova Iorque, o contrato mais ativo, de março, apresentou ganhos de 140 pontos (0,8%), fechando a sexta-feira (10) cotado em US₵ 170,55/lb. Em Londres, as cotações de café robusta para o contrato de janeiro apresentaram ganhos de USD 49/ton (2,1%), fechando o período cotado em USD 2421/ton. Durante o período, o Dollar Index apresentou ganhos de 0,7%, enquanto o par USDBRL teve leve avanço, para USDBRL 4,91. 

 
Asset 5  CACAU
Cotações da amêndoa avançam com entregas semanais mais fracas que na última temporada 
Ainda refletindo preocupações com a oferta da amêndoa, as cotações do contrato futuro com segundo vencimento mais próximo (março/23) na bolsa de Nova Iorque (ICE/US) avançaram 2,2% na última semana, com aumento de US$ 87/ton, indo de US$ 3.927/ton para US$ 4.014/ton, renovando suas máximas desde os anos 70. O contrato equivalente na bolsa londrina (ICE/Europe), por sua vez, registrou um avanço mais intenso e apresentou valorização de 4,0% entre os dias 03 e 10 de novembro, saindo de GBP 3.343/ton para GBP 3.476/ton ao fim do pregão da última sexta (10). A preocupação dos agentes em relação a uma oferta apertada no Oeste Africano é corroborada por dados da Associação Exportadores de Cacau e Café da Costa do Marfim (GEPEX, na sigla em francês) indicando queda de 49,2% nas entregas semanais da amêndoa aos portos marfinenses, as quais chegara a 60 mil toneladas entre os dias 6 e 12 de novembro, contra 118 mil toneladas entregues no período equivalente durante o ano-safra 2022/23. 
 
Asset 6  ALGODÃO
Algodão fecha semana de WASDE em baixa; liquidação de contratos e preocupação com demanda continuaram guiando o mercado
Os contratos de algodão registraram quedas pela segunda semana seguida. O Dezembro/23 acumulou uma contração de 2,89% no agregado semanal. A desvalorização vem na esteira de uma continuidade do movimento de liquidação dos contratos de algodão na ICE/NY. Além disso, o último WASDE trouxe um cenário baixista para as cotações ao estimar maior produção e menor consumo globais da pluma; o relatório pode ter contribuído para o contexto baixista. O mercado segue atento principalmente a novos direcionamentos da demanda mundial da fibra natural para dar suporte aos preços.
 
Asset 8  PETRÓLEO
Petróleo acumula queda de 4% na semana

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 4,4%, negociadas a USD 81,43 bbl na última sexta-feira (10) enquanto o WTI ficou em USD 75,31 bbl, registrando uma redução semanal de 5,88%. O petróleo estendeu a tendência de queda na última semana, com os futuros do Brent atingindo os menores valores desde julho em meio a preocupações com a demanda global. Indicadores macroeconômicos menos favoráveis na China e possibilidade de novos apertos monetários nos EUA contribuíram para pressionar as cotações. Na sexta-feira (10), houve uma leve recuperação dos preços após o Iraque sinalizar apoio para um novo corte produtivo na OPEP, mas o petróleo ainda acumula quase 7% de queda desde o começo do mês. 

 
cAsset 3  DIESEL
Referência do combustível atinge menor valor desde julho 
Na semana passada, o contrato mais ativo do ULSD NY Harboroperou em forte queda, terminando a sexta-feira (10) em USD 2,7431 por galão (-6,18%). O resultado estende a tendência que se verifica desde outubro, acompanhando também o resultado negativo do petróleo (-4,4%). Em geral, a perspectiva de uma demanda limitada pelo combustível a partir da desaceleração econômica em importantes polos consumidores pressiona as cotações, levando as referências do diesel para os menores níveis desde julho. 
 
cAsset 3  GASOLINA
Gasolina registra recuo semanal menor que o petróleo e diesel
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB acumulou queda de 0,52%, cotado a USD 2,1895 por galão na sexta-feira (10). Apesar da redução dos preços, o mercado de gasolina sofreu menos pressão em comparação ao diesel e o petróleo, conforme as perspectivas de aumento sazonal do consumo de gasolina para o final do ano reduziram os temores macroeconômicos sobre o derivado.

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