Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 10/11 a 17/11/2023
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Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Dados fracos para a economia americana enfraquece o dólar globalmente

A semana foi marcada pela divulgação de dados mais brandos que o esperado para a economia americana, reforçando a percepção de que o Federal Reserve não irá mais elevar os juros básicos do país e promovendo um enfraquecimento global da moeda americana. O fortalecimento do real foi contido pelo prolongamento dos temores fiscais, em meio à indefinição sobre a possibilidade de se alterar a meta orçamentária de 2024.

O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em queda, encerrando a sessão desta sexta-feira (17) cotado a R$ 4,906, recuo semanal de 0,2%, mensal de 2,8% e anual de 7,1%. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 103,8 pontos, variação de -1,8% na semana, -2,0% no mês e +0,5% no ano.

 
cAsset 2  SOJA
Soja recua com previsões de chuva no Brasil, mas clima irregular deve resultar em perda de potencial produtivo

As cotações da soja começaram a semana anterior em alta, voltaram a cair nas duas últimas sessões do período, encerrando o os sete dias com perdas de 0,5%. O vencimento para janeiro terminou a sexta-feira (dia 17) em 1340,25 cents por bushel.

Pelo lado altista destacam-se as preocupações com o clima no Brasil e a potencial falta de soja na Argentina para esmagamento. Além disso, as perspectivas para o consumo doméstico nos EUA continuam positivas.

Por outro lado, passada a euforia com as compras consideráveis de soja norte-americana pela China, o mercado voltou a monitorar o ritmo das vendas dos EUA, com a colheita caminhando para o final e o Brasil ainda embarcando volumes importantes da oleaginosa. 

 
cAsset 1  MILHO

Milho termina semana no campo positivo, mas há preocupações com demanda pelo cereal norte-americano 

Os futuros do cereal iniciaram a última semana com um forte movimento de alta, com o contrato com vencimento em dezembro de 2023 se aproximando do patamar de 480 cents/bu. Parte desse movimento foi motivado pelo mercado de soja, que recebeu suporte no início da semana de preocupações com uma possível falta de soja na Argentina para esmagamento e de um clima adverso no continente, fator este que também tem sido um importante direcionador do mercado de milho.

Contudo, ao longo da semana, os contratos devolveram boa parte de seus ganhos, mas ainda finalizaram o período no campo positivo. No período analisado, vale destacar o volume acima do esperado de vendas de exportação de milho dos EUA e o elevado uso do cereal para a produção de etanol no país. O contrato com vencimento de dezembro de 2023 finalizou a última sexta-feira (17 de novembro) cotado a 467 cents/bu, acumulando uma valorização de 0,6% na semana.

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Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Óleos vegetais avançam em suas principais bolsas

Os óleos vegetais marcaram semana de recuperação em suas principais bolsas de negociação, com o vencimento mais próximo do óleo de soja avançando 1,6% frente a sexta-feira anterior para fechar cotado a US¢ 52,0/lb, enquanto o óleo de palma terminou a semana cotado a USD 831/t na bolsa da Malásia, alta de 3,0%.

Informação bastante aguardada pelo mercado, o esmagamento de soja dos Estados Unidos em outubro, divulgado pela Associação Nacional dos Processadores de Oleagionosas (NOPA), foi destaque na última semana. O relatório mostrou um aumento mensal significativo no esmagamento de 14,7%, atingindo 5,16 milhões de toneladas, volume 2,9% maior em comparação a outubro de 2022. Apesar de sazonalmente já previsto um volume grande de esmagamento, as margens de esmagamento favoráveis favoreceram o forte número. No entanto, destaca-se que os estoques, por sua vez, recuaram 0,8% para 499 mil tons, ficando 28% abaixo do registrado em outubro de 2022 e atingindo seu menor nível em 9 anos. A queda dos estoques, mesmo com o esmagamento forte, é um indicativo de uma demanda voltando a se aquecer, que pode estar sofrendo influência tanto do setor de biocombustíveis do país quanto do setor de foods.

 
Asset 9  FERTILIZANTES
 Frente à ausência de compradores, fertilizantes nitrogenados estão desvalorizando no Brasil e no mundo
A tendência de baixa tomou conta do mercado de fertilizantes nitrogenados. O mercado sabe que grandes compradores, como Brasil e Índia, estão fora do mercado e sabe que as empresas produtoras estão com estoques cheios e não comprometidos para o mês de dezembro. Neste cenário, todos os players que podem adiar suas aquisições de nitrogênio estão fazendo isso, pois sabem que os preços futuros vão ser menores que os atuais. Frente a esta ausência de demanda, a ureia, o SAM e o NAM estão desvalorizando no Brasil. No mercado de fertilizantes potássicos, a tendência também é baixista, mas a intensidade das desvalorizações é menos significativa, característica comum deste tipo de fertilizante. Por fim, no mercado de fosfatados, os vendedores ainda estão conseguindo manter os preços estáveis/em alta. Entre os fatores responsáveis por isso, destaque para a limitação das exportações chinesas. 
 
Asset 12  PECUÁRIA
Baixo volume de negociações marca a semana, mas indústria monitora possibilidade de aumento do consumo de carne nas próximas semanas
Ao longo da semana, os preços do Boi comum mantiveram a estabilidade no estado de São Paulo, e em outras praças agropecuárias relevantes. Essa acomodação dos preços se deve a alguns fatores que merecem destaque: em primeiro lugar, o mercado físico tem registado poucas negociações, pois não há urgência na aquisição de animais pela indústria frigorífica. Em segundo lugar, há, por parte dos pecuaristas, uma tentativa de reter os animais por mais algum tempo, pois há esperanças de que a necessidades de animais aumente nos meses finais de 2023. O final do ano é uma época em que, geralmente, consumidores possuem um poder de compra maior, em função de ganhos monetários adicionais, como o 13º salário. Isto, em tese, pode trazer um aumento do consumo de carne no Brasil. Hoje, em Araçatuba, foi registrado um pequeno aumento das cotações, de 1,08%, com negociações por R$ 232/@.  
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar registrou leve retração na última semana

Na última semana, após uma sequência de movimentações voláteis, as cotações do açúcar finalizaram em leve queda, terminando o período em US¢ 27,18/lb (-0,4%) para o açúcar bruto #11 (SBH23) e US$ 736,6/ton (-0,05%) para o branco #5 (SWH24). Influenciando a dinâmica, o açúcar segue sob a mesma percepção pelo lado dos fundamentos de safra, com os efeitos da escassez de chuvas na Índia e na Tailândia, e preços limitados em grande parte pela produção do Centro-Sul, que entretanto sofre com problemas logísticos para o escoamento de sua produção.
 
Neste contexto de poucas alterações pelo lado dos fundamentos, a semana foi altamente influenciada por fatores macroeconômicos. Nos Estados Unidos, a última quarta-feira (15) foi marcada pela divulgação de dados econômicos moderados, com registros de inflação ao produtor abaixo da expectativa do mercado. Com isso, os agentes passaram a enxergar um cenário mais estável para a taxa de juros americana, o que contribuiu para a apreciação do real na semana, assim como da maioria das moedas internacionais.

Estoques elevados e perspectiva de queda para a gasolina pressionam o hidratado
Na última semana, entre os dias 13 e 17 de novembro, as negociações do etanol hidratado com base nas usinas de Ribeirão Preto (SP) recuaram cerca de 3,4%, passando de R$ 2,69/L para níveis mais próximos de 2,60/L, com registros pontuais até de R$ 2,57/L, dependendo da região verificada em São Paulo. A pressão baixista enfrentada pelo etanol apesar do contexto de início de entressafra, ocorre devido ao grande aumento dos estoques – tanto pela maior produção de etanol a partir de cana e milho, como por uma estratégia das usinas, muitas as quais aguardavam por preços mais atrativos para a venda de seus estoques. Contudo, com a significativa queda nos preços do petróleo nas últimas semanas, em meio a uma oferta mais ampla, as negociações têm cedido pelo lado das distribuidoras, que tem visto menos incentivo para demandas no mercado spot pela perspectiva de queda nos preços da gasolina.
 
Asset 7  CAFÉ
Fatores técnicos contribuíram para pressionar as cotações de café arábica, mas os futuros de café robusta avançaram

Sem grandes mudanças no ponto de vista dos fundamentos, os preços futuros de café arábica refletiram os impactos de fatores técnicos, com a liquidação de posições por parte dos agentes especulativos em meio a aproximação do primeiro dia de aviso de vencimento para o contrato de dezembro, definido para terça-feira (21). Pesou também sobre as cotações futuras de café o retorno das chuvas em algumas regiões produtoras de café arábica e os volumes de exportação reportados pelo Cecafé na última semana. Por outro lado, apesar do avanço da colheita de café no Vietnã, os preços futuros de robusta avançaram em meio as previsões de baixos volumes de chuva nas regiões produtoras de robusta no Brasil e as preocupações com o clima na Indonésia, que vem sofrendo com o clima quente, o que pode impactar a safra do país pelo segundo ano consecutivo. 

Em Nova Iorque, o contrato mais ativo, de março, apresentou perdas de 390 pontos na semana (2,3%), fechando a última sexta-feira cotado em US₵ 166,65/lb. No terminal londrino, os preços futuros de robusta avançaram USD 100/ton (4,1%) para o contrato mais líquido, com vencimento em janeiro, que terminou a sexta cotado em USD 2521/ton. Durante o período, o par USDBRL apresentou uma certa estabilidade, fechando a semana com leve alta de 0,1%, cotado em USDBRL 4,91.

 
Asset 5  CACAU
Projeção negativa para produção nigeriana e preocupação com El Niño sustentam preços do cacau
O contrato futuro de cacau mais ativo — e o segundo com vencimento mais próximo — apresentou alta nas principais bolsas de negociação durante a última semana devido à continuidade das preocupações com a oferta da amêndoa após divulgação de notícia indicando que a produção da Nigéria, um dos principais produtores mundiais de cacau, deve apresentar recuo de 4,4% em 2023, além de temores relativos à extensão do El Niño em 2024. O contrato com vencimento em março de 2024 registrou valorização de 2,3% na bolsa de Nova Iorque (ICE/US) entre os dias 10 e 17 de novembro, subindo de US$ 4.014/ton para US$ 4.108/ton. Em Londres (ICE/Europe), o contrato equivalente apresentou aumento de GBP 41/ton, avançando de GBP 3.476/ton para GBP 3.517/ton ao fim do pregão da última sexta, de modo que a variação semanal foi de 1,2%. 
 
Asset 6  ALGODÃO
Algodão recuperou parte das perdas recentes na última semana. Compras técnicas e bons dados de exportação animaram o mercado
Os contratos de algodão voltaram a registrar altas na semana encerrada no último dia 17. O Março/24 valorizou-se 2,5% no comparativo semanal. O movimento reflete bons dados de exportação dos EUA, na esteira das recentes quedas das cotações em Nova Iorque, bem como um enfraquecimento da moeda estadunidense. Ainda assim, o cenário da demanda mundial ainda é incerto, preocupações com esse fator, reforçadas por dados fortalecidos de estoques de petróleo nos EUA, podem ter exercido pressão baixista nas cotações em alguns pregões.
 
Asset 8  PETRÓLEO
Petróleo acumula queda pela quarta semana consecutiva

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 1%, negociadas a USD 80,61 bbl na última sexta-feira (17) enquanto o WTI ficou em USD 75,89 bbl, registrando uma redução semanal de 1,66%. Tratou-se de uma semana volátil, com movimentos especulativos contribuindo para levar o petróleo aos menores níveis em quatro meses. Na sexta-feira (17), houve uma forte recuperação baseado em correções das posições dos agentes, mas não impediu que a commodity encerrasse a semana em queda pelo quarto período consecutivo.

 
cAsset 3  DIESEL
Combustível encerra semana em alta
Na semana passada, o contrato mais ativo do ULSD NY Harbor operou em alta, terminando a sexta-feira (17) em USD 2,7725 por galão (+1,07%).  O resultado rompe com a tendência observada no mercado de petróleo, com a commodity recuando ao longo da semana influenciada por fatores especulativos. No caso do diesel, alguns fatores contribuíram para o melhor desempenho dos futuros, com indicadores macroeconômicos mais positivos nos Estados Unidos e recuo dos estoques no país apoiando os preços.
 
cAsset 3  GASOLINA
Gasolina termina semana em estabilidade
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB ficou praticamente estável, acumulando alta de 0,2%, cotado a USD 2,18 por galão na sexta-feira (17). Trata-se de mais uma semana sem um direcionamento mais expressivo para o combustível, conforme fundamentos mistos impactam a precificação dos futuros.

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