Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 01/12 a 08/12/2023
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Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Dólar e real se fortalecem, refletindo dados para mercado de trabalho americano

A semana foi marcada pela oscilação nas apostas para a trajetória dos juros nos EUA, que, por sua vez, refletiram a divulgação de vários indicadores para o mercado de trabalho americano. Adicionalmente, a publicação de dados para o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre brasileiro e de serviços em diversas economias corroboraram para um fortalecimento tanto do real quanto do dólar na semana. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em alta, encerrando a sessão desta sexta-feira (08) cotado a R$ 4,929, variação de +1,0% na semana, +0,3% no mês e de -6,6% no ano. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 104,0 pontos, ganho semanal de 0,8%, mensal de 0,5% e anual de 0,7%.

 
cAsset 2  SOJA
Chuvas no Brasil continuam pesando sobre preços da soja na CBOT

As cotações da soja em Chicago registraram mais uma semana de baixa, com o vencimento para janeiro encerrando a sexta-feira (dia 08) em 1304 cents por bushel, queda de 1,6% no período. O mercado continuou acompanhando as perspectivas climáticas na América do Sul, com destaque para as preocupações no Brasil, além das exportações de soja dos EUA. Além disso, foram divulgados os relatórios mensais da Conab e do USDA. A ocorrência de chuvas no Brasil e as previsões de que o mês de dezembro deve ser mais chuvoso continuaram pesando sobre as cotações da oleaginosa, ao mesmo tempo em que a safra da Argentina está caminhando num cenário favorável de precipitações.

 
cAsset 1  MILHO

Milho tem semana agitada, mas encerra período próximo do zero a zero

O mercado de milho foi marcado por uma elevada volatilidade na última semana. Por algumas vezes no período, o contrato com vencimento em março de 2024 testou a barreira dos 490 cents/bu, e até chegou a romper o patamar de 492 cents/bu. Contudo, o CH24 não conseguiu se manter em tais níveis, finalizando a semana cotado a 485,5 cents/bu, avanço de apenas 0,2% no comparativo semanal. O ritmo de exportações e vendas do milho norte-americano e as condições da safra sul-americana seguem como principais direcionadores do mercado. Na B3, os futuros do milho também registraram elevada volatilidade ao longo da última semana, mas, ao contrário dos contratos na CBOT, conseguiram sustentar as valorizações conquistadas no período. O janeiro/24 encerrou a última sexta-feira (8) cotado a R$ 71,44/sc, valorização de 2,2% na semana.

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Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Óleos vegetais terminam semana pressionados

Em meio a manutenção da perspectivade uma demanda global mais lenta de maneira geral, os óleos vegetais registraram desempenho negativo na última semana em suas principais bolsas de negociação. Para o óleo de soja, apesar de revisões para baixo das estimativas da Conab e USDA para a produção brasileira, a manutenção do volume ainda apontando uma safra recorde, e os sinais melhores para o clima no Brasil em dezembro contribuíram para manter a commodity pressionada. Os preços do contrato mais ativo do óleo de soja fecharam o período a US¢ 50,2/lb, desvalorização de 2,4%. Já o óleo de palma terminou com retração significativa de 3,3%, cotado a USD 802,2/t, com o mercado pressionado por estimativas de produção e estoques em bons níveis na Malásia em novembro.

 
Asset 9  FERTILIZANTES
Ureia tem ganhos expressivos pela segunda semana consecutiva
Pela segunda semana consecutiva, os fertilizantes nitrogenados, com destaque para a ureia, apresentaram ganhos expressivos no mercado brasileiro. Isso porque os preços seguem atraentes, ainda nos menores patamares desde julho, o que tem trazido compradores para o mercado. Vale apontar que a volatilidade é uma característica do mercado de ureia, o que ajuda a explicar como uma pequena mudança nos fundamentos de demanda consegue reverter abruptamente o sentido dos preços.
Para os fertilizantes fosfatados e potássicos, menos voláteis, não há grandes novidades. O preço do MAP, SSP e TSP alternam pequenos ganhos com pequenas perdas. Já o preço de importação do KCl tem desvalorizado gradualmente, mas custos de internação caros, com destaque para o demurrage, fazem com que essas quedas no mercado internacional não sejam tão sentidas no interior do Brasil.
 
Asset 12  PECUÁRIA
Ao longo da semana, preços do Boi comum se mantiveram firmes
Ao longo da semana, os preços do Boi comum apresentaram sinais de firmeza, e diversas praças registraram uma variação semanal positiva, ainda que pequena. Nas últimas semanas de 2023, o consumo de carne bovina tem se mostrado aquecido, e isto se deve tanto ao recebimento do 13º salário, que aumenta o poder de consumo das famílias, bem como aos empregos temporários nessa época do ano, que corroboram para o crescimento do consumo de carne. O IPCA 15, inclusive, mostrou um aumento do preço da carcaça casada em outubro, indicando que as compras estão aquecidas. As exportações, além disso, também tem demonstrado números elevados, ainda que o preço da carne exportada siga em níveis mais baixos do que os valores observados em 2022. Há informações, ademais, de que a indústria frigorífica tem procurado escalonar as suas aquisições de matéria prima, com o objetivo de evitar elevações abruptas nos preços dos animais.    
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar tem semana com o pregão de maior baixa desde 2011

Na última semana, no dia 06/12, o açúcar #11 SH24 registrou um pregão com queda de 7,85% em apenas um dia, passando de US¢ 24,92/lb para US¢ 23,00/lb - maior queda diária para o açúcar desde o início de 2011, quando o adoçante passou de 35,31 US¢/lb para 32,04 US¢/lb em apenas um pregão. Nesta semana, a atenção se volta para a Índia, onde um documento referente à política de etanol do país balançou o mercado por abrir a possibilidade para uma maior produção e açúcar – podendo incrementar até 1,5 MMT os estoques do país. Considerando o cenário recente que levou à forte queda do açúcar, ao início de novembro/23, o demerara havia registrado sua máxima em quase 12 anos, chegando a US¢ 27,77/lb fomentado por uma visão altista que vem sendo predominante no mercado devido a fatores climáticos no sudeste asiático e gargalos logísticos nos portos brasileiros. Contudo, com a virada baixista das últimas duas semanas, o adoçante já acumula uma queda de 15,8% até esta sexta-feira (08), que finalizou o dia com o adoçante em US¢23,36/lb para a tela de março – recuando 6,9% apenas nesta semana. Vale notar, ainda, um recuo ainda maior para o contrato de maio/24 (SHK24) – que sofre influência da safra brasileira 2024/25 (abr-mar) que deve ser ainda mais açucareira, registrando retração de 7,4% na semana e terminando o dia em US¢ 22,46/lb.

Cenário para o etanol ainda é de baixa em meio aos elevados estoques
Na última semana, o etanol estendeu sua tendência de queda, conforme os fundamentos da temporada 2023/24 do CS seguem mantendo uma oferta elevada do biocombustível – mesmo nos momentos finais da safra. Além disso, vale notar uma relutância das distribuidoras em realizar negócios no mercado spot no atual momento, tendo em vista a possibilidade de um corte nos preços da gasolina devido à retração de mais de 4,4% no contrato mais ativo do petróleo BRENT na semana. Segundo monitoramento da StoneX, a gasolina vendida pela Petrobras se encontra - na data de escrita deste relatório (08), 9% (R$ 0,25/L) acima do preço da gasolina importada. Diante deste cenário, as usinas têm reportado negócios em níveis tão baixos quanto R$ 2,35/L no estado de São Paulo – queda de 21 centavos em relação ao patamar de duas semanas atrás, chegando ao menor preço desde a segunda metade de 2020.
 
Asset 7  CAFÉ
Em semana volátil, cotações de café terminam em queda

Assim como na semana anterior, a última semana foi marcada pela elevada volatilidade para os preços de café em Nova Iorque, que foram pressionados pela liquidação de contratos e realização de lucros, após o forte avanço observado na semana anterior. Do ponto de vista dos fundamentos, o mercado de café segue de olho nos estoques certificados e nas condições climáticas nos países produtores, principalmente no Brasil. Do ponto de vista macro, a alta de 0,9% do Dollar Index, que fechou em 103,93 pontos, e a alta de 1,1% do par USDBRL, que fechou em USDBRL 4,93, também contribuiu para pressionar as cotações de café arábica. Para o café robusta, os preços terminaram o período quase inalterados devido aos fundamentos mais positivos para o tipo, como a projeção de uma menor produção no Vietnã e os problemas climáticos na Indonésia. Em Nova Iorque o contrato mais ativo de março/24, terminou a semana com perdas de 720 pontos (3,9%), fechando o período cotado em US₵ 177,15/lb. No terminal de Londres, os preços futuros de café robusta terminaram o período quase inalterados, com perdas de apenas USD 2/ton (0,1%) para o contrato mais ativo, de março, que fechou cotado em USD 2526/ton.

 
Asset 5  CACAU
Ampliação de temores relativos à oferta da amêndoa dá suporte para preços
O segundo contrato futuro de cacau com vencimento mais próximo (contrato mais ativo) registrou ganhos nas principais bolsas de negociação durante a última semana, repercutindo maiores preocupações com a produção cacaueira no Oeste Africano. Na bolsa de Nova Iorque (ICE/US), contrato com vencimento em março de 2024 apresentou avanço de 1,7% entre os dias 01 e 08 de dezembro, com valorização de US$ 70/ton, de US$ 4.201/ton para US$ 4.271/ton. O contrato equivalente negociado na bolsa londrina (ICE/Europe), por sua vez, reportou apreciação de GBP 72/ton, avançando de GBP 3.498/ton para GBP 3.570/ton ao fim do pregão da última sexta (08), encerrando a semana com variação de 2,1%. 
 
Asset 6  ALGODÃO
Pluma encerra semana no campo positivo, apesar de demanda enfraquecida
O mercado de algodão terminou a semana em alta em Nova Iorque. O Março/24 agregou uma valorização de 2,54% no comparativo semanal, encerrando a última sexta-feira (08) negociado a US¢81,44/lb. A tendência altista foi reforçada por expectativas de cortes produtivos maiores de algodão nos EUA, o que deu a tônica de uma valorização de 3,56% na quinta-feira (07); o relatório WASDE publicado na sexta-feira (08) cimentou essa perspectiva. Ainda assim, dados de exportação dos EUA vieram relativamente fracos, bem como o WASDE trouxe significativas revisões para baixo no consumo doméstico. Dessa forma, a demanda enfraquecida também deve continuar sendo um ponto de atenção para os agentes.
 
Asset 8  PETRÓLEO
Pessimismo de mercado provoca mais uma semana de queda do petróleo

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 3,85%, negociadas a USD 75,84 bbl na última sexta-feira (08) enquanto o WTI também registrou um semanal de 3,83%, negociado em USD 71,23 bbl. Os futuros do Brent acumularam a sétima semana em queda, conforme ausência de fundamentos altistas falham em oferecer pontos de suporte para o óleo bruto. O pessimismo com a demanda global para 2024, em meio a projeções de crescimento econômico menos expressivo em importantes polos consumidores, superam os anúncios de restrição da oferta da OPEP+ e perspectivas do fim do ciclo de aperto monetário de Bancos Centrais.

 
cAsset 3  DIESEL
Futuros do diesel operam nos menores níveis desde julho
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY Harbor ULSD acumulou mais uma semana em queda, terminando a sexta-feira (08) em USD 2,581 por galão (-3,02%). Os futuros seguiram operando nos menores patamares desde julho, influenciados por perspectivas de uma demanda global menos expressiva em 2024, acompanhando também a tendência do petróleo – com o Brent recuando 3,85% na semana passada.
 
cAsset 3  GASOLINA
Derivado encerra outra semana em queda
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB operou em baixa, acumulando queda de 3,36%, cotado a USD 2,0498 por galão na sexta-feira (07). Além da deterioração dos preços do petróleo, a gasolina foi pressionada em meio a forte alta dos estoques do derivado nos EUA, com um consumo doméstico que segue desaquecido. No comparativo semanal, o diferencial da gasolina (RBOB) para o petróleo (WTI) retraiu cerca de 1,1%, totalizando USD 14,86 bbl.

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