Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 08/12 a 15/12/2023
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Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Dólar despenca e ativos de risco disparam após “inflexão” do Fed

A semana foi marcada pelo forte rali de ativos arriscados provocado, por sua vez, pela decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que mostrou que 17 das 19 autoridades que compõem o Comitê projetam juros mais baixos em 2024 e foi acompanhada por declarações de seu presidente, Jerome Powell, sinalizando a possibilidade de que os cortes de juros possam começar em breve, surpreendendo investidores. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em leve alta, encerrando a sessão desta sexta-feira (15) cotado a R$ 4,938, variação de +0,2% na semana, +0,5% no mês e de -6,5% no ano. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 102,5 pontos, recuo semanal de 1,4%, mensal de 0,9% e anual de 0,7%.

 
cAsset 2  SOJA
Soja volta a registar alta semanal em Chicago, após mais de um mês

Na semana passada, as cotações da soja em Chicago alternaram entre altas e baixas e encerraram o período no campo positivo, com o vencimento para janeiro terminando a sexta-feira (dia 15) em 1315,75 cents por bushel, ganhos de 0,9% no período. Essa foi a primeira alta semanal, após cinco semanas de perdas.
O andamento da safra da América do Sul continua no centro das atenções, com o clima no Brasil ainda preocupando. Após os últimos meses terem sido bastante secos em grande parte da região central e norte do país, enquanto o Sul continuou registrando grandes volumes de precipitação, o registro de chuvas em dezembro é acompanhado de perto. Tem chovido mais, em praticamente todo cinturão agrícola da soja, mas algumas áreas ainda apresentam volumes aquém do necessário e irregularidades, em meio a temperaturas muito elevadas, que intensificam o estresse sobre as plantas.

 
cAsset 1  MILHO

Milho volta a encerrar semana no campo negativo após dois avanços semanais consecutivos

Após duas semanas seguidas no campo positivo, os futuros do milho voltaram a registrar queda no comparativo semanal. O contrato com vencimento em março de 2024 encerrou a última sexta-feira (15 de dezembro) cotado a 483 cents/bu, recuo de 0,5% no comparativo semanal. Sem grandes novos direcionadores, demanda internacional por milho norte-americano e condições da safra sul-americana seguem como principais drivers. Ao contrário do que se viu em Chicago, os futuros do milho registraram fortes valorizações na B3, a terceira consecutiva no comparativo semanal. O janeiro/24 encerrou a última sexta-feira (15) cotado a R$ 73,29/sc, valorização de 2,6% na semana.

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Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Apesar de queda no óleo de soja, preço do biodiesel atinge maior nível desde abril

Os óleos vegetais fecharam a última semana em nova desvalorização, com os agentes ainda observando uma demanda mais lenta de maneira geral. O óleo de soja segue pressionado pelo mercado americano de biocombustíveis desacelerado, junto de uma oferta abundante confirmada pelo NOPA no final da última semana e previsões climáticas melhores para o Brasil para esta semana, terminando cotado a US¢ 50,0/lb, queda de 0,4%. Já o mercado da palma, apesar da expansão de 22% nas importações indianas em novembro e queda dos estoques pouco maior que o esperado na Malásia, foi influenciado pelas exportações malaias fracas em novembro e prévias de novas quedas em dezembro, recuando 1,4% para terminar cotado a USD 790,9/lb.

 
Asset 9  FERTILIZANTES
Momento de baixa para a ureia e o KCl

Entre 23 de novembro e 7 de dezembro, a ureia CFR valorizou US$ 31/ton, alcançando US$ 341/ton. Este novo patamar de preços assustou os importadores, que na última semana se retiraram do mercado e, com isso, fizeram o preço da ureia voltar a atuar em baixa. A expectativa é que os preços se mantenham enfraquecidos até a volta da demanda no hemisfério norte. A mesma coisa vale para os fertilizantes potássicos, que estão desvalorizando desde o final de agosto. Apenas nas últimas duas semanas, as perdas do KCl foram de US$ 18/ton. Entre os fertilizantes NPK, o único que destoa é o fósforo. Neste mercado, a oferta está mais restrita, o que acaba contrabalanceando a fraqueza da demanda e fazendo os preços ficarem estáveis.

 
Asset 12  PECUÁRIA
A semana termina com aumento de preços do Boi nas praças de São Paulo
Em meio a um cenário de aumento da demanda por carne no mercado interno, e vendas internacionais aquecidas, os preços do Boi comum se mantiveram firmes ao longo da semana. Diversas praças demonstraram um aumento das cotações, ainda que limitado, e poucas reduções de preço foram identificadas. Há, vale ressaltar, um aspecto que tem chamado a atenção da indústria: em diversas praças, as chuvas estão atrasadas, ou em volumes mais baixos do que os níveis registrados em 2022. A falta de chuvas, cumpre lembrar, prejudica a qualidade dos pastos, e isto pode dificultar a criação de animais fora do confinamento. Se este volume de chuvas se mantiver abaixo do esperado, trata-se de um fator que pode afetar negativamente a oferta de bois no primeiro semestre de 2024.  
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar termina a semana abaixo de US¢ 22,00/lb em Nova Iorque

Na última sexta-feira (15/12), o contrato com vencimento em março/24 do açúcar em Nova Iorque finalizou o pregão cotado a US¢ 21,99/lb, queda diária de 0,9%. Em relação à semana passada, as cotações apresentaram desvalorização de 5,9% para a primeira tela do NY#11, ou 137 pontos, após, no dia 06/dez, o açúcar entrar em relevante canal de baixa. Ainda nos últimos dias, as sessões continuam refletindo as notícias da Índia, onde o governo limitará a produção de etanol desviado do caldo de cana, o que, assim, coloca um potencial de aumento na fabricação do açúcar branco no país na faixa de 1,5-2,0 MMT. No dia 21 de novembro, o demerara havia atingido a sua máxima desde 2011, quando era precificado a US¢ 27,75/lb, com algumas sessões testando a região de US¢ 28,00/lb. Desde então, o março/24 cedeu quase 600 pontos, caindo 20,8% e chegando ao menor patamar desde o final de março deste ano.

A escalada do açúcar na virada de 2022 para 2023 até abril e as novas rodadas de alta observadas entre agosto e outubro foram episódios marcados por elevação das posições compradas dos agentes especulativos, e posterior manutenção desse posicionamento em níveis altos por um longo tempo. Em contrapartida, as quedas recentes no NY#11 vêm sendo impulsionadas pela retirada dessas posições, tendo os specs, em duas semanas (entre 29/nov e 12/dez) diminuído em mais de 116 mil lotes sua posição liquidamente comprada, que está em apenas 50 mil contratos segundo o CFTC (menor volume desde novembro do ano passado), o que deve ser um ponto de atenção daqui para frente.

Indicador do etanol hidratado em Ribeirão Preto (SP) cai novamente na semana
Na última sexta-feira (15), o indicador coletado pela StoneX com base nas usinas de Ribeirão Preto (SP) do etanol hidratado ficou em R$ 2,28/litro (com impostos), ou R$ 1,92/L líquido de impostos. Esse valor representa uma queda semanal de 4,6%, uma trajetória que se consolida desde novembro. No momento da safra 2023/24 do Centro-Sul, os estoques nas usinas permanecem acima da média, conjuntamente com um cenário de prolongamento da colheita e da oferta do produto. Além disso, as compras por parte das distribuidoras diminuíram o ritmo no mês passado, possivelmente refletindo uma demanda pelo consumidor final aquém do esperado, mesmo que o hidratado esteja desvalorizado e que a paridade se encontre ao redor de 62% no principal consumidor, o estado de São Paulo.
 
Asset 7  CAFÉ
Clima no Brasil promove um rali nos preços de café

Como foi antecipado em outras edições do relatório semanal de café, os impactos do El Niño e as condições climáticas no Brasil estão sendo o principal foco dos participantes do mercado. As condições de clima desfavoráveis ao desenvolvimento da safra 2024/25, como as temperaturas elevadas e o clima seco, alimentaram as preocupações dos agentes e suportaram os fortes avanços nos preços observados na última semana. 
No início da semana, mesmo com alguns modelos apontando para o retorno das chuvas na segunda metade do mês, a notícia de que uma nova onda de calor atingiria as regiões produtoras de café suportou um avanço de 695 pontos (3,9%) em Nova Iorque e de USD 96/ton (3,8%) em Londres apenas na sessão da segunda-feira (11). Os preços futuros seguiram avançando nas sessões seguintes, com destaque para a valorização observada na terça-feira (12) no terminal londrino, quando os preços de robusta avançaram mais USD 102/ton (3,9%). Apesar de não ser novidade, além das questões climáticas, os baixos níveis dos estoques certificados seguem sendo um fator positivo para as cotações. No balanço semanal, os preços futuros de café arábica avançaram 1215 pontos (6,9%), fechando a sexta-feira (15) cotado em US₵ 189,30/lb. Em Londres, os futuros de robusta avançaram USD 299/ton (11,8%) para USD 2825/ton.

 
Asset 5  CACAU
Apesar de entregas semanais continuarem abaixo das últimas safras, cotações de cacau recuam na semana
As cotações do contrato futuro de cacau mais ativo (março/24) na bolsa de Nova Iorque (ICE/US) recuaram 0,6% na última semana, com queda de US$ 27/ton, de US$ 4.271/ton para US$ 4.244/ton ao fim do pregão de sexta (15). A bolsa de Londres (ICE/Europe), por sua vez, também registrou queda de 0,6% para o contrato futuro equivalente entre os dias 08 e 15 de dezembro, indo de GBP 3.570/ton para GBP 3.549/ton, recuo de GBP 21/ton. Os preços do cacau recuaram ligeiramente em semana marcada por continuidade das entregas fracas e abaixo do registrado para os últimos anos, além de o harmatã — vento seco e poeirento que sopra do Saara em direção ao Atlântico e tende a prejudicar o desempenho das lavouras no Oeste Africano — ter dado seus primeiros sinais durante a atual temporada de estiagem.
 
Asset 6  ALGODÃO
Pluma apresenta movimento de queda na semana
Os contratos de algodão terminaram a semana em queda em Nova Iorque. O Março/24 acumulou uma queda de 1,9% na semana, encerrando a sexta-feira negociado a US¢79,93/lb. Alguns fatores podem ter feito maior pressão sobre o mercado, colaborando para o fechamento semanal negativo. O relatório de Vendas de Exportação dos EUA trouxe dados pouco animadores para a atividade exportadora do país norte-americano. O volume de novas vendas foi 50,4% menor no comparativo semanal e 76,53% abaixo da média-móvel de 4 semanas. O fato preocupa o mercado na medida em que demonstra uma demanda mundial ainda comprimida.  Além disso, as cotações de petróleo enfrentam um momento de baixa, mesmo tendo encerrado a última semana em ligeira alta. O contrato WTI encerrou a semana valorizando-se 0,28%, mas, ainda assim, os contratos registraram os menores valores em 5 meses na última semana, o que também pode ter pressionado o algodão.
 
Asset 8  PETRÓLEO
Petróleo termina semana em leve alta

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam alta de 0,94%, negociadas a USD 76,55 bbl na última sexta-feira (15) enquanto o WTI também registrou uma alta semanal de 0,28%, negociado em USD 71,43 bbl. Após sete semanas em queda, os futuros do petróleo conseguiram reverter parte das perdas e se afastarem das mínimas dos últimos seis meses registradas nas sessões anteriores. Fatores macroeconômicos positivos e perspectivas mais otimistas em relação a demanda global apoiaram a recuperação dos contratos, mas ainda se observa fundamentos baixistas que limitam um melhor desempenho da commodity, especialmente com as atualizações sobre a economia chinesa.

 
cAsset 3  DIESEL
Perspectivas macroeconômicas mais positivas sustentam derivado
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY HarborULSD operou em alta, terminando a sexta-feira (15) em USD 2,6208 por galão (+1,5%). Após duas semanas de queda, os preços do diesel ganham fôlego em meio a recuperação dos preços do petróleo e melhores perspectivas para a demanda global por combustíveis, conforme as falas mais recentes de representantes do Fedindicam uma proximidade do início dos cortes das taxas de juros nos EUA.
 
cAsset 3  GASOLINA
Contratos rompem com tendênciade queda pela primeira vez em dois meses
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB acumulou alta de 4,3%, cotado a USD 2,137 por galão na sexta-feira (15). Fatores macroeconômicos positivos apoiaram tanto a recuperação do óleo bruto quanto do derivado, o que contribui para a gasolina romper com a tendência de queda que se observava desde outubro.

 

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