Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 29/12 a 05/01/2024
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Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Dólar fecha semana em alta após dados econômicos mistos para os EUA

Assim como foi observado ao longo da maior parte de dezembro, o principal fator de influência no mercado cambial brasileiro na última semana seguiu sendo a movimentação das apostas em relação ao início dos cortes na taxa de juros dos Estados Unidos. O desempenho misto para os dados de nível de atividade e do mercado de trabalho divulgados nos últimos dias mantiveram as dúvidas quanto aos próximos passos do Federal Reserve, dado suporte ao dólar em relação à maioria das divisas globais. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em leve alta, encerrando a sessão desta sexta-feira (05) cotado a R$ 4,872, variação de +0,4% na semana. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 102,4 pontos, próximo da estabilidade em relação ao fechamento da semana anterior.

 
cAsset 2  SOJA
Soja na CBOT começa 2024 em queda, reagindo a chuvas no Brasil

A primeira semana de 2024 foi de baixa para as cotações da soja em Chicago. O vencimento para março terminou a sexta-feira (dia 05) em 1256,25 cents por bushel, queda de 3,6% no período. A ocorrência de chuvas mais significativas e generalizadas em grande parte da região produtora de soja no Brasil foi o principal condicionante dessas perdas. Desde a última semana de dezembro, tem chovido de maneira mais intensa, o que alivia as condições de seca enfrentadas pelas lavouras. Mesmo assim, destaca-se que essa melhora na umidade deve impactar principalmente o que foi plantado mais tarde. A despeito dos atrasos, a soja plantada logo no início do ciclo, a partir de meados de setembro, sofreu com chuvas abaixo do normal desde então e com temperaturas elevadas e ondas e calor.

 
cAsset 1  MILHO

Apesar de preocupação com safra brasileira, Milho finaliza primeira semana de 2024 no campo negativo em Chicago

Os futuros do milho finalizaram a primeira semana de 2024 no campo negativo em Chicago. Apesar da preocupação com a safra de inverno 2023/24 do Brasil, os fracos volumes de vendas de exportação e embarques dos EUA pesaram mais sobre o mercado. A pressão baixista recebeu apoio também das boas perspectivas para a safra de milho da Argentina e da desvalorização observada nos preços internacionais do trigo. O Março/24 do milho finalizou a última sexta-feira, 5 de janeiro, cotado a 460,75 cents/bu, o menor fechamento registrado pelo contrato desde que começou a ser operado. Ao contrário do que foi observado em Chicago, a primeira semana do ano foi marcada por valorizações nos futuros do milho na B3. Se a preocupação com a safrinha 2023/24 não teve força suficiente para impulsionar as cotações na CBOT, o mesmo não se pode dizer para a bolsa brasileira. O janeiro/24 encerrou a última sexta-feira cotado a R$ 72,77/sc, valorização de 2,3% na semana.

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Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Óleos vegetais fecham primeira semana do ano com desvalorização

Os óleos vegetais terminaram a última semana pressionados em suas principais bolsas de negociação, ainda influenciados principalmente pelo desempenho mais fraco na demanda das matérias-primas para a produção de biocombustíveis, que se estende para este início de ano. Os preços do óleo de soja, também afetados negativamente pela expectativa de oferta ampla em 2024, terminaram a semana em desvalorização de 1,1%, cotado a US¢ 47,6/lb. Já o óleo de palma, marcou retração semanal de 2,4%, terminando o período cotado a USD 794,4/t. Uma pesquisa da agência Reuters revelou na última semana uma expectativa de queda nas exportações da Malásia para a próxima semana, no entanto, também projetam retração na produção e estoques do país, o que contribuiu para dar algum suporte à commodity desde o final da última semana.

 
Asset 9  FERTILIZANTES
Nitrogenados podem ter alcançado o fundo do poço; fosfatados seguem estáveis; potássicos estão desvalorizando

Neste início de 2024, a classe de fertilizante cujo sentido dos preços está mais claro é a dos potássicos. Estes fertilizantes estão desvalorizando em todo território brasileiro, já que a demanda global por KCl está em um período de fraqueza sazonal. Já para os nitrogenados e fosfatados, o cenário é um pouco mais incerto. Olhando para as tabelas abaixo, percebemos nas linhas de variação semanal e mensal que esses fertilizantes têm alternado ganhos e perdas. Para os nitrogenados, o cenário é o seguinte: eles desvalorizam muito no final de 2023 devido à fraqueza da demanda no mercado internacional, mas estabilizaram/tiveram uma pequena reação neste início de 2024, indício de que os preços podem ter alcançado o fundo do poço. Para os fosfatados, temos os preços de importação praticamente não variando nos últimos dois meses, mantendo-se na casa dos R$ 560/ton CFR. Neste sentido, a alternância entre ganhos e perdas para MAP, TSP e SSP está relacionada apenas a flutuações nos custos de internalização.

 
Asset 12  PECUÁRIA
A semana termina com aumento de preços do Boi nas praças de São Paulo
As exportações de carne bovina apresentaram um volume recorde no último mês de 2023. Em dezembro do ano passado, foram 208 mil toneladas de carne vendidas, o que corresponde a um novo recorde das vendas internacionais do Brasil. Uma situação semelhante foi observada para o volume total exportado ao longo de 2023. Foram 2 milhões de toneladas vendidas ao exterior, o que também corresponde a um novo recorde para o total exportado em um ano. Vale lembrar que, em meados de 2023, o Brasil registrou um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), e isto resultou numa suspensão temporária das vendas ao mercado chinês. 
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar interrompe sequência de quedas e termina a semana em alta

Na última sexta-feira (05), o contrato de março/24 do açúcar bruto em Nova Iorque fechou em alta de 3 pontos no dia e de 2,6% na semana, cotado a US¢ 21,11/lb, interrompendo 8 semanas seguidas de queda. Os últimos dias têm sido voláteis ao longo das sessões, com indefinição da trajetória de preços no curto prazo. Hoje, por exemplo, as cotações caíam até metade do pregão, que passou por forte pressão de compra e terminou em leve alta. Após as quedas observadas em dezembro, quando o NY#11 cedeu mais de 500 pontos, os contratos vão se recuperando neste início de 2024, em movimento de correção. Na Ásia, embora a Índia tenha mudado a política de etanol, podendo ofertar mais açúcar, os fatores continuam mais altistas uma vez que as safras indiana e tailandesa devem ser menores em 2023/24 (out-set). Por outro lado, o prolongamento da safra no Centro-Sul brasileiro até dezembro e a as chuvas abaixo da média no último mês de 2023 proporcionaram maiores volumes de produção de exportações no período, argumento baixista relevante neste momento. Segundo os dados parciais do SECEX, o Brasil exportou 3,8 milhões de toneladas de açúcar em dezembro/23, recorde mensal no ano e melhor dezembro na história.

Etanol hidratado em Ribeirão Preto (SP) continua operando ao redor de R$ 2,30/litro
Na última sexta-feira (05), o etanol hidratado com base nas usinas de Ribeirão Preto continuou operando ao redor de R$ 2,30/litro (com impostos). Após a forte queda no preço médio de dezembro, pelos acúmulos de estoque nas usinas do Centro-Sul, é possível que a entressafra (até o início antecipado e esperado da temporada 2024/25 em março) deve elevar os preços de oferta pelas comercializadoras, em um cenário de paridade em 60% no estado de São Paulo na última semana de 2023.
 
Asset 7  CAFÉ
Após avanços em 2023, futuros de café devem enfrentar incertezas e volatilidade em 2024

Marcado pela volatilidade, os preços futuros de café terminaram o ano de 2023 com importantes avanços, com destaque para as cotações de café robusta em Londres. Em Nova Iorque, os preços futuros de café arábica apresentaram um incremento de 13% no balanço anual, fechando o ano cotado em US₵ 188,30/lb. Em Londres, os preços futuros de café robusta tiveram um incremento ainda mais acentuado, com os preços futuros avançando quase 58%, fechando o ano cotado em USD 2.841/ton. No mercado brasileiro, os preços terminaram o período com resultados mistos, com o indicador para o arábica apresentando um leve recuo enquanto o indicador para o café robusta avançou. Em 2024, a volatilidade continuará sendo uma das principais características das movimentações dos preços de café. Um conjunto de fatores poderão impactar os preços ao longo dos próximos meses, como as expectativas para a produção no Brasil, o clima, os estoques certificados entre outros. Com relação ao balanço de oferta e demanda (O&D), de forma geral, a expectativa é de que 2024/25 seja um ano com um balanço de O&D menos apertado que o dos anos anteriores.

 
Asset 5  CACAU
Futuros de cacau registram resultados mistos nas principais bolsas
Os contratos futuros de cacau com vencimento mais próximo (contratos mais ativos) registraram resultados mistos nas principais bolsas de negociação durante a última semana, repercutindo dados econômicos da zona do euro, ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve e o clima no Oeste Africano. Na bolsa de Nova Iorque (ICE/US), contrato com vencimento em março de 2024 apresentou avanço de 0,2% entre os dias 29 de dezembro e 05 de janiero, indo de US$ 4.196/ton para US$ 4.204/ton. O contrato equivalente negociado na bolsa londrina (ICE/Europe), por sua vez, reportou desvalorização de GBP 12/ton, recuando de GBP 3.506/ton para GBP 3.494/ton ao fim do pregão da última sexta (05), encerrando a semana com variação de -0,3%.
 
Asset 6  ALGODÃO
Pluma inicia ano em queda
Na primeira semana do ano, finalizada no último dia 5, os contratos de algodão registraram novas baixas. Encontrando alguma resistência na barreira dos US¢80/lb, o Março/24 encerrou a semana sendo negociado a US¢80,19/lb (-1,00%). Em período pouco movimentado, os preços da pluma seguiram em alguns momentos a trajetória do petróleo; no entanto, a recuperação expressiva do WTI não foi suficiente para dar muitos suportes ao algodão. Além disso, a semana foi marcada por dados mais fracos de vendas de exportação e carregamentos nos EUA. Ainda assim, os dados enfraquecidos já eram esperados, uma vez que eram relacionados a uma semana comumente mais morna, que é a semana entre o Natal e o Ano Novo. O mercado varia ainda sem direção definida, conforme o mercado aguarda novos dados relacionados aos fundamentos do algodão, como por exemplo o WASDE, a ser publicado na sexta-feira (12/jan).
 
Asset 8  PETRÓLEO
Petróleo termina semana em leve alta

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam alta de 0,47%, negociadas a USD 78,76 bbl na última sexta-feira (05) enquanto o WTI também registrou uma recuperação semanal mais expressiva de 2,84%, negociado em USD 73,81 bbl. A primeira semana do ano foi marcada pelas tensões no Oriente Médio, com episódios envolvendo o Mar Vermelho, o Irã e a Líbia oferecendo suporte para as cotações do óleo bruto. Apesar dos riscos geopolíticos na região, os agentes também avaliaram a possível desaceleração do consumo global, o que limitou maiores ganhos dos futuros. Ademais, os contratos do Brent iniciam essa segunda-feira (08) em queda, conforme a revisão dos preços de contratos da Saudi Aramco indicam um cenário menos positivo do consumo asiático.

 
cAsset 3  DIESEL
Combustível encerra semana em alta
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY HarborULSD operou em alta, terminando a sexta-feira (05) em USD 2,6085 por galão (+2,04%). O movimento foi influenciado pela alta dos futuros do petróleo, bem como um aumento acima do antecipado do PMI industrial de algumas regiões e queda dos estoques na Europa. No entanto, a forte alta das reservas nos Estados Unidos limitou os avanços dos contratos. No Brasil, as importações do derivado em dezembro superaram os resultados de 2022.
 
cAsset 3  GASOLINA
Importações brasileiras de gasolina em 2023 são menores
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB se manteve estável, acumulando alta de 0,1%, cotado a USD 2,039 por galão na sexta-feira (05). A alta expressiva dos estoques do derivado nos EUA trouxe fortes pressões às cotações, que foram revertidas em meio ao fortalecimento dos preços do petróleo ao longo da semana.

 

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