A semana foi marcada pela divulgação do Produto Interno Bruto americano para o quarto trimestre mais forte que o antecipado juntamente com dados inflacionários moderados, o que acabou por reforçar as percepções de que o país caminha para um pouso suave, embora não tenha modificado as apostas de que o Federal Reserve não deva começar a cortar juros antes de maio. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em baixa, encerrando a sessão desta sexta-feira (26) cotado a R$ 4,911, variação de -0,3% na semana, +1,2% no mês e +1,2% no ano. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 103,2 pontos, ganho semanal de 0,2%, mensal de 2,2% e anual de 2,2%.
As cotações da soja em Chicago começaram a semana anterior em alta, mas voltaram a cair, encerrando o período com leves perdas. O vencimento para março fechou a sexta-feira (dia 26) em 1209,25 cents por bushel, queda semanal de 0,3%.
Entre os principais fatores que influenciaram esse movimento, destacam-se o andamento e as previsões climáticas para a safra da América do Sul, as perspectivas para a safra nova dos EUA e preocupações pelo lado da demanda.
Milho termina semana estável, após mais de um mês de baixa em Chicago
Após seis semanas consecutivas com os futuros do milho finalizando o período no campo negativo, o cereal terminou a semana passada em torno da estabilidade em Chicago. O contrato com vencimento em março de 2024 encerrou a última sexta-feira (26) cotado a 445,5 cents/bu, avanço de 0,2% no comparativo semanal, com a safra da América do Sul no centro das atenções. Similarmente ao observado em Chicago, os futuros do milho no Brasil também terminaram a última semana em torno da estabilidade, comportamento que respondeu a fatores técnicos após as fortes perdas acumuladas desde o início de 2024. O Março/24 encerrou a última sexta-feira cotado a R$ 65,15/sc, leve queda de R$ 65,40/sc na semana. O plantio da safrinha está mais adiantado que no ano passado, de acordo com a StoneX.
O óleo de soja terminou em desvalorização na bolsa de Chicago na última semana, influenciado pelo sentimento de ampla oferta tanto no curto prazo, com a divulgação de esmagamento recorde nos EUA em dezembro, quanto no médio prazo, com melhores previsões de clima aliviando o temor com uma quebra severa na safra brasileira de soja, enquanto a Argentina deve registrar grande produção. O óleo recuou 2,8% na semana, cotado a US¢ 46,9/lb. Já o óleo de palma terminou a sua segunda semana com desempenho positivo, com dados mais fracos para produção e estoques na Malásia ainda pesando, enquanto os dados oficiais da Índia mostraram que em dezembro o país registrou o maior volume de óleo de palma importado em 4 meses. O óleo de palma fechou cotado a USD 839,4/t, valorização semanal de 1,1% e atingindo seu maior nível desde o início de dezembro.
Cada um dos tipos de fertilizantes está variando de uma maneira. Os nitrogenados estão valorizando, movimento iniciado com o resultado do leilão indiano e que agora ganhou força devido a problemas de oferta no Oriente Médio e no Sudeste Asiático. Já os fosfatados seguem em estabilidade, com nenhuma narrativa conseguindo se estabelecer. Por fim, os potássicos seguem desvalorizando, resultado da fraqueza da demanda e dos estoques elevados no Brasil e na China, dois dos principais consumidores de KCl do mundo.
O açúcar operava em alta significativa até a quarta-feira da última semana, quando o contrato de março/24 do NY#11 fechou acima de US¢ 24,00/lb. Mesmo as notícias recentes de que a Índia poderia produzir mais açúcar do que se esperava no final do ano não pareceu impactar os preços imediatamente, uma vez que, além das incertezas que rondam a safra indiana, há a possibilidade de que uma surpresa positiva em termos de moagem possa aumentar as cotas destinadas à fabricação de etanol, e não ao açúcar branco. Contudo, após a divulgação de ontem dos dados da UNICA para a primeira quinzena de janeiro, o contínuo do demerara entrou em relevante canal de baixa eliminando praticamente todos os ganhos da semana. Na última sexta (26), o NY#11 finalizou o pregão cotado a US¢ 23,77/lb, queda diária de 23 pontos, mas registrando leve alta de 0,84% frente à semana passada.
Na última semana, os preços futuros de café estenderam a tendência positiva terminando o período com grande valorização tanto em Nova Iorque como o Londres. No entanto, o destaque segue sendo o café robusta, cuja oferta está limitada devido aos problemas gerados pelo El Niño na Indonésia e no Vietnã, o que comprometeu parte da produção destes países. Em Nova Iorque, os preços futuros de café arábica tiveram um avanço de 870 pontos (4,7%) para o contrato mais ativo, que terminou o período cotado em US₵ 193,85/lb. Para o café robusta, os preços em Londres avançaram USD 141/ton (4,5%), fechando a semana cotado em USD 3269/ton.
Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam alta de 6,35%, negociadas a USD 83,55 bbl na última sexta-feira (26). Os futuros do Brent atingiram o maior valor em oito semanas no último período, consolidando uma tendência de alta dos preços após os contratos operarem praticamente lateralizados pela maior parte de janeiro. Diversos fatores contribuíram para esse resultado, do lado macroeconômico se teve notícias mais positivas dos Estados Unidos e China, enquanto o estresse no Mar Vermelho e ataques a refinarias russas também influenciaram a alta dos futuros.
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