Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 26/01 a 02/02/2024
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Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Dólar se mantém em alta pelo mundo após FOMC e payroll afastarem possibilidade de cortes em março

A semana foi marcada pela decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed), que afastou a possibilidade de cortes de juros enquanto o Comitê não possuir maior confiança de que a inflação está caminhando sustentadamente em direção à meta de 2% ao ano. As perspectivas de cortes de juros se distanciaram ainda mais após a divulgação de dados fortes para o emprego americano em janeiro, o que deve reforçar a postura cautelosa do Fed. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em baixa, encerrando a sessão desta sexta-feira (02) cotado a R$ 4,911, variação de -0,3% na semana, +1,2% no mês e +1,2% no ano. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 103,2 pontos, ganho semanal de 0,2%, mensal de 2,2% e anual de 2,2%.

 
cAsset 2  SOJA
Fatores baixistas continuam predominando e soja tem mais uma semana de queda

A semana passada foi mais uma vez de queda para as cotações da soja em Chicago, com o vencimento para março encerrando a sexta-feira (dia 02) em 1188,5 cents por bushel, queda de 1,7% no período. Apesar de mais uma queda semanal, houve pregões com resultados positivos, mas, de qualquer maneira, os fundamentos que estão pesando sobre os preços, como a safra argentina compensando as perdas no Brasil e preocupações pelo lado da demanda, continuaram presentes.

 
cAsset 1  MILHO

Mesmo com clima adverso na Argentina recentemente, futuros do milho encerram semana no campo negativo

Os futuros do milho encerraram a última semana em baixa na CBOT, com o Março/24 finalizando a última sexta-feira (2) cotado a 442,75 cents/bu, recuo de 0,8% no comparativo semanal. Mesmo com a ocorrência de um clima adverso na Argentina recentemente, perspectivas para a produção no país seguem otimistas. Da mesma maneira que em Chicago, os futuros do milho também recuaram no Brasil na última semana. O Março/24 encerrou a última sexta-feira cotado a R$ 64,17/sc, desvalorização de 1,5% na semana.  

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Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Óleos vegetais marcam forte retração na semana

Na bolsa de Chicago, o óleo de soja encerrou a semana cotado a US¢ 45,2/lb, queda semanal de 4,7%, influenciado pelas expectativas positivas para a produção sul-americana, principalmente a recuperação na Argentina e por uma demanda lenta nos Estados Unidos, com a forte desvalorização dos RINs minando as margens das biorefinarias para a produção do biodiesel e diesel renovável.

Asset 9  FERTILIZANTES
Tendências distintas para os fertilizantes no Brasil: ureia em alta, MAP estável e KCl em baixa

Os fertilizantes nitrogenados seguem valorizando no mercado internacional. Se no início do ano foi o resultado do leilão indiano o principal responsável pelos ganhos, agora são os problemas de oferta na Ásia quem impulsiona as cotações, com China, Malásia, Indonésia e Irã exportando menos que o esperado. Já os fosfatados seguem andando de lado, com nenhuma tendência conseguindo se estabelecer. Por fim, o KCl teve uma semana de estabilidade, mas, analisando numa perspectiva mais ampla, é possível afirmar que este fertilizante está em um período de baixa, com os estoques elevados na China e no Brasil pressionando negativamente as cotações.

 
Asset 12  PECUÁRIA
A semana terminou com uma ligeira queda para o preço do Boi comum em SP
Ao longo da semana, houve relatos de que os frigoríficos estavam tentando impor perdas para os preços do Boi gordo no mercado físico. Entretanto, essa pressão baixista, que rondava o mercado do boi, foi apenas parcialmente bem-sucedida. Em algumas praças determinadas de São Paulo, como Araçatuba (SP), houve uma ligeira diminuição dos preços, e isto é um sinal de que o momento não favorece teses altistas. Entretanto, fora de São Paulo, outras praças, como Cuiabá e Goiânia, tiveram pequenos aumentos de preço.  Não é possível identificar, portanto, uma tendência clara para os preços do boi neste momento. Ao longo de boa parte do mês de janeiro, houve relatos de fraqueza no consumo de carne e frigoríficos fora das compras, mas isto não foi o suficiente para impor perdas significativas para o preço do boi comum.
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar demonstra pregão misto na semana, influenciado pelo contexto macroeconômico

Na última semana, os preços do açúcar bruto e branco demonstraram um comportamento misto em suas principais bolsas de negociação, alternando entre pregões de alta e baixa na semana. Considerando a variação acumulada desde a última sexta-feira (26/01), o contrato mais ativo do açúcar bruto #11 (SBH24) registrou uma apreciação de 0,5%, finalizando a data de escrita deste relatório (02/02) na casa de US¢ 23,89/lb. Para o branco #5, a movimentação foi mais baixista, registrando retração de 1,1% no mesmo período e finalizando a semana na marca de US$ 646,9/ton para o contrato mais ativo (SWK24). Como fatores de movimentação na semana, vale destacar o impacto da “Super Quarta” nos mercados futuros, evento marcado pela decisão de política monetária de uma série de bancos centrais. Como destaque, nos Estados Unidos, a decisão de manutenção da taxa de juros teve certo impacto baixista sobre a maioria das commodities – com ênfase para o petróleo Brent, que retraiu 7,1% na semana. Pelo lado dos fundamentos de safra, as atenções seguem voltadas pra Índia, onde a política do governo em relação ao desvio de açúcar para a produção de etanol tem trazido incerteza para o mercado.

Precificação do etanol segue escalando no mercado spot de São Paulo
Segundo indicações captadas na última sexta-feira (02), os preços do etanol hidratado comercializado pelas usinas no estado de São Paulo terminam esta semana na marca de R$ 2,65/L, mantendo a alta registrada nas últimas semanas para o biocombustível, que viu uma valorização de 35 centavos desde a mínima de R$ 2,20/L para o biocombustível, atingida em meados de janeiro/24. Neste contexto, a entressafra tem desempenhado um papel importante no suporte ao biocombustível, assim como o aumento do ICMS da gasolina ocorrido no início de fevereiro.
 
Asset 7  CAFÉ
Futuros de café terminam a semana com leve queda

Na última semana, os preços futuros de café apresentaram uma leve queda para os primeiros contratos, mas um avanço para os contratos mais distantes. As sessões da última semana foram consideradas com uma atividade leve, com predominância dos agentes especulativos. No período não houve mudanças no ponto de vista dos fundamentos. O contrato de março em Nova Iorque apresentou um recuo de 190 pontos (1,0%) fechando a sexta-feira (02) cotado em US₵ 191,95/lb. Em Londres, o contrato de março apresentou queda de USD 32 (1,0%) para USD 3237/ton. A alta de 1,1% no dólar na semana, para USDBRL 4,97, também contribuiu para pressionar os preços de café. No mercado doméstico brasileiro, os preços de café refletiram a alta do dólar e terminaram a semana com leve valorização. O indicado Cepea para o café arábica apresentou um avanço de 0,4% e o indicador para o café robusta teve um avanço de 1,4%.

 
Asset 5  CACAU
Cotações de cacau apresentam avanço com ampliação de preocupações em relação à safra intermediária
Durante a última semana, o contrato futuro de cacau com o segundo vencimento mais próximo (Maio-24) registrou fortes ganhos nas principais bolsas em função dos resultados positivos de vendas das empresas do setor de chocolates, indicando demanda resiliente apesar da escalada de preços da amêndoa nos últimos meses, e da ampliação de perspectivas negativas para a safra intermediária no Oeste Africano. Na bolsa de Nova Iorque (ICE/US), contrato de vencimento em maio observou um avanço de 7,0% entre os dias 26 de janeiro e 02 de fevereiro, representando aumento de US$ 324/ton, de US$ 4.601/ton para US$ 4.925/ton. O contrato de expiração equivalente negociado na bolsa de Londres (ICE/Europe), por sua vez, reportou valorização de GBP 294/ton, avançando de GBP 3.679/ton para GBP 3.973/ton ao fim do pregão da última sexta (02), de modo que a semana foi encerrada na bolsa londrina com variação de 8,0%. 
 
Asset 6  ALGODÃO
Algodão encerra semana em leve queda
O algodão continuou em sua trajetória de alta mais uma semana. No período encerrado na última sexta-feira (02), o contrato com vencimento mais próxima da pluma acumulou uma alta semanal de 3,25%, fechando a US¢87,11/lb. Os principais fundamentos que garantiram essa alta foi a continuidade de bons volumes de vendas de exportação e carregamentos dos EUA, o que garante uma demanda mais consistente na safra corrente. Ainda, o mercado especula novidades que podem ser apresentados no próximo WASDE, que será publicado na quinta-feira (08), com alguns agentes esperando novos cortes na produção dos EUA na safra 2023/24. Embora não devam ser cortes significativos, o balanço interno já apertado no país norte-americano amplifica os efeitos desse movimento. É claro que isso ainda trata de expectativas, cabendo ao relatório de sexta-feira trazer um cenário mais concreto. No mais, o aumento da posição liquidamente comprada dos agentes especuladores em Nova Iorque, conforme reportado pelo CFTC, também pode estar repercutindo nas cotações.
 
Asset 8  PETRÓLEO
Petróleo acumula forte queda semanal

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 7,44%, negociadas a USD 77,33 bbl na última sexta-feira (02) enquanto o WTI também registrou uma queda semanal de 7,35%, negociado em USD 72,28 bbl. A semana passada foi marcada por uma série de fundamentos baixistas que influenciaram as cotações do petróleo, fazendo com que os futuros revertessem quase todos os ganhos de janeiro em apenas três sessões. Entre os fatores, destaca-se rumores de um cessar-fogo em Gaza, além do aumento não antecipado dos estoques de petróleo nos EUA e dados macroeconômicos menos positivos da economia chinesa.

 
cAsset 3  DIESEL
EUA segue sofrendo com baixa oferta e demanda fragilizada
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY Harbor ULSD encerrou o período em forte queda, de 6,5%, terminando a sexta-feira (05) em USD 2,660 por galão. O derivado acompanhou a deterioração dos preços do petróleo, em meio as perspectivas macroeconômicas menos positivas e boatos sobre um possível cessar-fogo entre Israel e Hamas.
 
cAsset 3  GASOLINA
Combustível reverte ganhos da semana anterior
NNa última semana, o contrato mais ativo do RBOB acumulou forte queda, de 6,4%, cotado a USD 2,1475 por galão na sexta-feira (02) – atingindo o menor patamar em três semanas. O combustível acompanhou a tendência do petróleo, conforme expectativas macroeconômicas menos positivas para Estados Unidos e China, além de fatores geopolíticos no Oriente Médio também influenciaram a queda dos contratos. No Brasil, o aumento do ICMS deve encarecer a gasolina para o consumidor final.

 

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