Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 12/07 a 19/07/2024
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Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Taxa de câmbio volta ao patamar de R$ 5,60 em meio a percepção de riscos fiscais no Brasil

A moeda e os ativos brasileiros foram bastante penalizados nesta semana, marcada por elevada desconfiança dos agentes no comprometimento do governo com o atingimento das metas fiscais e por maior percepção de riscos geopolíticos no exterior, após declarações do ex-presidente Donald Trump e de seu vice, J. D. Vance, na corrida pela Casa Branca. Apesar da consolidação nas apostas por um corte de juros pelo Federal Reserve em setembro, fator que contribui com a desvalorização da moeda americana, o cenário político dos EUA e o movimento de pares do dólar, como o euro, a libra esterlina e o iene, acabaram sendo elementos dominantes na formação das cotações no mercado de câmbio. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em alta, encerrando a sessão desta sexta-feira (19) cotado a R$ 5,605, avanço semanal de 3,2%, mensal de 0,25%, e alta anual de 15,5%. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 104,38 pontos, variação de +0,3% na semana, -1,4% no mês e de +3,0% no ano.

 
cAsset 2  SOJA
Soja recua mais uma vez em vista de safra favorável nos EUA  

Na semana passada, o contrato dasoja para agosto terminou negociado a 1097,25 cents por bushel em Chicago, recuo de 0,7%; os vencimentos mais acentuados registraram baixa mais significativas. O mercado segue sendo influenciado por condições favoráveis nas lavouras norte-americanas, que estão em condições boas/excelentes em 68% de sua extensão, 8 pontos percentuais acima da média dos últimos 5 anos. O fato, somado a uma demanda que não surpreende, tem pesado sobre as cotações da oleaginosa. No Brasil, a comercialização segue mais lenta, de acordo com os dados mais recentes da StoneX, mesmo com o incentivo do real mais fraco nos últimos tempos.

 
cAsset 1  MILHO

Milho se mantém pressionado em Chicago

Na última sexta-feira, os futuros do milho recuaram em Chicago. No encerramento da semana, o contrato de setembro desvalorizou 2,9%, ficando cotado a 390,5 cents/bu. A perspectiva de produtividade elevada nos EUA, em meio a um clima favorável continua sendo o principal direcionador de preços. No Brasil, no entanto, o cenário é diferente, com o milho na B3 sendo negociado a R$ 59,14/sc no encerramento da última sexta-feira, uma alta semanal de 1,4%. Por aqui, o que vem influenciando os preços é principalmente a comercialização atrasada que, somado a um fortalecimento do dólar, vem servindo de suporte aos preços internos.

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Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Demanda aquecida suporte óleo de palma na semana. Óleo de soja fecha em leve queda

Os óleos vegetais terminaram a última semana com resultados mistos em suas principais bolsas de negociação. O óleo de soja, que esboçou uma recuperação semanal em meio a dados de esmagamento e estoques abaixo do esperado nos Estados Unidos, foi pressionado na tarde da sexta-feira em meio a uma queda do petróleo e diversas commodities, com a tela de ago/24 terminando cotado a US¢ 46,6/lb, queda de 0,2% na semana. O óleo de palma, por sua vez, recebeu suporte da percepção de demanda mais aquecida nos principais países importadores, com a tela de set/24 registrando um avanço semanal de 2,4%, cotado a USD 857,0/t. 

 
Asset 9  FERTILIZANTES
Pequena queda para preços da ureia, aumento para cotações de fosfatados

No mercado brasileiro, os investidores estão cautelosos, e, desde a semana passada, houve uma pequena desvalorização para os preços da ureia no Brasil. A Índia concluiu a sua licitação, e, com um volume adquirido menor do que o esperado, ainda há dúvidas sobre as perspectivas no segmento de nitrogenados. No mercado de fosfatados, foi registrado um aumento para os preços do MAP e do TSP, o que é um reflexo da demanda aquecida no Brasil, e de uma reduzida disponibilidade de mercadorias para os compradores do segmento. Por fim, o cloreto de potássio teve uma redução das cotações, após as notícias de que a China e a Índia concluíram as negociações de seus contratos de importação.

 
Asset 12  PECUÁRIA
Oferta mais enxuta de animais terminados traz movimento de alta para preço do boi
Os preços do boi gordo estão mais valorizados no mercado físico. A oferta de animais terminados, agora mais enxuta, tem resultado num crescimento dos preços, e, dessa forma, frigoríficos tem pagado mais caro pela matéria prima. As exportações seguem aquecidas, indicando que o mercado externo continua uma fonte importante de demanda para a produção do Brasil. No entanto, no atacado e no varejo, a demanda não impressiona, apesar da recuperação dos preços da carcada no atacado paulista nos últimos dias. Vale lembrar que, no segundo semestre do ano, as exportações brasileiras costumam a aumentar, e, assim, as perspectivas são positivas para as vendas externas nos próximos meses.      
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar tem semana de grande recuperação devido às preocupações com a safra brasileira

Na última semana, os preços do açúcar bruto e branco registraram uma semana de retração nos mercados futuros. Os contratos mais ativos do bruto e branco registraram quedas de 2,8% e 3,3%, finalizando esta sexta-feira (19) em US¢ 18,66/lb e 541,2/ton, respectivamente. Influenciando o mercado, segue pesando sobre as cotações o bom avanço das chuvas de monções na Índia. Números do relatório de posição dos agentes no mercado futuro do açúcar bruto (CFTC) indicam que a posição líquida dos especuladores no mercado futuro reduziu 80% na semana até a última terça-feira (16), finalizando o período em 1.381 contratos, indicando maior cautela nas apostas altistas do mercado. A incerteza com relação à safra 24/25 do Centro-Sul também segue fazendo preço, até o final de junho, a região registrava um crescimento de 15,7% na produção de açúcar em relação ao mesmo período da safra recorde 2023/24 (abr-mar).  

Dinâmica dos preços do etanol na semana    
Ao longo da última semana, os preços do etanol hidratado negociado com base nas usinas de Ribeirão Preto, SP registrou recuo após atingir sua máxima em 14 meses ao final em 11/07 (R$ 3,25/L). Após a forte escalada, impulsionada por um reajuste de R$ 0,20/L nos preços da gasolina A e pela elevada demanda nas bombas, os preços cederam até a marca R$ 3,10/L – Diante de uma redução do volume de negócios pela saída das distribuidoras do mercado, em resposta ao aumento nos preços. Dessa forma, diante dos fundamentos de crescimento sazonal da oferta, os preços do biocombustível parecem ter encontrado uma barreira no curto prazo.   
 
Asset 7  CAFÉ
Preços futuros de café recuaram na semana 

A última semana foi marcada por uma retração nos preços de café em suas principais bolsas de negociação, em um movimento que ocorreu principalmente por uma correção técnica, após as fortes altas registradas na semana anterior. O contrato de setembro/24 do café arábica em Nova Iorque terminou o período cotado a US¢ 238,2/lb, queda semanal de 3,5%. Em Londres, a tela equivalente para o café robusta encerrou o período cotada a USD 4355/t, em retração semanal de 5,7%. No mercado doméstico, o indicador CEPEA para o café arábica encerrou o período cotado a R$ 1.430,13/saca, queda de 2,1%. O indicador para o café robusta fechou a R$ 1.292,34/saca, retração de 1,0%.

Destacou-se também o impacto da desvalorização taxa de câmbio no mercado brasileiro, com a moeda brasileira recuando em meio à elevada desconfiança dos agentes em relação ao comprometimento do governo com as metas fiscais no país, junto das incertezas políticas no exterior com a aproximação das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Nesse cenário, o dólar encerrou a semana em alta no mercado interbancário brasileiro, encerrando a última sexta-feira (19) cotado a R$ 5,605, avanço semanal de 3,2%. A alta do dólar contribuiu para pressionar as cotações de café na bolsa de NY, uma vez que contribui para elevar as cotações do café precificado no mercado doméstico brasileiro, estimulando a oferta no mercado local.

 
Asset 5  CACAU
Cacau registra perdas em meio à interpretação dos dados de moagem e semana de queda para a maioria das commodities    

Durante a última semana, entre os dias 15 a 19 de julho, os preços nos mercados futuros de cacau inverteram a tendência de alta das duas semanas anteriores e registraram variação semanal negativa. O contrato mais ativo em Nova Iorque (vencimento em setembro, CCU24) apresentou uma queda de 7,6%, enquanto em Londres, o contrato equivalente caiu 7,2%. Esse período foi marcado também pelo encerramento do contrato de julho, na terça-feira (16). A principal notícia da semana, no dia 18/07, foi a divulgação dos dados de moagem faltantes para os principais países consumidores de cacau no segundo trimestre de 2024, complementando a visão sobre a demanda pelo produto no período. Na semana anterior, haviam sido divulgados os dados referentes à Europa e Brasil, enquanto no dia 16/07 foram apresentados os dados referentes à Costa do Marfim e no dia 18/07 os referentes à América do Norte e Ásia. Esses dados são cruciais para o mercado, pois representam o principal indicador de demanda pelo produto com impacto sobre as estimativas de saldo global e projeções de preços futuros.

 
Asset 6  ALGODÃO
Algodão termina semana em queda  
Os contratos para dezembro/24 da pluma encerraram a sessão da última sexta-feira (19) negociados a US¢70,62/lb, um recuo de 0,8% na semana. O fator que vem exercendo pressão baixista sobre o mercado continua sendo a perspectiva de boa safra nos EUA conforme o mercado repercute o clima favorável no cinturão do algodão, que se reflete nos dados de condição de safra do país, que demonstra que 53% das lavouras estão em condições boas/excelentes. No mais, o mercado se manteve com pouco volume negociado na semana passada, limitando a volatilidade dos futuros, fato que se relaciona fortemente à falta de fundamentos sendo repercutidos no mercado.  
 
Asset 8  PETRÓLEO
Petróleo atinge menores valores em cinco semanas

Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 2,82%, negociadas a USD 82,63 bbl na última sexta-feira (19), enquanto o WTI registrou um recuo semanal de 2,53%, negociado em USD 80,13 bbl. O petróleo encerrou em queda pela segunda semana consecutiva, com o resultado da última sessão influenciado especialmente pela fala do secretário de estado dos EUA, Antony Blinken indicar que Isral e Hamas estariam próximos de um acordo de cessar-fogo em Gaza. Além disso, preocupações com a demanda global – principalmente na China - também apoiaram a queda dos futuros, levando os contratos do Brent para o menor nível em quase cinco semanas.

 
cAsset 3  DIESEL
Combustível alcança o menor valor desde meados de junho  
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY Harbor ULSD encerrou o período com uma queda de 3,6%, terminando a sexta-feira (19) em USD 2,4191 por galão. O combustível alcançou o menor valor desde o início de junho, em meio as pressões baixistas observadas nas cotações de petróleo e a expansão dos estoques do derivado nos EUA.
 
cAsset 3  GASOLINA
Preços acompanham tendência do petróleo e encerram semana em queda
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB acumulou queda de 2,6%, cotado a USD 2,4504 por galão na sexta-feira (19). A gasolina estendeu a queda da semana anterior, seguindo os preços do petróleo e voltando para os patamares observados em meados de junho. No geral, uma maior aversão a risco por parte dos investidores, rumores de um cessar-fogo em Gaza e aumento dos estoques de combustível nos EUA pressionaram os contratos na última semana.

 

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