Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX

image-20240925140029-1

Variação de commodities agrícolas e energéticas - 30/09 a 04/10/2024

image 101959

Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Moeda americana tem maior alta em dois anos após dados aquecidos para os EUA 

A moeda americana interrompeu quatro semanas seguidas de queda e apresentou o maior fortalecimento em dois anos em função de um desempenho melhor que o esperado para dados para a atividade econômica e mercado de trabalho nos EUA, além de receios globais com o conflito no Oriente Médio. No Brasil, uma melhora inesperada na nota de crédito do país pela agência Moody’s contribuiu para amenizar as perdas do real. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a sessão desta sexta-feira (04) em alta, cotado a R$ 5,4564, avanço semanal de 0,4%, mensal de 0,1% e anual de 12,5%. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 102,5 pontos, variação de +2,1% na semana, 1,7% no mês e de +1,1% no ano.

 
cAsset 2  SOJA
Soja sofre correção após sequência de altas 

As cotações da soja em Chicago registraram queda na semana passada, após os ganhos recentes consideráveis, com o mercado monitorando o andamento da safra da América do Sul, além de novidades pelo lado da demanda. O vencimento para novembro encerrou a sexta-feira (dia 4) em 1037,75 cents por bushel, baixa de 2,6% no período. A colheita da safra norte-americana segue e o volume recorde deve se confirmar. Pelo lado da demanda, o mercado monitora o setor de biocombustíveis nos EUA, com medidas que poderiam limitar o uso do óleo de soja no radar, apesar de o momento atual ser favorável. Como já sinalizado anteriormente, o esmagamento do país em agosto alcançou 4,56 milhões de toneladas, 13,3% a menos que no mês passado, e 0,9% frente ao mesmo mês de 2023. Com isso, os estoques de óleo também recuaram, para 547 mil toneladas. 

 
cAsset 1  MILHO

Demanda por etanol e trigo valorizado fazem milho ter ganhos em Chicago

Os futuros do milho tiveram uma semana de avanço em Chicago. O vencimento de dezembro/24 encerrou o dia negociado a US¢424,75/bu (+1,6%). Por trás das altas, perspectivas melhores para a produção norte-americana de etanol, o que veio contribuindo também para uma revisão para os estoques de passagem da safra 2023/24 pelo USDA, ajudaram a melhorar as perspectivas de demanda. Além disso, preços internacionais do trigo também estiveram em alta, seguindo preocupações com a oferta russa, o que ajudou a sustentar o milho. No entanto, limitando os ganhos, pode-se citar o avanço célere da colheita estadunidense e um fortalecimento do dólar frente a um cenário global de aversão ao risco.

> Clique aqui e acesse o relatório completo

 

Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Óleos vegetais registram terceira semana seguida em alta

Os óleos vegetais tiveram marcaram sua terceira semana consecutiva de avanços nas suas principais bolsas de negociação. Para o óleo de soja, apesar de o EIA mostrar menor uso para biocombustíveis nos EUA em julho, com outras matérias-primas ganhando espaço, os dados de consumo do USDA para agosto mostraram uma sustentação da demanda total do país em agosto, atuando de maneira altista. Junto disso, os saltos nos preços da palma e do petróleo contribuíram para o desempenho da semana, com o contrato de dez/24 avançando 3,8% para encerrar cotado a US¢ 44,0/lb.

Já o óleo de palma, apesar de dados de importação mais fraca na Índia e sem grandes alterações em outros fundamentos, continuou sustentando os avanços que vêm sendo observados nas últimas semanas, atingindo seus maiores níveis desde abril. Como comentado anteriormente, um dos fatores que teve muita influência na última semana foi a forte alta do petróleo. O contrato de dez/24 terminou cotado a USD 1020,2/t, alta de 1,7%.

 
Asset 9  FERTILIZANTES
Valorização para preços CFR da ureia, e queda para SSP e cloreto de potássio 

Nos últimos dias, foi observado um aumento para os preços CFR Brasil da ureia. A valorização do fertilizante nitrogenado está relacionada a dois fatores, em especial: em primeiro lugar, à escalada do conflito no Oriente Médio, que acendeu um sinal de alerta entre os investidores; e, em segundo lugar, a licitação indiana tem dado suporte às cotações no mercado internacional. No segmento de fosfatados, o MAP permaneceu estável, mas houve uma queda importante para os preços CFR do SSP. Por fim, no segmento de potássicos, os sentimentos baixistas continuam, e uma diminuição para as cotações do cloreto de potássio foram observadas. 

 
Asset 12  PECUÁRIA
Escaladas nos preços continuam, e primeira semana de outubro registra novo recorde de 2024 
Com todas as praças brasileiras operando positivamente, as cotações do boi gordo continuam se valorizando. O maior preço do país foi registrado em Araçatuba, com R$ 287,50/@. Desta forma, todos os pontos de referência em São Paulo já ultrapassaram a marca de R$ 280/@. Já em relação aos preços futuros, as últimas negociações na B3 anunciaram R$ 290,45/@ para os contratos de dezembro/24, mostrando um bom panorama para o fechamento do ano. Por sua vez, as escalas de abates continuam apertadas, validando o cenário de menor oferta no mercado brasileiro, o que endossa ainda mais o cenário altista esperado para as próximas semanas.  
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
O início da safra internacional de açúcar em outubro

Nesta sexta-feira (04), o contrato de março/25 do NY#11 finalizou a sessão cotado a US¢ 23,01/lb, com leve queda diária de 23 pontos, mas acumulando ganho de 1,6% em relação ao fechamento da sexta passada. O movimento de escalada, observado desde a segunda metade de setembro, se estendeu no início de outubro, que também foi marcado pela expiração do contrato V24. As entregas contra o tape foram elevadas, correspondendo a 1,7 MMt de açúcar bruto, mas a lista de recebedores e entregadores foi o grande destaque, confirmando os rumores de que uma grande trading asiática (normalmente entregadora em bolsa) seria a única recebedora nas entregas do outubro/24 – fator julgado como altista pelos agentes. O encerramento da safra no Centro-Sul é iminente, e os players já começam a precificar os impactos de menor oferta e menor exportação entre outubro e março. Principalmente no 1º trimestre de 2025, há expectativas contundentes de que o trade flow do açúcar bruto ficará bastante apertado dada a menor disponibilidade de produto brasileiro, fundamento que corrobora com as altas nos futuros.

Hidratado tem valorização nas usinas nesta semana
Segundo o acompanhamento dos preços spot do etanol hidratado realizado pela StoneX, com base em Ribeirão Preto (SP), as cotações fecharam a semana em torno de R$ 2,96/L, uma alta de R$0,04/litro. Os preços voltaram a se recuperar no período, mas encontram limites, considerando que os estoques do biocombustível ainda seguem elevados nas usinas, o que interfere na negociação com as distribuidoras. Apesar de ainda não atingirem os níveis observados em agosto, por exemplo, o início da entressafra – que deve ser antecipado frente o ciclo anterior dado o progresso da moagem – pode oferecer suporte para a recuperação dos preços.
 
Asset 7  CAFÉ
Preços do café recuam na semana diante de previsões de chuvas intensas

A última semana foi de queda para o café arábica e o robusta, com o mercado realizando algumas correções após terem atingido níveis elevados na semana anterior. O contrato de dez/24 do café arábica caiu 4,4% na bolsa de Nova York, encerrando a US¢ 257,35/lb. Já o café robusta encerrou cotado a USD 5067/ton na bolsa de Londres, uma queda semanal de 7,6%. Além do movimento técnico de correção, que normalmente ocorre após altas intensas, dois fatores principais contribuíram para as quedas. Primeiramente, o clima, que já influencia os preços há algumas semanas, apresentou uma perspectiva de condições mais amenas e úmidas nas regiões produtoras. A chegada da umidade ao cinturão cafeeiro tende a reduzir os temores de que a próxima safra perca ainda mais potencial, embora parte já possa ter sido comprometida devido à seca no último mês.

 
Asset 5  CACAU
Início da safra 2024/25 na Costa do Marfim segue no centro das atenções do mercado

Na última semana, entre os dias 27 de setembro e 4 de outubro, os futuros de cacau recuaram em todos os contratos negociados em bolsa. Em Nova Iorque, o contrato mais ativo (dezembro/24) registrou desvalorização de 14,6%, fechando a semana a 7.069 USD/ton. Em Londres, o mesmo contrato encerrou a semana com recuo de 7,7%, aos 5.108 GBP/ton. A semana começou tensa para os agentes de mercado, que operavam em compasso de espera na expectativa de uma definição sobre o regulamento antidesmatamento da União Europeia (EUDR). Contudo, em meio à crescente pressão internacional, o comitê sinalizou na quarta-feira (2) a intenção postergar a implementação, aliviando as tensões no curto prazo. Com isso, os agentes voltam a focar nos fundamentos do mercado em meio ao início da nova temporada 2024/25 (out-set). Nas próximas semanas, os preços devem ser influenciados majoritariamente por novos dados de entregas no Oeste Africano, pela divulgação dos volumes de processamento no 3º trimestre nos principais países consumidores e pelo desenvolvimento das condições de safra.

 
Asset 6  ALGODÃO
Algodão tem desvalorização, mesmo com furacão Helene servindo de suporte
Os futuros da pluma tiveram uma sessão de alta na última sexta-feira (04/10). Amparado por um movimento de mais propensão ao risco após um relatório mensal de emprego dos EUA dar bons sinais para a maior economia do mundo, o contrato de dezembro acumulou uma alta de 0,74% para fechar negociado a US¢73,27/lb, uma alta de 0,8% na semana. O mercado segue cobrindo posições vendidas, conforme reportado na última sexta-feira pelo CFTC, o que tem ajudado a manter as forças para as altas. No mercado, enquanto as perspectivas de oferta seguem sendo afetadas por problemas nas principais regiões produtoras, a demanda segue fraca, limitando ganhos em Nova Iorque. 
 
Asset 8  PETRÓLEO
Petróleo atinge maiores níveis em seis semanas

Na última semana, as cotações de futuros do Brent encerraram o período em forte alta em 8,43%, sendo negociados na sexta-feira (04) a USD 78,05 bbl. Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, acumulando uma alta de 9,09% na semana, cotados a USD 74,38 bbl. A última semana foi marcada pela revisão dos prêmios de risco associados à guerra no Oriente Médio, com o ataque iraniano contra Israel no período elevando os temores de um conflito generalizado e com potencial impacto para a oferta global de petróleo e combustíveis. Assim, os futuros do Brent retomaram aos níveis do final de agosto, praticamente revertendo a tendência de queda que vigorou nas semanas anteriores. Assim, com incertezas elevadas, o mercado também experimenta maior volatilidade, e investidores aguardam a resposta de Israel para entender o direcionamento do conflito.

 
cAsset 3  DIESEL
Importações de diesel A pelo Brasil alcançam maior valor no ano
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY HarborULSD encerrou o período com uma queda de 1,3%, terminando a sextafeira (27) em USD 2,1327 por galão. Apesar da queda dos estoques de diesel nos EUA, Europa e Ásia, os preços do diesel acompanharam as perdas observadas no petróleo, em meio às expectativas de um aumento da oferta do óleo bruto ao longo dos próximos meses. 
 
cAsset 3  GASOLINA
Preços atingem os maiores valores em seis semanas
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB registrou alta de 8,7%, cotado a USD 2,12 por galão na sexta-feira (04). O combustível seguiu influenciado pela dinâmica dos preços do petróleo, com os contratos do RBOB refletindo também o aumento das tensões no Oriente Médio e os potenciais riscos sobre a oferta de petróleo e derivados da região.
 
image-20240925140118-2

 

Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.


É proibida a cópia ou redistribuição deste material sem permissão da StoneX.


© 2024 StoneX Group, Inc.



Descubra mais insights

Nossos assinantes têm acesso às análises de mercado da StoneX, abrangendo commodities, ações, moedas e muito mais.
Abrimos mercados

Utilizamos nosso capital, conhecimento e profunda experiência para proteger as margens de nossos clientes, reduzir custos e fornecer soluções personalizadas para obter sucesso nos mercados globais competitivos de hoje.

  • Confiança

    Valorizamos relacionamentos próximos e de longo prazo com nossos clientes. Ao oferecer o melhor serviço e suporte tecnológico, nossos clientes confiam em nós para entrar nos mercados mais desafiadores e atender aos seus pedidos mais difíceis.

  • Transparência

    Oferecemos preços competitivos e transparentes, além de entrega garantida e segura em mais de 140 moedas em mais de 185 países.

  • Especialização

    Com insights e informações de todo o mundo, fornecemos aos nossos clientes notícias, dados e comentários agregados de todas as vertentes de nossos mercados, desde interconexões de complexos de commodities até fluxos globais de capital.

+
!

Ao enviar este formulário, você está enviando ao Grupo StoneX e suas subsidiárias suas informações pessoais para serem usadas para fins de marketing. Consulte nossa  Política de privacidade  para saber mais.

+
!

Ao enviar este formulário, você está enviando ao Grupo StoneX e suas subsidiárias suas informações pessoais para serem usadas para fins de marketing. Consulte nossa Política de privacidade  para saber mais.